Cobre ou prata?

O DIU de cobre tem um formato de um “T”, e um fio com cobre enrolado nas hastes horizontais e na vertical.

Ele evita a gravidez por causar uma irritação do tecido que reveste o útero por dentro, o que torna este ambiente hostil para os espermatozoides chegarem até as trompas, onde encontram com o óvulo.

Mesmo que algum espermatozoide consiga atravessar toda a cavidade uterina e fecundar o óvulo, ao retornarem para o útero é extremamente difícil que ocorra a fixação para o desenvolvimento da gravidez.

É muito seguro e indicado para mulheres que não querem, ou não podem, usar métodos hormonais.

A liberação dos íons de cobre, por serem tóxicos para os espermatozoides, aumenta a segurança e persiste por cerca de 10 anos.

Já no DIU de prata, o fio é composto por uma mistura de cobre e prata e está apenas na haste vertical do “T”.

O motivo disso é para que a prata evite a fragmentação do cobre, o que diminui os riscos de aumento do fluxo menstrual e cólicas que podem acontecer no outro.

Assim, é mantida a eficácia pela presença do cobre, embora em quantidade menor e, consequentemente, com duração média de cinco anos.

Porém, estudos mostram que os efeitos colaterais, quando acontecem, são relativamente iguais entre eles, mas, a segurança contraceptiva do DIU de prata é ligeiramente maior que no de cobre.
Como o DIU de prata é mais caro, principalmente se levar em consideração que dura a metade do tempo, fica a escolha entre a segurança um pouco maior conferida por ele ou a opção pelo DIU de cobre, com valor menor e também muito seguro.

Portanto, o primeiro passo é adiantar a consulta com o ginecologista para, juntos, avaliarem a melhor solução para você.

LARC

LARC é uma sigla em inglês para “Long-acting reversible contraceptives” que, em tradução livre, significa métodos contraceptivos reversíveis de longa ação.

Os principais LARCs disponíveis são:
– Implante subcutâneo medicado com hormônio (progesterona).
– Sistema intra-uterino (SIU) também medicado com hormônio (progesterona).
– Dispositivo intrauterino (DIU) de cobre ou prata.

No Brasil, cada vez mais, as mulheres têm buscado estes contraceptivos por sua praticidade, já que, uma vez aplicado, não precisa fazer mais nada.

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Como funciona o DIU hormonal

O DIU hormonal é fabricado de forma que libere, diariamente, pequena quantidade de levonorgestrel.

Este hormônio impede o espessamento do endométrio, tecido que “forra” o útero por dentro.

Como a menstruação ocorre pela descamação do endométrio espessado, esse DIU reduz bastante o fluxo menstrual e, em vários casos, a menstruação nem acontece.

Sendo assim, além da proteção contra a gravidez, ele também ajuda nas mulheres que têm um sangramento muito intenso ou muita cólica menstrual.

No Brasil, nós temos dois tipos.

Um com 19,5 mg de levonorgestrel e duração de cinco anos.

Outro com 52mg desse hormônio e que, apesar de constar na bula validade de cinco anos, alguns trabalhos recentes têm verificado proteção contraceptiva por até sete anos.

A exemplo dos outros tipos de DIU, eles podem ser colocados em consultório, sendo extremamente práticos e eficazes como contraceptivo, já que proporcionam uma proteção acima de 99%.

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O falso vilão

Não!! Isso é mito.

No passado, havia a crença que o DIU poderia causar complicações infecciosas e até levar à sepse, pois as mulheres que utilizavam esse dispositivo apresentavam número maior de infecções, em relação às que não faziam uso dele.

Pesquisas posteriores demonstraram que, na verdade, o grupo das usuárias de DIU apresentava mais infecções porque abandonaram o uso de preservativo.

O DIU é um dos métodos anticoncepcionais mais seguros, porém é imprescindível visitar o ginecologista a cada 6 meses, ter atenção com a higiene pessoal e, principalmente no caso de não ter um parceiro fixo, manter relações sexuais com preservativo.

Mas esteja atenta a qualquer dor… sentir dor com o DIU não é normal e a causa deve ser investigada.