Hoje fui procurado por uma mãe que trouxe sua filha, de 13 anos, para saber se a menina ainda era virgem.
Expliquei a ela que relação sexual nesta idade, mesmo consentida, é crime e, portanto, se trata de um exame de corpo de delito, que só pode ser realizado por perito oficial.
Mas, o que é mais importante? A virgindade ou apoio e orientação?
É muito mais seguro ensinar a nadar do que cercar a piscina!
Mais importante do que saber se houve ou não relação sexual, é orientá-la sobre os riscos e medidas protetivas, principalmente, sobre infecções sexualmente transmissíveis e gestações não esperadas, além do impacto que isso teria na vida dela.
Nos últimos anos, temos observado várias maternidades privadas, algumas com mais de 30 anos de existência, que optaram por fechar suas portas.
Algumas alegaram motivos como diminuição na taxa de natalidade e aumento na faixa etária média da população, o que trouxe mudança na demanda.
Outras assumem o fechamento de maternidade, e outras áreas de baixa complexidade, para substituí-las por outros serviços mais rentáveis.
Penso que estes fatores, além da baixa remuneração praticada pelos convênios junto aos hospitais, contribuem para que serviços de Obstetrícia sejam trocados por outros financeiramente mais atrativos.
Porém, como os partos, mesmo em menor número, não param de acontecer, acredito que a lei da oferta e procura, em algum momento, irá interferir nesta situação.
É fato que grande parte dos procedimentos em Obstetrícia são simples e pagam muito pouco, mesmo na saúde suplementar. Porém, a insatisfação crescente pela escassez de leitos e má remuneração de profissionais e hospitais, certamente trará essa discussão para ser analisada.
Enquanto isso, cabe ao gestor hospitalar estabelecer estratégias eficazes para trabalhar com excelência, menor desperdício e maior produtividade.
Ambiência hospitalar de qualidade e processos bem estruturados, são fatores fundamentais para evitar prejuízos e dar maior efetividade ao trabalho.
Mesmo que atuem com características distintas, os hospitais, como qualquer outra empresa, precisam entregar resultados.
Conforme o Sebrae, “a apuração de resultado ajuda a identificar falhas na gestão financeira do negócio, que podem estar na precificação inadequada, nos custos e despesas variáveis ou nos custos e despesas fixas”.
Para tal, é primordial que o gestor escolha indicadores qualitativos e quantitativos que apontem para o ponto de equilíbrio da instituição. Assim, ele poderá identificar nos processos onde são requeridas ações como investimento ou eventuais correções.
Enfim, a árdua tarefa de gerenciamento das unidades de saúde ganhou mais complexidade nas maternidades.
Feliz Dia das Mães!! Mãe de barriga ou Mãe de vida. Mãe desde sempre ou escolhida.
❤️ Os tipos mudam, mas o amor não. E é esse amor que nos permite realizar o impossível.
👉 Ser mãe é a missão de maior responsabilidade. É amar da forma mais completa. É dar o melhor de si e não esperar nada em troca. Ser mãe não é apenas gerar um filho (a).
❤️ Ser mãe é assumir o dom da criação, da doação e da entrega incondicional. Ser mãe é carregar no ventre o milagre da vida e no seu coração o milagre do amor.
“Existem leitos suficientes nas maternidades do Rio de Janeiro?” Acredito que sim.
Quando dou esta resposta, sempre me perguntam o porquê, então, de serviços superlotados e tantos partos fora de leito.
Não se trata de uma causa única, mas de uma questão multifatorial.
Os problemas já começam na Atenção Básica, onde várias Unidades Básicas de Saúde (UBS) sofrem com falta de insumos e de profissionais. Além disso, também podemos constatar dificuldades de acesso para as usuárias, seja pelas distâncias, custo de transporte ou por questões relacionadas à segurança.
Mesmo quando as gestantes realizam o mínimo de seis consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde, não podemos afirmar a qualidade do pré-natal.
O atendimento massificado com tempo de consulta insuficiente para conferir um bom atendimento, a qualificação deficiente de profissionais de saúde, acrescidos da carência de recursos na oferta de exames e medicamentos necessários, são alguns dos fatores que contribuem para dificultar uma gestação exitosa.
Estes fatos possibilitam o aparecimento de patologias evitáveis que colocam em risco o binômio mãe-filho e geram internações, igualmente evitáveis, ao longo da gravidez.
Não raro, estes agravamentos ocorridos no pré-natal trazem complicações por ocasião do parto e, por conseguinte, tempo maior de internação.
Ainda há a questão da pós-alta, quando, a falta de garantia de rápido retorno às Unidades Básicas de Saúde, bem como de estrutura mínima para os cuidados pós-hospitalização, acarreta um prolongamento desnecessário na internação.
Sendo assim, podemos perceber que o problema não está na falta de leitos, mas na gestão inapropriada da Saúde, confirmada pela alta incidência de internações e elevada média de permanência hospitalar.
O investimento na atenção básica, tanto na infraestrutura de suporte quanto na quantidade e qualificação de seus profissionais, é uma questão premente para a melhoria da assistência. Só assim conseguiremos mitigar a precariedade do sistema e oferecer um atendimento digno às nossas gestantes.
👉🏼 Já faz tempo em que engravidar entre 20 e 30 anos era comum para a maioria das mulheres. ⠀ Devido a muitas mudanças comportamentais, culturais e sociais, a idade média em que uma mulher engravida aumentou e muitas ultrapassam a faixa dos 35 anos. ⠀ 👉🏼 Isso é um problema? Vou explicar. ⠀ Para o Ministério da Saúde, mulheres com mais de 35 anos devem ter uma atenção diferenciada na gestação por serem mais suscetíveis a algumas doenças como hipertensão gestacional e diabetes gestacional, por exemplo. ⠀ 👉🏼 Mas é claro que tudo depende do estilo de vida dessa mulher que pode ser muito mais saudável do que uma 10 anos mais nova. ⠀ Sem sombra de dúvida, os hábitos interferem em uma gestação sem risco sem deixar de considerar que a partir dos 35 anos os óvulos entram em processo de envelhecimento, o que vai tornando cada vez mais difícil o alcance do sonho da maternidade. ⠀ ⚠ Com um acompanhamento adequado, até o início de uma menopausa, é possível engravidar, porém as chances vão diminuindo a cada ano já que o estoque de óvulos vai acabando e perdendo a qualidade. ⠀ 👉🏼 Planeja engravidar a partir dos 35 anos? Consulte o seu médico para entender as possibilidades e fazer o acompanhamento necessário.
Semana começando com a conscientização e prevenção da gravidez na adolescência. ⠀ A data, instituída pela Lei nº 13.798/2.019, tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. ⠀ Vamos divulgar?
Conversa sobre aleitamento materno com uma das referências nacionais no tema. O Dr. Moises Chencinski é pediatra, Membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Criador e incentivador do Movimento “Eu Apoio Leite Materno”.
A maior maternidade do estado do Rio de Janeiro, Hospital Estadual da Mãe, enfrenta mais uma crise. Esta situação tem se repetido, com frequência, nos últimos anos. Salários estão atrasados e nenhuma satisfação é dada por parte da organização social responsável pela gestão da unidade.
O Instituto Gnosis repete o mesmo comportamento que teve no Hospital da Mulher Heloneida Studart, de onde também é gestor.
“Hoje trabalhamos sem pagamento e sem nenhuma satisfação”, diz uma funcionária que pediu para não ser identificada.
Outra funcionária escreveu:
“Em plena pandemia uma situação dessa. Não posso me expor. Clima desagradável. Lute por nós por favor. Não recebemos dissídio desde que a HMTj saiu e a gnosis assumiu. Não posso me expor pq podem me dar justa causa. Mas tem funcionários que precisam muito de seu salário. É sempre a mesma história. Cuidado. Se cuida por favor. Espero que um dia o Senhor volte a trabalhar lá. Se eu não estiver. Cuide dessa geração que virá. Precisamos olhar as vidas. Fique com Deus.”
Penso que a Secretaria de Saúde deveria se posicionar, através de sua comissão de fiscalização de contrato, em relação ao atraso salarial e ao clima de constrangimento frequente instituído pelo Instituto Gnosis perante seus funcionários. Também entendo que cabe uma explicação o fato desta Organização Social não ter suas prestações de contas publicadas no site da SES, como fazia a que lhe antecedia. Além disso, por que o Instituto Gnosis, gestor das duas principais maternidades do estado, não possui, até hoje, uma qualificação definitiva como maternidade?
Quando abrirão a “caixa-preta” das Organizações Sociais que atuam no Rio de Janeiro?
Você precisa fazer login para comentar.