6⁰ Encontro de Enfermagem Ginecológica do Rio de Janeiro

Quero deixar registrado meus agradecimentos pelo gentil convite para participar do 6⁰ Encontro de Enfermagem Ginecológica do Rio de Janeiro. Este evento, encerrado ontem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ofereceu um ciclo de palestras que reuniu profissionais do mais alto gabarito.

Entendo como fundamental a participação de várias categorias de profissionais da Saúde agindo de forma sinérgica na busca de soluções para uma melhor assistência. A promoção da Saúde deixa de ser uma atividade multidisciplinar para se tornar interdisciplinar, onde as atuações desses diferentes profissionais se complementam e, consequentemente, aumentam a eficiência e a eficácia.

Células-tronco: futuro promissor

Pesquisadores da USP vêm trabalhando, há cerca de 3 anos, em parceria com a Aliança Global para Terapias com Células-Tronco Pluripotentes Induzidas. Já foram analisados os perfis genéticos de quase 4 milhões de brasileiros, na busca de doadores que tenham um sistema imunológico mais comum em nossa população. A expectativa é que tenhamos, em poucos anos, um banco de células-tronco compatível com a maioria dos brasileiros.

Estas células-tronco induzidas à pluripotência têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo, produzindo diferentes tecidos. Sendo assim, elas podem ser utilizadas não só em pesquisas, mas também no tratamento de diversas doenças.

A terapia celular tem como objetivo restaurar o funcionamento de um tecido ou órgão, através da substituição de células danificadas por células sadias. Dessa forma, teríamos grande avanço no tratamento de doenças como Parkinson, alguns tipos de cegueiras, distrofias musculares, etc.

Indo um pouco mais além. No Brasil, temos uma grande fila para transplantes, devido à escassez de órgãos. Com a tecnologia das células-tronco, abre a possibilidade de gerar órgãos saudáveis e acabar com essa fila.

O futuro está chegando!

Inclusão ou não exclusão?

O exemplo veio da Argentina onde, pela primeira vez, uma pessoa com Síndrome de Down se torna professora. Devemos lembrar que ela não tem uma doença adquirida, mas nasceu com uma condição genética diferente das outras pessoas. Esta diferença não gera uma incapacidade, apenas uma velocidade diferente no aprendizado, tudo no tempo dela. Por outro lado, vale ressaltar que a inclusão social se inicia no nascimento, evento no qual, a partir dele, o indivíduo se insere na sociedade. Em seguida, o que vemos é a sociedade evoluir e manter este convívio. Penso que o único motivo que teríamos para afastar um indivíduo de seus pares seria uma transgressão, do primeiro, aos princípios e valores das pessoas que o cercam. Dito isso, não entendo como “inclusão” o fato de um portador da Síndrome de Down frequentar uma escola comum, já que este seria o caminho natural de qualquer pessoa. Também não encaro como “inclusão” o fato de um portador dessa síndrome atuar como um professor, se ele tiver capacidade para tal. Porém, vejo como uma condenável exclusão o eventual impedimento ou afastamento de alguém, motivado apenas por esta alteração genética.
Não se trata de uma discussão semântica mas, sim, na forma de como encarar esta situação. Não vejo um ato natural como uma benemerência, mas entendo a exclusão como uma atitude perniciosa.
Importante lembrar quão nocivo pode ser qualquer tipo de preconceito, uma vez que eles levantam barreiras que podem dificultar, ou mesmo impedir, uma pessoa de ter uma vida próspera, feliz e saudável.

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Novo Ministro da Educação

Abraham Weintraub

Confesso ter ficado um pouco decepcionado com a nomeação do novo Ministro da Educação, pois esperava uma indicação técnica. Com essa atitude, Bolsonaro reafirma seu propósito de priorizar neste ministério o combate às ideologias anteriormente praticadas, além de também ficar claro a forte influência do Olavo de Carvalho no atual governo. O economista e professor Abraham Weintraub se notabilizou mais em seu histórico por ações e declarações polêmicas, enquanto sua produção acadêmica foi apenas discreta.
Entendo o Ministério da Educação como uma das grandes prioridades nacionais e espero que não se apequene em uma restrita cruzada ideológica. Necessitamos de ampla discussão e reestruturação do Ensino em nosso país. Com o enorme potencial que temos, anseio e torço para que o novo Ministro da Educação cumpra seu papel e faça uma excelente gestão.

Queria mais disso no Congresso, diz deputada sobre questionamentos a Vélez

Independente de ideologias políticas, acredito que todos concordamos que a educação é fundamental no desenvolvimento de um país. Nesta última semana, ganhou espaço na mídia a reunião onde a jovem deputada Tábata Amaral questionou o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. Com serenidade e clareza, ela trouxe para discussão pontos que já têm sido criticados, há algum tempo.
Dada a importância deste Ministério, já é hora de parar com as declarações polêmicas, para se dizer o mínimo, e iniciar o tão necessário planejamento estratégico para colocar, efetivamente, a Educação como uma das principais prioridades no Brasil.

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