Segundo matéria publicada pelo Jornal O Globo, o prefeito do RJ diz estar “consultando especialistas” para criar um plano seguro de volta às aulas da rede municipal e particular de Ensino.
Mas quem são esses especialistas? Nomes, órgãos de trabalho? Mistério! Em que momento a Secretaria Municipal de Saúde se posicionou? Se o fez, nada foi divulgado ou informado. Sabemos que, em verdade, ela é que deveria estar à frente destas discussões junto às escolas e seus sindicatos.
O único órgão de Saúde que se pronunciou durante este processo foi a FIOCRUZ, que se coloca contra esta volta às aulas neste momento, por considerar a ação precipitada por colocar a saúde de alunos, professores e suas famílias em risco.
Por que você acha que o prefeito está agindo assim?
É impressionante a capacidade do governo em buscar ações que atrapalham a vida de quem quer trabalhar em nossa cidade.
Além do enfrentamento à pandemia ter sido mal planejado, ou melhor, nada planejado, O prefeito Marcelo Crivella sancionou a Lei 6757/2020, originada do projeto de Lei 1354-A/2019apresentado na Câmara com a assinatura de 31 vereadores do Rio de Janeiro.
Como todos sabem, as medidas adotadas no Rio de Janeiro trouxeram uma onda de fechamento de pequenas e microempresas, responsáveis pelo emprego de grande parte da população. Como esta lei prevê que empresas prestadoras de serviços de entrega “on-line”de refeições só poderão aceitar em suas plataformas o cadastro de bares, restaurantes e lanchonetes que forem autorizados pela Prefeitura, as pessoas desempregadas que tiveram que se reinventar, vendendo alimentos congelados, ou até mesmo docinhos, para manter o próprio sustento, não poderão manter este trabalho.
Será que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, realmente, representa a população?
Série Dr. Sérgio Teixeira “De Olho na Pandemia”. Vim ao Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana, ao lado da estação de metrô Siqueira Campos. Recebi denúncias que não estavam sendo feitas as vacinas para gripe e aproveitei para me vacinar.
O papanicolau é um exame muito importante, que tem o objetivo de fazer o diagnóstico precoce das lesões precursoras do câncer do colo do útero. Também chamado de preventivo, ele deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas, uma vez ao ano. Caso o resultado seja negativo por três anos seguidos, o intervalo pode aumentar de acordo com a orientação médica.
Há anos que venho alertando sobre a necessidade de um combate efetivo no enfrentamento da sífilis. Na região metropolitana do Rio de Janeiro temos uma quantidade absurda de casos desta doença o que é diagnosticada com um exame simples, que qualquer laboratório é capaz de realizar, e curada com com o antibiótico mais antigo do mundo, a penicilina. Não acredito que campanhas, de forma isolada, consigam diminuir a taxa de infectados. Isso vem sendo tentado, há décadas, sem sucesso. Junto com essas campanhas de conscientização, é fundamental que tenhamos ações para uma análise crítica dos casos identificados, treinamento e educação continuada dos profissionais de saúde, além de disponibilidade suficiente de métodos de proteção, exames e medicamentos.
Infelizmente, a prefeitura do Estado do Rio não possui uma política habitacional, fiscalização eficiente de construções irregulares e nem um planejamento urbano para diminuir os desastres provocados pelos temporais.
A falta de Postos de Orientação Urbanístico e Social, órgãos da prefeitura, capazes de orientar a população sobre o que ou não ser construído no município, também contribui para este problema.
Com esta falta de planejamento urbano e a impermeabilização descontrolada das áreas de escoamento da água das chuvas, temos esses constantes problemas de inundação e alagamento.
Infelizmente em nosso país, o entendimento de investimento em Educação está relacionado à contratação de professores e construção de escolas. Além disso, as atenções têm sido voltadas para o nível superior, há décadas, e acabaram por negligenciar o cuidado que deveria ser dado aos professores do ensino básico.
Um professor bem preparado, preferencialmente com conhecimento de neurociências e das teorias pedagógicas, é capaz de identificar, e respeitar, o ritmo de aprendizado de cada criança, principalmente no início do Ensino Fundamental, onde a cognição e a personalidade ainda estão em desenvolvimento.
Estarão estes profissionais realmente preparados para tamanho desafio? A formação destes professores está de acordo com a qualificação profissional que se faz necessária para o dia a dia em sala de aula, tomando por base que cada aluno constitui um universo em si?
Os índices de alunos que não conseguem concluir com sucesso estes primeiros anos, e a consecutiva criação de turmas de correção de fluxo, apontam que não.
Por isso, há a necessidade de revisão dos currículos das faculdades nos cursos de formação, extensão e pós-graduação de professores. Cabe ressaltar que a responsabilidade para este investimento pertence aos órgãos públicos de Educação e não aos profissionais de ensino. Além disso, também precisamos incluir aqui a formação em serviço com cursos de educação continuada, tão necessária para a sustentabilidade da qualidade do ensino.
Assim sendo, antes de mais escolas ou mais professores, é fundamental que haja um investimento maciço na formação destes profissionais.
Você precisa fazer login para comentar.