Rio cuida mal das pessoas

Em levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina, o Rio de Janeiro é o estado que mais perdeu leitos hospitalares em todo o país.

Apesar do crescimento da população, foram desativados 11.055 leitos desde 2011.

Mesmo com os leitos extras por conta da pandemia, continua uma redução de 9.314 e a cidade do Rio de Janeiro foi a que mais perdeu, com 4.450 leitos a menos nos últimos 9 anos.

Com a desativação desses hospitais de lona, a tendência é que a situação piore ainda mais.

Enquanto isso, a população continua aguardando na fila do Sistema de Regulação (SISREG) para conseguir uma internação.

Está clara a necessidade de uma gestão competente, com ações sinérgicas entre o governo estadual e o municipal, para atender as demandas urgentes da Saúde do Rio de Janeiro.

A Câmara dos Vereadores também precisa assumir o seu papel legislativo para a criação de projetos de leis que atendam às políticas públicas de saúde, de forma eficiente e eficaz, além da sua importante atribuição de fiscalização do poder executivo. 

Enquanto os políticos colocarem seus projetos pessoais acima do interesse público, e atuarem com base na troca de favores, a Saúde do Rio de Janeiro não deixará esta situação de precariedade.

Volta às aulas ?

Segundo matéria publicada pelo Jornal O Globo, o prefeito do RJ diz estar “consultando especialistas” para criar um plano seguro de volta às aulas da rede municipal e particular de Ensino.

Mas quem são esses especialistas? Nomes, órgãos de trabalho? Mistério!
Em que momento a Secretaria Municipal de Saúde se posicionou? Se o fez, nada foi divulgado ou informado. Sabemos que, em verdade, ela é que deveria estar à frente destas discussões junto às escolas e seus sindicatos.

O único órgão de Saúde que se pronunciou durante este processo foi a FIOCRUZ, que se coloca contra esta volta às aulas neste momento, por considerar a ação precipitada por colocar a saúde de alunos, professores e suas famílias em risco.

Por que você acha que o prefeito está agindo assim?

Hospitais de campanha ou para a campanha?

O governo do RJ pretende desmontar todos hospitais de Campanha do estado até o dia 12 de agosto, embora exista uma decisão judicial que impede o fechamento dessas unidades.

 A Secretaria de Saúde diz que precisa da avaliação da Procuradoria Geral do Estado para dar continuidade ao planejado. Para o Secretário de Saúde, nós temos uma curva descendente confiável. ?

Ao avaliar a situação dos hospitais de campanha desde sua concepção, refletimos sobre inúmeros erros cometidos pelo governo. Podemos começar questionando o porquê de hospitais de campanha, que gerou um contrato de 850 milhões para a construção de 7 hospitais provisórios, dos quais somente 2 foram construídos,, quando tínhamos outras opções menos onerosas e que ficariam como legado para o Estado. Como exemplo, podemos citar o prédio do hospital da Santa Casa, fechado desde 2015. Os hospitais de campanha construídos não chegaram a ter metade da sua capacidade ocupada, mesmo no pico da pandemia. Faltaram remédios, respiradores, profissionais de saúde, e outras tantas coisas. Muitos funcionários ficaram sem seus salários…

Agora me responda.

Qual foi o real legado disso tudo?

Porque não foi usado o dinheiro do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário na Saúde?

Onde foi parar toda essa verba gasta na pandemia, sem controle pelo estado de calamidade pública, que é dinheiro de impostos pagos por todos nós?

Foram hospitais de campanha ou para a campanha?

Presente para Governador do Rio

Witzel, governador do RJ, tem prazo para defesa de impeachment adiado pelo STF.

Às vésperas de apresentar sua defesa quanto ao pedido de impeachment, o Ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determina a formação de uma nova comissão especial da ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do RJ), atendendo o pedido da defesa do governador.

Como já havia sido negada pelo TJ/RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), a  ação foi então encaminhada ao Supremo, no último dia 22, onde argumentava que o andamento do processo continha “vícios” e que a formação da comissão “foi instituída sem votação” (ALERJ possui 25 membros e não 18). Sendo assim não se teria respeitado a devida proporcionalidade por partido nem, tampouco, exarou o necessário parecer inicial.

Com essa decisão do STF, fica interrompido o prazo vigente, onde o governador deveria apresentar sua defesa no dia 29 do corrente mês para a ALERJ.

Cabe lembrar que Wilson Witzel é investigado por ação suspeita na compra de respiradores para atender a demanda de pacientes de Covid-19, em plena pandemia causada pela doença. 

Ou seja, por detalhes técnicos, ele ganhou mais tempo para respirar (desculpe o trocadilho…).

O que você acha disso?

E agora José?

O Ministério da Educação divulgou que alguns estados e o Distrito Federal discutem retornar às aulas tanto na Rede Pública quanto a Rede Particular de Ensino, a partir de agosto deste ano. Afirmou também que, segundo diretrizes traçadas, a retomada será gradual e seguirá um revezamento de turmas, sobre o olhar minucioso das Secretarias de Saúde.

No Rio de Janeiro, o prefeito Crivella anunciou o retorno da Rede Privada, já para 3 de agosto, de forma facultativa e com regras rígidas. Disse também ter sido uma solicitação dos representantes das escolas privadas e dos representantes do seu Sindicato. Será que podemos confiar no nosso órgão público de Saúde para a fiscalização “dessas regras rígidas”? Basta lembrar do que passamos com os hospitais de Campanha no auge da pandemia e teremos a resposta.

Quanto à Rede Pública de Ensino, Secretaria Municipal de Educação (SME), Professores e Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) não conseguiram chegar a um acordo.

A SMS apresentou um plano de volta às aulas de forma gradual, para o dia 3 de agosto. A primeira etapa prevê apenas a volta das equipes gestoras.

Um grupo de trabalho foi montado pela prefeitura para, junto com os professores, definir a retomada das atividades.

“Nós, do SEPE, e outras entidades do Grupo de Trabalho pedimos para constar em ata que não concordávamos com o retorno, que vai significar propagação da doença pelo que a gente está vendo nas informações vindas da Fiocruz”, disse Maria Eduarda Quiroga, representante do Sindicato dos Professores (SEPE) no Grupo de Trabalho.

A Fiocruz realmente considera prematura essa decisão, pois teme pelo crescimento do número de casos de Covid-19.

E agora? Vamos pagar pra ver?

Tragédia anunciada

Novamente de forma atabalhoada, o governo do estado do Rio de Janeiro encerrou, finalmente, o contrato irregular com o IABAS, conforme denunciei no mês de abril. O acordo previa, originalmente, a construção de sete hospitais de campanha, dos quais somente dois foram concluídos e, assim mesmo, sem nunca terem funcionado na sua plenitude. Para fechar com chave de ouro, o IABAS deixa os hospitais com dívidas não pagas de gás, luz e água que totalizam cerca de R$ 668.100,00, somente no hospital de campanha do Maracanã.

Enquanto isso, os pacientes foram transferidos às pressas para outros hospitais da rede e, até que a Fundação Estadual de Saúde assuma a gestão, esses espaços ficarão desativados. 

Olha a verba pública escorrendo entre os nossos dedos…

Quem fiscaliza nosso dinheiro?

Inimigo Íntimo

É impressionante a capacidade do governo em buscar ações que atrapalham a vida de quem quer trabalhar em nossa cidade.

Além do enfrentamento à pandemia ter sido mal planejado, ou melhor, nada planejado, O prefeito Marcelo Crivella sancionou a Lei 6757/2020, originada do projeto de Lei 1354-A/2019apresentado na Câmara com a assinatura de 31 vereadores do Rio de Janeiro.

Como todos sabem, as medidas adotadas no Rio de Janeiro trouxeram uma onda de fechamento de pequenas e microempresas, responsáveis pelo emprego de grande parte da população. Como esta lei prevê que empresas prestadoras de serviços de entrega “on-line”de refeições só poderão aceitar em suas plataformas o cadastro de bares, restaurantes e lanchonetes que forem autorizados pela Prefeitura, as pessoas desempregadas que tiveram que se reinventar, vendendo alimentos congelados, ou até mesmo docinhos, para manter o próprio sustento, não poderão manter este trabalho.

Será que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, realmente, representa a população?

Sem fim…

E a corrupção no Rio de Janeiro parece não ter fim. Hoje, pela manhã, foi preso o ex-Secretário de Saúde de Estado, Edmar Santos, junto com apreensão de vários documentos além de milhões de reais, em espécie, na sua casa de Itaipava.

A esperança que eu tinha de uma gestão técnica, competente e correta, como fontes descreveram para mim sobre sua atuação como diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, foi substituída por mais uma decepção na Saúde de nosso estado.

É lamentável ver de um lado pessoas que morrem por falta de assistência devido à carência de profissionais e equipamentos adequados, enquanto do outro lado vemos pessoas que desviam as verbas que deveriam ser utilizadas para contratação de profissionais de saúde e compra de equipamentos necessários.

Mais uma vez reitero a incapacidade de gestão na Saúde do Rio de Janeiro, na esfera estadual, por conta da corrupção e empresas inescrupulosas que insistem em saquear os cofres públicos para um enriquecimento ilícito.

Prevenção de Acidentes e Violência na Infância

Conversa com a Prof. Dra. Katia Nogueira, Presidente da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SOPERJ), Prof. da Disciplina de Emergências na Faculdade de Ciências Médicas da UERJ (FCM / UERJ), Prof. da Disciplina de Pediatria na Universidade Estácio de Sá. O tema não podia ser mais atual e pertinente.