A história do Outubro Rosa

Em 1982, nos Estados Unidos, Nancy G. Brinker fundou a organização Susan G. Komen, em homenagem a sua irmã, falecida dois anos antes, de câncer de mama.

Em outubro de 1986, aconteceu o primeiro Mês de Conscientização do Câncer de Mama, que se tornou um evento anual, até os dias de hoje nos meses de outubro.

Mas foi em 1991 que Komen distribuiu, para cada participante da corrida “NYC Race for the Cure”, uma fita rosa, que se tornaria o símbolo internacional de combate ao câncer de mama.

Ao contrário do que muitos pensam, a cor rosa foi escolhida, não pela associação com o feminino, mas por ser a coloração da saúde.

Sendo assim, fica aqui minha homenagem a Nancy, que transformou US$ 200,00 e uma caixa de sapatos cheia de nomes de doadores em potencial, na organização que se tornou a maior fonte de financiamento sem fins lucrativos do mundo para a luta contra o câncer de mama.

Até o momento, a organização investiu mais de US$ 3,3 bilhões em pesquisas inovadoras, alcance de saúde comunitária, advocacia e programas em mais de 60 países.

Tudo isso, fruto do amor e da promessa entre duas irmãs, que já reduziu em 40% as mortes por câncer de mama.

Inimigo Íntimo

É impressionante a capacidade do governo em buscar ações que atrapalham a vida de quem quer trabalhar em nossa cidade.

Além do enfrentamento à pandemia ter sido mal planejado, ou melhor, nada planejado, O prefeito Marcelo Crivella sancionou a Lei 6757/2020, originada do projeto de Lei 1354-A/2019apresentado na Câmara com a assinatura de 31 vereadores do Rio de Janeiro.

Como todos sabem, as medidas adotadas no Rio de Janeiro trouxeram uma onda de fechamento de pequenas e microempresas, responsáveis pelo emprego de grande parte da população. Como esta lei prevê que empresas prestadoras de serviços de entrega “on-line”de refeições só poderão aceitar em suas plataformas o cadastro de bares, restaurantes e lanchonetes que forem autorizados pela Prefeitura, as pessoas desempregadas que tiveram que se reinventar, vendendo alimentos congelados, ou até mesmo docinhos, para manter o próprio sustento, não poderão manter este trabalho.

Será que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, realmente, representa a população?

A Saúde e o Rio

Bate-papo com Giselle Gomes! Formada em Biologia – Genética (IB/UFRJ), cursa Direito (UNESA), possui pós-graduação em Propriedade Intelectual (UNILISBOA), mestrado em Biofísica (IBBCCF/UFRJ), doutorado em Ciências (IBBCCF/UFRJ) e conta com o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (ESG) em sua bagagem. Há 16 anos, Giselle trabalha com pesquisas e patentes no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Além disso, ela é a pré-candidata à Vice-prefeita do Rio de Janeiro do Partido NOVO. Não dá para perder!

Hipertensão: a responsabilidade é de todos nós

Por ocasião do Dia Nacional de Prevenção à Hipertensão Arterial, 26 de abril, cabe uma sugestão que, se acatada, reduziria muito a ocorrência e as complicações desse grave problema em nosso país. A proposta é: medir a pressão de todos os pacientes atendidos na rede pública.
Seria um avanço em termos de prevenção, porque cerca de 80% dos brasileiros utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, teríamos uma ampla cobertura no controle desse mal.
A pertinência dessa medida se torna ainda mais enfática ante a constatação de que, no Brasil, apenas 15% dos hipertensos estão diagnosticados, tratados e controlados. Deve-se frisar, ainda, que o constante monitoramento dos pacientes é fundamental, pois vários abandonam os remédios ou sequer iniciam o tratamento.
Isso ocorre porque, na maioria dos casos, a hipertensão é assintomática. É urgente criar um hábito relativo ao tratamento correto e sistemático, com o devido acompanhamento.
Seria importante, nos primeiros meses dos governos estaduais e federal, que as autoridades da área dessem especial atenção a esse cenário, considerado um dos mais graves do mundo na saúde pública. Os números assustam: de 20 a 30 % dos adultos são hipertensos.
Na faixa etária entre 65 e 80 anos, o mal atinge 40% dos indivíduos. Dentre os maiores de 80, metade possui pressão alta – e essa é uma das causas mais recorrentes de quadros como infarto do miocárdio, AVC, aneurisma e insuficiência cardíaca, responsáveis por um terço das mortes no Brasil.
Assim, o combate à hipertensão é prioritário. E o melhor caminho é a prevenção, eliminando os fatores de risco. São eles: tabagismo, alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, colesterol e triglicérides elevados, excesso de consumo de sal e álcool, estresse e diabetes.
Virando a moeda, fica claro que dieta saudável, atividade física regular (sempre após orientação), abandono do cigarro, redução do consumo de sal e moderação no álcool, emagrecimento e fuga do estresse são as principais medidas preventivas. Uma avaliação médica periódica completa a lista de táticas que deixam a pressão nos níveis ideais.
A hipertensão afeta hoje 40 milhões de brasileiros. O serviço público atende de maneira razoável no tocante aos medicamentos e tratamentos regulares. No entanto, a questão mais preocupante é a resistência dos indivíduos em não alterar seus hábitos cotidianos. É essa cultura que precisa ser alterada para evitarmos milhões de mortes anuais.
Cuidar de algo tão expressivo não é missão somente do governo, mas também das famílias, empresas e toda a sociedade. Todos são responsáveis pela promoção da vida!

*José Francisco Kerr Saraiva, médico, é presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)