Em meio às afirmações incoerentes, ida do prefeito à Brasília em busca de recursos e arrestos de recursos municipais por ordem do Tribunal Regional do Trabalho, a crise se prolonga e é estendida a outras categorias profissionais além da Saúde.
Com a determinação de Crivella em suspender os pagamentos, o dia foi pautado por manifestações dos servidores em frente à sede da prefeitura do Rio.
Enquanto isso, sofrem os funcionários com as contas atrasadas e sofre a população com a precariedade na assistência à Saúde.
Apesar disso, Crivella ainda insiste em vir a público para afirmar que a crise é falsa. Definitivamente, o Rio não merece os políticos que tem. No próximo ano, não vamos reeleger ninguém!
Continua a crítica a situação da saúde municipal no Rio de Janeiro. Enquanto várias unidades estão fechadas, as outras estão super lotadas.
Hoje, o presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal retornou à mídia para trazer os números da Saúde. No início do ano, foram aprovados R$ 5,3 bilhões (previstos com arrecadação até o final de dezembro) para serem aplicados na Saúde. Até o momento, dos R$ 4,3 bilhões, que constam como gastos, só foram pagos R$ 3,9 bilhões. A conta não fecha? Segundo o vereador, os R$ 400 milhões que faltam foram gastos, ainda no mês de fevereiro, em praças e campos de futebol para satisfazer outros vereadores. Penso que, aqui, vale perguntar. Por que esta mesma Comissão de Saúde da Câmara Municipal não se manifestou à época? Por que só apareceu agora, depois de meses de atrasos de pagamento ao funcionalismo público e após verdadeiro caos instalado na rede municipal? Por que nada fez quando foram demitidos 2500 profissionais de saúde, com a extinção de 200 equipes da estratégia saúde da família?
O Tribunal Regional do Trabalho determinou novo arresto de R$ 325 milhões (quantia igual à que determinou no arresto anterior, suspenso pelo Tribunal Superior do Trabalho). A Prefeitura já sinalizou que vai recorrer…
Agora eu entendi por quê nosso prefeito disse que “Esse é o nosso Rio de Janeiro. É uma esculhambação completa”.
Última pergunta: Quem votou contra o impeachment do Crivella?
A saúde pública no Rio de Janeiro está esfacelada. A crise atinge às unidades de saúde administradas por diversos modelos de gestão, seja por OSs, por empresas públicas ou com servidores concursados. Isso demonstra que o problema não está em quem, mas como esta gestão é feita. Por incompetência, ou má-fé, o fato é que a rede pública está desabastecida e sem condições de trabalho para os profissionais de saúde que, além de terem seus salários atrasados há meses, ficam expostos à precariedade da situação.
Me causa espanto, a colocação da Secretaria Municipal de Saúde, em um tom de (pasmem) indignação, afirmar que “TODAS as unidades seguem de portas abertas, funcionando com classificação de risco, priorizando o atendimento aos casos mais graves e urgentes – como é praxe em hospitais de urgência e emergência”, disse a Secretária Municipal de Saúde como se tudo estivesse de acordo com a normalidade. Por outro lado, equipes de jornalismo que percorreram a rede, desmentem este fato.
Ainda a SMS diz em nota enviada pela Prefeitura que “os sindicatos se comprometeram com a justiça a manter 50% do efetivo” e que “as direções das unidades cobram esse efetivo e fiscalizam se o acordo está sendo cumprido por parte do sindicato”. Seria essa, realmente, a postura que o Poder Executivo deveria tomar? Se posicionar como “fiz o que tinha que fazer” e transferir a responsabilidade de cumprimento e fiscalização do acordo para terceiros?
Embora tardiamente, a Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores fez uma vistoria, no último sábado, e constatou a falta de condições de trabalho e de profissionais de saúde. Certo, mas, na prática, tomarão alguma ação efetiva para buscar uma solução do problema?
Muito preocupante não ver nenhuma informação ou atitude concreta em relação ao fato gerador de toda essa situação.
Afinal, quando virão os recursos para abastecimento e pagamento dos profissionais de saúde?
Não bastasse a má gestão municipal que temos assistido, agora vemos as OSs, mais uma vez, tentar precarizar a atividade médica, através de práticas predatórias e desrespeitosas. A imposição que essas empresas estão colocando para os médicos se tornarem pessoa jurídica, trata-se de um ato ilícito que deve ser, veementemente, repudiado pela categoria que, por sua vez, precisa do apoio irrestrito do CREMERJ e do sindicato.
OSs como INSTITUTO GNOSIS, CEP 28 e VIVA RIO já foram alvo de objeções apontadas pelo Tribunal de Contas do Município em auditorias realizadas. Se o controle da Prefeitura é falho, cabe à Câmara dos Vereadores, responsável pela aprovação do orçamento destinado a essas empresas, fiscalizar e apontar as transgressões.
Não digo que todas as OSs são fraudulentas. Existem empresas sérias e que desenvolvem um bom trabalho. Mas, o Poder Municipal precisa “separar o joio do trigo” e não manter os contratos das OSs que têm estas condutas aviltantes ou, até mesmo, ilícitas.
Hoje foi veiculada na mídia a situação precária do Hospital Albert Schweitzer, bem como de vários serviços de pronto atendimento. Foi ressaltada a greve de médicos e funcionários destes serviços que, diga-se de passagem, estão sem receber seus salários há meses. Senti falta na matéria de uma buscar maior de informações que levem ao real motivo dessa situação.
Não é só a falta de capital humano, mas também toda a estrutura se ressente da carência de materiais e medicamentos. Não vi nenhuma argumentação consistente para explicar a alegada falta de recursos.
No início deste ano, já tinha sido divulgado o superfaturamento de contas pela OSS Cruz Vermelha, empresa essa que a própria mídia apontou que era investigada por desvio de dinheiro da Saúde em várias cidades do país. Aí, eu me pergunto. Quem colocou uma empresa que estava sendo investigada por fraude, na gestão de um hospital tão importante na rede municipal? Se as contas foram superfaturadas, pressuponho que tenham sido pagas. Se havia dinheiro para pagamento destas mesmas contas superfaturadas, como pode faltar para pagamento de salário dos funcionários? E, por fim, onde estão nossos vereadores que têm, dentro de suas atribuições, o poder de fiscalização e cobrança?
Nossa Saúde está doente e os “médicos” que podem resolver isso, estes sim, estão faltando…
Ontem (03/12/2019), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a regulamentação de produtos à base de cannabis, para uso medicinal.
Esta é uma luta antiga para a liberação deste produto que já é utilizado largamente em outros países, por exemplo, para o controle de crises convulsivas.
A decisão melhora o acesso de pacientes que necessitam esse tratamento, uma vez que empresas nacionais passarão a fabricar produtos à base de canabinoides e sua venda será liberada para as farmácias, evidentemente, com rígido controle.
Infelizmente, o cultivo da maconha não foi liberado para esses laboratórios. Eles terão que importar o substrato da cannabis, matéria-prima semielaborada, e, com isso, dificulta uma redução ainda maior no custo do tratamento.
Habitada por 116 mil pessoas, Pedro Juan Caballero tem nove faculdades de Medicina, nas quais estudam pelo menos 12 mil brasileiros. O número é superior, por exemplo, ao de vagas ofertadas por ano por todas as universidades públicas do Brasil (10,6 mil). Estariam eles contando com o Revalida light?
Quero deixar registrado meus agradecimentos pelo gentil convite para participar do 6⁰ Encontro de Enfermagem Ginecológica do Rio de Janeiro. Este evento, encerrado ontem na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ofereceu um ciclo de palestras que reuniu profissionais do mais alto gabarito.
Entendo como fundamental a participação de várias categorias de profissionais da Saúde agindo de forma sinérgica na busca de soluções para uma melhor assistência. A promoção da Saúde deixa de ser uma atividade multidisciplinar para se tornar interdisciplinar, onde as atuações desses diferentes profissionais se complementam e, consequentemente, aumentam a eficiência e a eficácia.
Em alguns momentos de nossa vida, nos deparamos com a necessidade de fazer uso de medicamentos. Nestas situações, podem surgir dúvidas sobre como fazer o tratamento. Vale lembrar que qualquer desvio na sua forma correta de utilização pode ter uma alteração no resultado esperado.
Um dos
questionamentos mais comuns é se o comprimido deve ser ingerido com água ou
leite. A princípio, o melhor seria com o velho copo d’água. O leite interfere
na absorção e altera seu resultado.
Algumas pessoas, por
comodidade, costumam engolir os comprimidos a seco. Esta prática incorre,
basicamente, em dois riscos. No primeiro, o comprimido pode grudar no esôfago e
provocar uma irritação na sua parede. No segundo, mesmo que o comprimido chegue
até o estômago, pode começar a ser absorvido no esôfago, com a acidez diferente
do estômago, o que geralmente altera a sua ação.
Quando você toma dois ou mais remédios ao mesmo tempo, corre o risco de eles competirem entre si e não terem o efeito desejado. Por exemplo, alguns medicamentos são melhor absorvidos em um ambiente ácido. Quando ingeridos juntos a um antiácido, eles terão seu efeito prejudicado. Outro exemplo seria dos anticoncepcionais, que têm sua eficácia reduzida quando associados a alguns antibióticos. Por outro lado, existem situações especiais nas quais alguns medicamentos surtem melhor efeito quando ingeridos juntos, como o sulfato ferroso na presença de vitamina C. Sendo assim, é importante perguntar a quem prescreveu, não só os intervalos entre as tomadas, mas também os horários que devem ser respeitados.
Para algumas
medicações, é preciso que sejam tomadas com o estômago vazio. Para outras, isso
irritaria muito estômago, logo, o ideal seria após se alimentar. Também é
importante perguntar ao seu médico o que seria melhor no seu caso.
Em relação ao uso de
bebidas alcoólicas junto com medicação, é uma prática que deve ser evitada. Em
algumas situações, essa mistura pode cortar o efeito do remédio. Em outras,
como no caso de calmantes, o álcool pode potencializar sua ação, com risco de diminuir
a atividade dos sistemas nervoso central, respiratório e cardiovascular.
Tão importante quanto a forma de tomar os remédios são os cuidados que devem ter com eles. Procure mantê-los na sua embalagem original, planejada para seu correto acondicionamento, ou em caixinhas separadoras, igualmente idealizadas para esta finalidade. Alguns precisam ser guardados em geladeira por apresentarem uma instabilidade química, quando fora de um ambiente frio. Não respeitar esta indicação pode diminuir o efeito da droga.
Algumas pessoas têm
dificuldades para engolir comprimidos e acabam utilizando alguns artifícios que
se mostram inadequados. Macerar os comprimidos, ou cortá-los no meio para se
tornarem menores e mais fáceis de engolir, não deve ser feito, exceto quando eles
forem sulcados ou se orientado pelo médico. Já as cápsulas foram feitas para
retardar a absorção do fármaco. Não se deve abri-las para dissolver o
“pozinho” na água, pois interfere diretamente na absorção do remédio.
Bom, como visto,
cuidado com seu tratamento para ele poder cuidar de você!
Pesquisadores da USP vêm trabalhando, há cerca de 3 anos, em parceria com a Aliança Global para Terapias com Células-Tronco Pluripotentes Induzidas. Já foram analisados os perfis genéticos de quase 4 milhões de brasileiros, na busca de doadores que tenham um sistema imunológico mais comum em nossa população. A expectativa é que tenhamos, em poucos anos, um banco de células-tronco compatível com a maioria dos brasileiros.
Estas células-tronco induzidas à pluripotência têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo, produzindo diferentes tecidos. Sendo assim, elas podem ser utilizadas não só em pesquisas, mas também no tratamento de diversas doenças.
A terapia celular tem como objetivo restaurar o funcionamento de um tecido ou órgão, através da substituição de células danificadas por células sadias. Dessa forma, teríamos grande avanço no tratamento de doenças como Parkinson, alguns tipos de cegueiras, distrofias musculares, etc.
Indo um pouco mais além. No Brasil, temos uma grande fila para transplantes, devido à escassez de órgãos. Com a tecnologia das células-tronco, abre a possibilidade de gerar órgãos saudáveis e acabar com essa fila.
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