Sim ao veto 52

Estamos de olho para que o Congresso Nacional, nesta noite de 03/03/2020, mantenha o veto 52/2019 do presidente Bolsonaro, contra a destinação de 30 bilhões de reais para o relator do orçamento destinar da forma que achar conveniente. O Poder Legislativo tem a função de legislar e fiscalizar. Assim como é atribuição do Poder Executivo a execução de seus projetos de governo. Portanto, não faz sentido retirar o dinheiro que caberia aos Ministérios para a realização de importantes e necessárias ações, e entregar para um deputado utilizar, em ano de eleições, sem que possa ser fiscalizado seu destino.

Sífilis. Mais uma tentativa …

Brasil tem 18 casos de sífilis por hora, diz Ministro da Saúde

Há anos que venho alertando sobre a necessidade de um combate efetivo no enfrentamento da sífilis. Na região metropolitana do Rio de Janeiro temos uma quantidade absurda de casos desta doença o que é diagnosticada com um exame simples, que qualquer laboratório é capaz de realizar, e curada com com o antibiótico mais antigo do mundo, a penicilina. Não acredito que campanhas, de forma isolada, consigam diminuir a taxa de infectados. Isso vem sendo tentado, há décadas, sem sucesso. Junto com essas campanhas de conscientização, é fundamental que tenhamos ações para uma análise crítica dos casos identificados, treinamento e educação continuada dos profissionais de saúde, além de disponibilidade suficiente de métodos de proteção, exames e medicamentos.

Mais escolas ou mais professores?

Infelizmente em nosso país, o entendimento de investimento em Educação está relacionado à contratação de professores e construção de escolas. Além disso, as atenções têm sido voltadas para o nível superior, há décadas, e acabaram por negligenciar o cuidado que deveria ser dado aos professores do ensino básico.

Um professor bem preparado, preferencialmente com conhecimento de neurociências e das teorias pedagógicas, é capaz de identificar, e respeitar, o ritmo de aprendizado de cada criança, principalmente no início do Ensino Fundamental, onde a cognição e a personalidade ainda estão em desenvolvimento.

Estarão estes profissionais realmente preparados para tamanho desafio? A formação destes professores está de acordo com a qualificação profissional que se faz necessária para o dia a dia em sala de aula, tomando por base que cada aluno constitui um universo em si?

Os índices de alunos que não conseguem concluir com sucesso estes primeiros anos, e a consecutiva criação de turmas de correção de fluxo, apontam que não.

Por isso, há a necessidade de revisão dos currículos das faculdades nos cursos de formação, extensão e pós-graduação de professores. Cabe ressaltar que a responsabilidade para este investimento pertence aos órgãos públicos de Educação e não aos profissionais de ensino. Além disso, também precisamos incluir aqui a formação em serviço com cursos de educação continuada, tão necessária para a sustentabilidade da qualidade do ensino.

Assim sendo, antes de mais escolas ou mais professores, é fundamental que haja um investimento maciço na formação destes profissionais.

Os caminhos da nossa água

A falta de saneamento básico faz com que os rios Ipiranga, Poços e Queimados despejem esgoto na bacia do Guandu que, por sua vez, também recebe esgoto “in natura”. Isso causa uma grande proliferação de algas, como se jogasse adubo em uma plantação. Algumas destas algas produzem cianobactérias que liberam várias toxinas. Uma delas é a ultimamente famosa geosmina, que, a princípio, não oferece grandes riscos à saúde. Mas, outras toxinas, igualmente produzidas, são tóxicas para o nosso organismo. Neste local que é feita a captação de água da CEDAE.

A CEDAE tem dito que a água é potável, pois o que tem causado o mau cheiro, gosto e odor ruins é a presença da geosmina, que não faz mal à saúde. Ou seja, mostram apenas a ponta do iceberg. A qualidade desta água fornecida já está em desacordo com a Portaria N⁰ 2.914/2011 do Ministério da Saúde, mas, ainda assim, precisa de uma análise mais completa para medir o grau de contaminação.

Também é necessário o envolvimento da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, pois compete a ela, junto com os vereadores, inspecionar e exercer a vigilância da qualidade da água distribuída no município.

Com tudo isso, ainda temos que escutar nosso governador levantar a hipótese de sabotagem.

Se a poluição dos nossos rios e a péssima qualidade da água que está sendo distribuída a milhões de pessoas na cidade mais famosa do Brasil é fruto de algum sabotador, trata-se de um grande ataque terrorista. Deveríamos notificar a Interpol, além de pedir auxílio internacional e ao Papa. Com todo respeito, senhor governador, fala sério!

O termo não é sabotagem, mas outro …

Ataque aéreo !!

Com as chuvas, aumentam as chances de coleções de água parada que servem como criadouros de mosquitos como, por exemplo, o aedes aegypti.

O acesso a esses verdadeiros reservatórios de larvas do mosquito nem sempre é simples. Locais de difícil acesso, ou mesmo imóveis particulares e abandonados, podem abrigar terrenos baldios com estes nascedouros.

A Prefeitura poderia utilizar drones, como os utilizados na agricultura. Eles serviriam para identificar estes focos e combatê-los, com pulverização de inseticida nestes reservatórios de água parada.

Finalmente chegou !!

Em falta, desde outubro, em quase todo o Brasil, o governo federal começou a distribuir 1,7 milhão de doses da vacina pentavalente, para vários estados. Esta vacina é importada e, em julho de 2019, os lotes recebidos para teste no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foram reprovados nos testes de qualidade.

Apesar do Ministério da Saúde ter solicitado reposição do fornecimento à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), não havia disponibilidade imediata. Devido a estes fatos, acrescido da nossa necessidade mensal de 800 mil doses, os estoques se esgotaram em praticamente todo o país no mês de outubro.

Com a chegada dos novos lotes, já devidamente aprovados, a distribuição foi reiniciada e deve ser normalizada até o mês de março.

Esta é uma vacina para proteção contra tétano, coqueluche, hepatite b, difteria e contra a bactéria haemophilus influenzae tipo B, responsável por problemas respiratórios ou, até meningite.

Ela deve ser aplicada nas crianças com 2, 4 e 6 meses de idade. O reforço, em crianças com mais de um ano, é realizado pela vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTPa).

O Ministério da Saúde tem estudado estratégias para produção nacional da vacina pentavalente. Ficaremos na torcida para que se conclua este projeto.