“De Médico e Louco…”

Tempos estranhos que estamos vivendo!

Em meio a uma pandemia, vemos economistas darem diagnósticos, governantes traçarem planos terapêuticos, empresários prescreverem medicamentos e advogados analisarem a evolução da doença. Tudo muito confuso, a pandemia virou um pandemônio. Enquanto a mídia cultua o terror e políticos utilizam caixões para palanque, muitos cobram uma breve solução, seja uma vacina, seja um medicamento definitivo.

Infelizmente, a Medicina tem seu tempo, mesmo que longe do ideal, para quem necessita de respostas imediatas. Estamos diante de uma doença nova, onde as certezas podem ser, e na maioria são, um desserviço. Temos como exemplo a análise comparativa enviesada com países de características totalmente diferentes no que diz respeito ao número de habitantes, perfil epidemiológico, distribuição e localização geográfica, clima, adensamento urbano e outros tantos fatores que têm impacto direto no resultado.

Estamos diante de uma doença com baixa letalidade, porém com grande transmissibilidade, o que pode sobrecarregar de forma significativa o nosso precário sistema de saúde. Até o momento, a única coisa que tem sido, comprovadamente, eficaz no combate aos casos mais graves dessa doença são os leitos de UTI. Vale lembrar que essas unidades são disputadas com outras doenças de extrema gravidade. Infartos, acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, patologias oncológicas, entre outras, perderam suas visibilidades, mas não suas necessidades.

A situação atual impõe serenidade. Cada um deve se conscientizar de sua expertise, atribuição e responsabilidade. Espero da mídia uma postura de informação construtiva, na medida certa do bom senso e tendo como fonte especialistas sérios e capazes, onde o objetivo seja colaborar com eles para um verdadeiro enfrentamento do problema. Aos governantes cabe a promoção de uma infraestrutura que atenda às necessidades do momento, com respeito à ética e ao erário público. Os profissionais de saúde precisam ter como base as evidências científicas, sem deixar que pressões externas interferiram na eficiência, eficácia e segurança de seu trabalho. Não podemos deixar que vaidades ou objetivos pessoais gerem interferências, mesmo que por palavras, nas atribuições dos outros, principalmente, em terrenos fora de nossa expertise.

Neste momento, precisamos mais dos médicos e menos dos loucos. Mais do Dr. Jekyll, menos do Mr. Hyde.

A Invisibilidade da Transparência

O portal da transparência foi criado para dar respaldo à credibilidade necessária ao governo. Sendo assim, torna-se difícil de compreender a retirada, do portal, dos gastos emergenciais realizados no combate a COVID-19.

Igualmente difícil entender a retirada da gestão realizada pelo Corpo de Bombeiro do Estado do Rio de Janeiro, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Rio de Janeiro, para entregá-la à empresa OZZ Saúde Eireli, mediante contrato emergencial no valor de R$ 76,5 milhões. A Subsecretária de Gestão da Atenção Integral, Dra. Mariana Scardua, responsável pela fiscalização de contratos e gestão de recursos, que já vinha perdendo espaço para o Subsecretário Executivo Gabriell Neves, acabou sendo exonerada no dia 03/04.

Ainda por conta da situação de emergência, foi assinado contrato, sem licitação, entre a Secretaria de Estado de Saúde e a OSS IABAS, no valor de quase R$ 835 milhões, para construir e administrar 7 hospitais de campanha no estado. Vale lembrar que esta organização social IABAS já respondeu por desvio de verba na saúde municipal e, em 2019, teve suspenso o seu direito de participar de licitações públicas por dois anos.

Já no último sábado (11/04), o subsecretário Gabriell Neves, que avalizou estes e outros contratos, teve seu afastamento decretado “atendendo às determinações de lisura e austeridade do Governo do Estado do Rio de Janeiro”, segundo a Secretaria de Saúde.

Contudo, também resta explicar o porquê da compra de 50 respiradores pelo valor de R$ 9.900.000,00 (NFe: 33200422682915000167550010000003201704611933), mais que o dobro do valor de mercado, em uma empresa de equipamentos de informática.

Gostaria que a transparência fosse visível…

A importância do exame Papanicolau

O papanicolau é um exame muito importante, que tem o objetivo de fazer o diagnóstico precoce das lesões precursoras do câncer do colo do útero. Também chamado de preventivo, ele deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas, uma vez ao ano. Caso o resultado seja negativo por três anos seguidos, o intervalo pode aumentar de acordo com a orientação médica.

SEGURANÇA DO TRABALHO 7

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Se não é seu, não pegue. Se não é justo, não faça. Se não é verdade, não diga. Se você não sabe, fique quieto.” (Ditado japonês)

HOJE VAMOS FALAR DO FRIO!

TEMPERATURAS EXTREMAS – No que diz respeito às temperaturas extremas (Calor e Frio) os efeitos dependem da multiplicidade de fatores ambientais e individuais, ou seja, temperatura do ar, umidade do ar, velocidade do ar, calor radiante, tipo de atividade exercida, etc. Esses efeitos intervêm na saúde, segurança e bem estar do trabalhador, e por conseguinte na sua produtividade.

FRIO O organismo humano não se aclimata ao frio da mesma maneira que ao calor. Poucas partes do corpo podem tolerar exposição ao frio sem proteção, podendo ocorrer consequências à saúde, o conforto e a eficiência do trabalho.

O QUE É FRIO OCUPACIONAL? – Ambientes com temperatura negativa podem causar desconforto, doenças ocupacionais, acidentes do trabalho, e, algumas vezes, até a morte. As lesões mais graves causadas pelo frio são decorrentes da perda excessiva do calor do corpo, a chamada hipotermia.

O QUE É LIMITE DE TOLERÂNCIA? – O limite de tolerância (LT) é a concentração ou intensidade de agentes nocivos abaixo da qual a maioria dos expostos não deverá apresentar danos específicos à saúde, durante a vida laborai. Os LTs vigentes (P 3214/78 e sucessivos) consideram jornadas de 48 horas semanais.

DOENÇAS PROVOCADAS PELA EXPOSIÇÃO AO FRIO.

  • Resfriados               
  • Rinite
  • Sinusite
  • Otite
  • Asma

EPI PARA EXPOSIÇÃO A FRIO:  Antes de mais nada, vale destacar que é a empresa contratante que deve fornecer ao funcionário os equipamentos de proteção necessários para garantir a saúde e proteção de seus funcionários. No caso de câmara fria, esses EPIs incluem:

  • uniforme completo para câmara fria (corpo inteiro), capaz de proteger tronco e membros do usuário em temperaturas baixíssimas;
  • luva de segurança para proteção das mãos;
  • capuz de segurança, responsável por proteger cabeça e pescoço;
  • bota térmica, que garante a proteção dos pés contra o frio e umidade.

Abaixo um exemplo de EPIs para câmaras frias

A LEGISLAÇÃO COM RELAÇÃO DO FRIO

O Art. 253 da C.L.T. diz o seguinte: “Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo”.

Parágrafo Único: “Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que no inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus)”.

NR-15 anexo 9 1- As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizado no local de trabalho.