Mitos e verdades sobre candidíase

Cerca de três a cada quatro mulheres apresentam candidíase, ao menos, uma vez na vida.

Então, eu separei uma lista de mitos e verdades sobre o assunto.

1) A candidíase é uma infecção sexualmente transmissível.
|| MITO || A cândida faz parte do conjunto de microrganismos que habitam o canal vaginal e todas as mulheres já nascem com eles. Quando acontece alguma situação favorável para que ela se multiplique, causa uma irritação chamada candidíase.
Logo, não é considerada uma IST.

2) Usar sempre calcinhas de algodão ajudam a evitar a candidíase.
|| VERDADE || Calcinha de algodão ajuda a pele a respirar e não reter umidade, principalmente quando utilizada com saias ou roupas largas.

3) É preciso ferver as roupas íntimas ou passá-las a ferro.
|| MITO || Basta lavar, enxaguar bastante (para não deixar vestígios do sabão ou amaciantes) e deixar secar bem.

4) A candidíase acontece por falta de higiene.
|| MITO ||
Ela acontece por desequilíbrio do conjunto de organismos que habitam o meio vaginal. Pode ser causada exatamente pelo excesso de produtos químicos ou duchas vaginais. A higiene deve ser feita apenas externamente, com água e sabão neutro.

5) Quem tem baixa do sistema imunológico está mais propensa a ter candidíase.
|| VERDADE ||
Pacientes em quimioterapia, com estresse crônico, poucas horas de sono, vida muito agitada, sobrecarga física e mental, fumantes ou portadora de doenças que afetam o sistema imunológico estão mais vulneráveis para desenvolver a candidíase.

6) Mulheres diabéticas têm mais chance de desenvolver candidíase.
|| VERDADE ||
O diabetes desequilibra o meio vaginal e favorece a multiplicação da cândida.

7) Toda coceira ou ardência vaginal é por cândida.
|| MITO ||
Outras doenças podem apresentar estes mesmos sintomas, portanto é necessária uma avaliação médica. A automedicação pode ser tanto ineficaz, quanto perigosa por agravar outras doenças.

Se cuide!

Como eu já havia citado anteriormente, o canal vaginal contém microrganismos próprios da região, a exemplo do que acontece em outras partes do corpo como pele, intestino, etc.

A vaginose bacteriana é uma infecção causada pelo aumento de bactérias normalmente ali localizadas, principalmente pela Gardnerella vaginalis, e por isso não pode ser considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).

Em muitos casos podem não apresentar sinais ou sintomas aparentes. Mas, quando eles aparecem, o mais comum é um corrimento esbranquiçado, que pode ficar amarelado na roupa, muitas vezes acompanhado de um odor mais ativo.

Porém, você pode tomar alguns cuidados para evitar episódios muito frequentes desta doença:

👉🏻 Procure usar calcinhas totalmente de algodão, não apenas forradas com esse tecido. Depois de um tempo, elas também retêm umidade, a exemplo do que acontece com as de material sintético.

👉🏻 Não faça duchas vaginais. Elas podem desequilibrar a quantidade das bactérias locais, além de a possibilidade de levar outras.

👉🏻 Após praia, piscina ou academia de ginástica, troque a roupa por uma seca, o mais rápido possível. A umidade favorece o crescimento dos microrganismos vaginais.

👉🏻 Ainda por conta da umidade, evite roupas apertadas ou de tecidos grossos que possam abafar a região, principalmente nos dias de maior calor.

👉🏻 Utilize somente sabonetes neutros para a higiene íntima. A química contida nos sabonetes perfumados também pode produzir irritações.

O diagnóstico pode ser feito em um exame ginecológico simples e confirmado no material enviado para o laboratório.

O tratamento é simples, sendo realizado por via oral, ou vaginal, e não precisa tratar o parceiro, já que não se trata de uma IST. Mas, é importante saber que, no tratamento por via oral, não se pode ingerir bebida alcoólica, já que esta combinação pode causar fortes reações no organismo.

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Calcinha descartável?

O assunto do momento tem sido as calcinhas descartáveis.

Afinal, devem ou não serem utilizadas.

Inicialmente utilizadas em hospitais e clínicas, como prevenção de contaminações ou medidas de higiene, passou a ser utilizada fora desses ambientes por sua praticidade.

Mas, é preciso saber que essas calcinhas são feitas com material sintético. Seu uso frequente atrapalha a respiração da pele na região íntima e pode causar irritações ou mesmo infecções genitais.

Além disso, há a questão ambiental, pois, após o uso, elas são jogadas no lixo. Vale lembrar que certas fibras sintéticas levam mais de 400 anos para se decompor na natureza.

Porém, elas podem ser úteis em algumas situações e por períodos curtos.

Existem modelos, um pouco maiores e absorventes, que podem ser de grande valia no pós-parto imediato, logo após algumas cirurgias ou, ainda, como alternativas às fraldas para serem utilizadas fora de casa por quem tem incontinência urinária.

E você? O que pensa a respeito? Me conta aqui nos comentários.

Irritação?

Com o verão, vem o calor. E com o calor, aumenta a transpiração e, consequentemente, a umidade vaginal.

Vários microrganismos habitam, normalmente, o canal vaginal.

O aumento da temperatura e da umidade favorece o aumento na quantidade destes microrganismos e eles passam a causar irritações que podem se manifestar através de corrimentos, ardência, coceiras ou mesmo um odor mais ativo.

Certa ocasião, eu li um estudo científico realizado nos Estados Unidos, onde ginecologistas experientes colhiam material para exame e anotavam sua impressão diagnóstica baseada apenas no exame físico.

Quando chegavam os resultados do laboratório, eles eram comparados com os diagnósticos escritos pelos médicos.

Para a surpresa de muitos, somente cerca de um terço deles tinha acertado, exatamente, qual era o problema.

Se isso acontece com profissionais de saúde habituados a lidar com essas doenças no seu dia a dia, imagina a quantidade de erros nos casos de automedicação ou orientação de terceiros…

O problema é que um tratamento não adequado pode, eventualmente, causar a piora da doença.

Por isso, quando alguém me indicar “um remedinho muito bom que resolve o seu problema”, melhor agradecer a boa intenção, mas, procurar uma consulta ginecológica para uma avaliação mais segura.

Qual o melhor creme vaginal para você?

O que seu médico aconselhar…

Candidíase é IST?

Mito!

A candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível.

Logo, não precisa tratar o parceiro quando a mulher apresentar esse problema.

A candida faz parte do conjunto de microrganismos que habitam, normalmente, a vagina.

O problema é quando ela aumenta muito sua quantidade e acaba provocando uma irritação.

Em geral, isso acontece quando o ambiente está favorável, como por exemplo alterações do pH vaginal, aumento da umidade, etc.

Dúvidas sobre esse assunto? Me manda uma mensagem e vamos conversar!

Está ardendo !!

… no entanto, a candidíase vaginal é muito mais frequente do que se imagina.
Inclusive, não é nem a mais frequente das doenças da vagina, porém é facilmente confundida com outro tipo de infecção porque é comum que haja uma mescla de sintomas.

* A sua causa: o fungo Candida Albicans, que existe naturalmente na flora vaginal e quando fica desregulada, se prolifera. Essa desregulação pode ser causada por estresse, uso de antibióticos, baixa imunidade, atividade sexual intensa, entre outros fatores.

* Sintomas: coceira, corrimento esbranquiçado, podendo haver vermelhidão e irritação da vagina.

* Como é feito o diagnóstico? Pelos sintomas ou exame de cultura da secreção vaginal.

* Tratamento: pode ser feito com antifúngico oral ou como pomada.

* O que acontece se não for tratada?
Com o tempo, o próprio corpo pode se autorregular e a candidíase não tem maiores consequências. O difícil é tolerar os sintomas. Além disso, ela mantém a flora desregulada e facilita o contágio por outras doenças

É transmissível? Não

O que fazer em caso de suspeita de candidíase?
O mais indicado é procurar um médico ginecologista e fazer um exame para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais indicado.