Refúgio

Hoje eu conversava com uma pessoa a respeito da Síndrome de Burnout.

É bem verdade que esta doença acomete, principalmente, profissionais da Saúde. Porém, ao entender o que ela significa, você vai perceber que também pode afetar outras pessoas.

Em tempos de pandemia, com o medo do contágio, o confinamento imposto e as dificuldades financeiras para a maioria da população, é inegável o impacto no emocional das pessoas.

Assim como as longas jornadas de trabalho sob forte pressão, a cobrança de resultados e o receio da exposição, também têm castigado muito os profissionais de saúde.

Burnout, também chamada de síndrome da estafa profissional, é uma doença causada pelo estresse ocupacional contínuo e prolongado. Ela é caracterizada por um esgotamento profissional, com perda da personalidade e ineficácia na realização das tarefas, agravados pela indolência e sentimento de culpa.

Sendo assim, é fundamental você saber dosar a sua carga de trabalho e intercalar com momentos de descanso, para repor as energias. Atualmente, tenho escutado de muitas pessoas que trabalham ainda mais em “home office”, se comparado ao tempo dispensado na época em que o horário era cumprido na empresa.

Ficar imerso no trabalho, de forma intensa e ininterrupta, com a alegação que deixará para descansar mais tarde, é o primeiro passo para adoecer corpo e mente.

Em momentos difíceis como os atuais, é de extrema importância sabermos equilibrar as atividades laborais e o lazer. Se possível, recorrer a um local que possibilite recuperar as forças.

Por isso, quando me perguntam porque vou à Teresópolis, mesmo sem precisar e para não fazer nada, respondo:
“Nunca foi tão importante termos um refúgio”.

Volta às aulas ?

Segundo matéria publicada pelo Jornal O Globo, o prefeito do RJ diz estar “consultando especialistas” para criar um plano seguro de volta às aulas da rede municipal e particular de Ensino.

Mas quem são esses especialistas? Nomes, órgãos de trabalho? Mistério!
Em que momento a Secretaria Municipal de Saúde se posicionou? Se o fez, nada foi divulgado ou informado. Sabemos que, em verdade, ela é que deveria estar à frente destas discussões junto às escolas e seus sindicatos.

O único órgão de Saúde que se pronunciou durante este processo foi a FIOCRUZ, que se coloca contra esta volta às aulas neste momento, por considerar a ação precipitada por colocar a saúde de alunos, professores e suas famílias em risco.

Por que você acha que o prefeito está agindo assim?

Hospitais de campanha ou para a campanha?

O governo do RJ pretende desmontar todos hospitais de Campanha do estado até o dia 12 de agosto, embora exista uma decisão judicial que impede o fechamento dessas unidades.

 A Secretaria de Saúde diz que precisa da avaliação da Procuradoria Geral do Estado para dar continuidade ao planejado. Para o Secretário de Saúde, nós temos uma curva descendente confiável. ?

Ao avaliar a situação dos hospitais de campanha desde sua concepção, refletimos sobre inúmeros erros cometidos pelo governo. Podemos começar questionando o porquê de hospitais de campanha, que gerou um contrato de 850 milhões para a construção de 7 hospitais provisórios, dos quais somente 2 foram construídos,, quando tínhamos outras opções menos onerosas e que ficariam como legado para o Estado. Como exemplo, podemos citar o prédio do hospital da Santa Casa, fechado desde 2015. Os hospitais de campanha construídos não chegaram a ter metade da sua capacidade ocupada, mesmo no pico da pandemia. Faltaram remédios, respiradores, profissionais de saúde, e outras tantas coisas. Muitos funcionários ficaram sem seus salários…

Agora me responda.

Qual foi o real legado disso tudo?

Porque não foi usado o dinheiro do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário na Saúde?

Onde foi parar toda essa verba gasta na pandemia, sem controle pelo estado de calamidade pública, que é dinheiro de impostos pagos por todos nós?

Foram hospitais de campanha ou para a campanha?

Super Chico

Esta semana o mundo ficou mais feliz! Em meio a tantas tristezas trazidas pela Pandemia do Covid-19, Super Chico, como ficou conhecido na Web, recebeu alta da UTI, onde ficou por 13 dias.

Ele venceu a Covid-19!

Chico vive em Bauru, SP, nasceu prematuro e já passou por sete cirurgias.

Esse lindo menino de três anos, com Síndrome de Down, já viveu mais aventuras nesta vida do que muita gente seria capaz de acreditar. Aventuras estas que fizeram Chico se transformar num fenômeno na Web, onde possui 124 (cento e vinte quatro) mil seguidores. Super Chico nasceu herói!

Após treze dias internado na UTI de um hospital da rede privada, em Bauru, SP, recebeu alta médica no último dia vinte e dois, indo para o quarto de enfermaria, onde continuará a receber os cuidados necessários até a alta completa.

Enquanto sua Mãe, merecidamente, comemora mais essa vitória, Chico se prepara para mais uma aventura: voltar pra casa, para os braços da família e recuperar o tempo perdido de um amor sem tamanho.

E agora José?

O Ministério da Educação divulgou que alguns estados e o Distrito Federal discutem retornar às aulas tanto na Rede Pública quanto a Rede Particular de Ensino, a partir de agosto deste ano. Afirmou também que, segundo diretrizes traçadas, a retomada será gradual e seguirá um revezamento de turmas, sobre o olhar minucioso das Secretarias de Saúde.

No Rio de Janeiro, o prefeito Crivella anunciou o retorno da Rede Privada, já para 3 de agosto, de forma facultativa e com regras rígidas. Disse também ter sido uma solicitação dos representantes das escolas privadas e dos representantes do seu Sindicato. Será que podemos confiar no nosso órgão público de Saúde para a fiscalização “dessas regras rígidas”? Basta lembrar do que passamos com os hospitais de Campanha no auge da pandemia e teremos a resposta.

Quanto à Rede Pública de Ensino, Secretaria Municipal de Educação (SME), Professores e Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) não conseguiram chegar a um acordo.

A SMS apresentou um plano de volta às aulas de forma gradual, para o dia 3 de agosto. A primeira etapa prevê apenas a volta das equipes gestoras.

Um grupo de trabalho foi montado pela prefeitura para, junto com os professores, definir a retomada das atividades.

“Nós, do SEPE, e outras entidades do Grupo de Trabalho pedimos para constar em ata que não concordávamos com o retorno, que vai significar propagação da doença pelo que a gente está vendo nas informações vindas da Fiocruz”, disse Maria Eduarda Quiroga, representante do Sindicato dos Professores (SEPE) no Grupo de Trabalho.

A Fiocruz realmente considera prematura essa decisão, pois teme pelo crescimento do número de casos de Covid-19.

E agora? Vamos pagar pra ver?

Tragédia anunciada

Novamente de forma atabalhoada, o governo do estado do Rio de Janeiro encerrou, finalmente, o contrato irregular com o IABAS, conforme denunciei no mês de abril. O acordo previa, originalmente, a construção de sete hospitais de campanha, dos quais somente dois foram concluídos e, assim mesmo, sem nunca terem funcionado na sua plenitude. Para fechar com chave de ouro, o IABAS deixa os hospitais com dívidas não pagas de gás, luz e água que totalizam cerca de R$ 668.100,00, somente no hospital de campanha do Maracanã.

Enquanto isso, os pacientes foram transferidos às pressas para outros hospitais da rede e, até que a Fundação Estadual de Saúde assuma a gestão, esses espaços ficarão desativados. 

Olha a verba pública escorrendo entre os nossos dedos…

Quem fiscaliza nosso dinheiro?

Inimigo Íntimo

É impressionante a capacidade do governo em buscar ações que atrapalham a vida de quem quer trabalhar em nossa cidade.

Além do enfrentamento à pandemia ter sido mal planejado, ou melhor, nada planejado, O prefeito Marcelo Crivella sancionou a Lei 6757/2020, originada do projeto de Lei 1354-A/2019apresentado na Câmara com a assinatura de 31 vereadores do Rio de Janeiro.

Como todos sabem, as medidas adotadas no Rio de Janeiro trouxeram uma onda de fechamento de pequenas e microempresas, responsáveis pelo emprego de grande parte da população. Como esta lei prevê que empresas prestadoras de serviços de entrega “on-line”de refeições só poderão aceitar em suas plataformas o cadastro de bares, restaurantes e lanchonetes que forem autorizados pela Prefeitura, as pessoas desempregadas que tiveram que se reinventar, vendendo alimentos congelados, ou até mesmo docinhos, para manter o próprio sustento, não poderão manter este trabalho.

Será que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, realmente, representa a população?

Sem fim…

E a corrupção no Rio de Janeiro parece não ter fim. Hoje, pela manhã, foi preso o ex-Secretário de Saúde de Estado, Edmar Santos, junto com apreensão de vários documentos além de milhões de reais, em espécie, na sua casa de Itaipava.

A esperança que eu tinha de uma gestão técnica, competente e correta, como fontes descreveram para mim sobre sua atuação como diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, foi substituída por mais uma decepção na Saúde de nosso estado.

É lamentável ver de um lado pessoas que morrem por falta de assistência devido à carência de profissionais e equipamentos adequados, enquanto do outro lado vemos pessoas que desviam as verbas que deveriam ser utilizadas para contratação de profissionais de saúde e compra de equipamentos necessários.

Mais uma vez reitero a incapacidade de gestão na Saúde do Rio de Janeiro, na esfera estadual, por conta da corrupção e empresas inescrupulosas que insistem em saquear os cofres públicos para um enriquecimento ilícito.