
Mais um temporal, mais inundações, mais mortes.
Esta história sem fim sempre cai na conta de tragédias da natureza.
Será? Será que não tem solução? Será que estas situações serão classificadas eternamente como imprevisíveis e insolúveis?
A cidade do Rio de Janeiro fica localizada em uma planície cercada de morros e montanhas, portanto, um cenário propício para deslizamentos e enchentes. Até entendo que na urbanização desta cidade não foi criado um sistema eficaz de escoamento das águas da chuva. Porém, isso não significa que não se possa realizar investimentos em ações preventivas nas áreas de risco de deslizamento ou inundações, além de projetos de urbanização que levem em conta a geografia da cidade. No ano passado, o município gastou apenas 66,2 milhões de reais para tentar evitar este problema recorrente (57,3% do previsto no orçamento para controle de enchentes e 78% menor do que o gasto em 2014). Também há falta de fiscalização nas áreas em que ocorrem construções irregulares, onde anteriormente havia vegetações e o solo era permeável, provocando um verdadeiro tamponamento do terreno e com impacto direto na falta de escoamento das águas.
Enfim, até quando teremos que conviver com esse caos decorrente do descaso e ineficácia do poder público?
Enquanto isso, assistimos o Rio de Janeiro entregue à própria sorte e ficamos torcendo para não chover …