Volta às aulas ?

Segundo matéria publicada pelo Jornal O Globo, o prefeito do RJ diz estar “consultando especialistas” para criar um plano seguro de volta às aulas da rede municipal e particular de Ensino.

Mas quem são esses especialistas? Nomes, órgãos de trabalho? Mistério!
Em que momento a Secretaria Municipal de Saúde se posicionou? Se o fez, nada foi divulgado ou informado. Sabemos que, em verdade, ela é que deveria estar à frente destas discussões junto às escolas e seus sindicatos.

O único órgão de Saúde que se pronunciou durante este processo foi a FIOCRUZ, que se coloca contra esta volta às aulas neste momento, por considerar a ação precipitada por colocar a saúde de alunos, professores e suas famílias em risco.

Por que você acha que o prefeito está agindo assim?

Anos difíceis …

Uma confusão frequente que é feita, em relação à “aprovação automática”, deve-se ao desconhecimento das características da infância nesta fase.

Nos três primeiros anos escolares, as crianças ainda estão em desenvolvimento cognitivo e psicológico. No entanto, cabe a este período, principalmente, assegurar a alfabetização/letramento e a continuidade da aprendizagem.

Ao considerar a complexidade deste processo, não é adequado metrificar em ciclos de um ano a avaliação de progressão. Também vale destacar os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo, além da possibilidade da evasão escolar.

Sendo assim, houve a necessidade da criação de “turmas para correção de fluxo”. Estas turmas têm a finalidade de promover uma nova atenção às crianças que enfrentaram maior dificuldade e concluíram este primeiro triênio escolar com aproveitamento insatisfatório. Não se trata de um modelo clássico de “turma recuperação”, mas de um novo formato para a construção, em um ano, do conhecimento que precisava ter sido assimilado nos três anos anteriores.

Ao concluir esta correção de fluxo, caso tenha um aproveitamento satisfatório, a criança ingressa no quarto ano.

Inclusão ou não exclusão?

O exemplo veio da Argentina onde, pela primeira vez, uma pessoa com Síndrome de Down se torna professora. Devemos lembrar que ela não tem uma doença adquirida, mas nasceu com uma condição genética diferente das outras pessoas. Esta diferença não gera uma incapacidade, apenas uma velocidade diferente no aprendizado, tudo no tempo dela. Por outro lado, vale ressaltar que a inclusão social se inicia no nascimento, evento no qual, a partir dele, o indivíduo se insere na sociedade. Em seguida, o que vemos é a sociedade evoluir e manter este convívio. Penso que o único motivo que teríamos para afastar um indivíduo de seus pares seria uma transgressão, do primeiro, aos princípios e valores das pessoas que o cercam. Dito isso, não entendo como “inclusão” o fato de um portador da Síndrome de Down frequentar uma escola comum, já que este seria o caminho natural de qualquer pessoa. Também não encaro como “inclusão” o fato de um portador dessa síndrome atuar como um professor, se ele tiver capacidade para tal. Porém, vejo como uma condenável exclusão o eventual impedimento ou afastamento de alguém, motivado apenas por esta alteração genética.
Não se trata de uma discussão semântica mas, sim, na forma de como encarar esta situação. Não vejo um ato natural como uma benemerência, mas entendo a exclusão como uma atitude perniciosa.
Importante lembrar quão nocivo pode ser qualquer tipo de preconceito, uma vez que eles levantam barreiras que podem dificultar, ou mesmo impedir, uma pessoa de ter uma vida próspera, feliz e saudável.

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Pior do que lesionar os cofres públicos é o desrespeito que estes vândalos praticam contra a própria população. Este tipo de dano ao bem comum constitui uma agressão à cidade e à sua história. Além da necessidade de investigação e punição exemplar dos responsáveis, é importante uma campanha contínua de conscientização e valorização de cidadania.

Novo Ministro da Educação

Abraham Weintraub

Confesso ter ficado um pouco decepcionado com a nomeação do novo Ministro da Educação, pois esperava uma indicação técnica. Com essa atitude, Bolsonaro reafirma seu propósito de priorizar neste ministério o combate às ideologias anteriormente praticadas, além de também ficar claro a forte influência do Olavo de Carvalho no atual governo. O economista e professor Abraham Weintraub se notabilizou mais em seu histórico por ações e declarações polêmicas, enquanto sua produção acadêmica foi apenas discreta.
Entendo o Ministério da Educação como uma das grandes prioridades nacionais e espero que não se apequene em uma restrita cruzada ideológica. Necessitamos de ampla discussão e reestruturação do Ensino em nosso país. Com o enorme potencial que temos, anseio e torço para que o novo Ministro da Educação cumpra seu papel e faça uma excelente gestão.

Queria mais disso no Congresso, diz deputada sobre questionamentos a Vélez

Independente de ideologias políticas, acredito que todos concordamos que a educação é fundamental no desenvolvimento de um país. Nesta última semana, ganhou espaço na mídia a reunião onde a jovem deputada Tábata Amaral questionou o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez. Com serenidade e clareza, ela trouxe para discussão pontos que já têm sido criticados, há algum tempo.
Dada a importância deste Ministério, já é hora de parar com as declarações polêmicas, para se dizer o mínimo, e iniciar o tão necessário planejamento estratégico para colocar, efetivamente, a Educação como uma das principais prioridades no Brasil.

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