Pela primeira vez

Menarca é o nome que damos à primeira menstruação.

Em geral, ela acontece nas adolescentes com 12 ou 13 anos. Mas, é considerada normal quando ocorre entre os 9 e 15 anos de idade.

É normal os primeiros ciclos menstruais virem um pouco irregulares, pois a produção hormonal ainda não está bem ajustada.

Isso não deve ser motivo de preocupação, já que as menstruações costumam ir regularizando com o tempo, sem precisar de nenhum tratamento.

Só é preciso observar se o sangramento não está muito intenso, capaz de provocar anemia na adolescente.

Ficou alguma dúvida? Pode perguntar 

Posso ajudar?

Esse post não é mais de um assunto técnico mas sim daquilo que eu pratico e priorizo nos meus atendimentos. Se você me escolheu, saiba que:

👉O meu olhar para a saúde não se restringe à “questões ginecológicas”. Tudo está interligado incluindo o nosso emocional, certo? Por isso preconizo um atendimento integrado e humanizado;

👉Você terá a minha total atenção e disponibilidade. Prezo por um atendimento muito personalizado visando o seu total bem-estar.

👉Você não vai encontrar um médico “tirando pedido” por aqui. Estou falando de ACOMPANHAMENTO. Todos precisam de médicos que acompanhem a trajetória do paciente, analisando evolução em determinados casos, manutenção de todas as práticas adotadas. Não é à toa que tenho pacientes comigo há mais de 20 anos!!

Ainda resta alguma dúvida sobre o meu atendimento? Caso positivo, escreve nos comentários.

Se cuide!

Como eu já havia citado anteriormente, o canal vaginal contém microrganismos próprios da região, a exemplo do que acontece em outras partes do corpo como pele, intestino, etc.

A vaginose bacteriana é uma infecção causada pelo aumento de bactérias normalmente ali localizadas, principalmente pela Gardnerella vaginalis, e por isso não pode ser considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST).

Em muitos casos podem não apresentar sinais ou sintomas aparentes. Mas, quando eles aparecem, o mais comum é um corrimento esbranquiçado, que pode ficar amarelado na roupa, muitas vezes acompanhado de um odor mais ativo.

Porém, você pode tomar alguns cuidados para evitar episódios muito frequentes desta doença:

👉🏻 Procure usar calcinhas totalmente de algodão, não apenas forradas com esse tecido. Depois de um tempo, elas também retêm umidade, a exemplo do que acontece com as de material sintético.

👉🏻 Não faça duchas vaginais. Elas podem desequilibrar a quantidade das bactérias locais, além de a possibilidade de levar outras.

👉🏻 Após praia, piscina ou academia de ginástica, troque a roupa por uma seca, o mais rápido possível. A umidade favorece o crescimento dos microrganismos vaginais.

👉🏻 Ainda por conta da umidade, evite roupas apertadas ou de tecidos grossos que possam abafar a região, principalmente nos dias de maior calor.

👉🏻 Utilize somente sabonetes neutros para a higiene íntima. A química contida nos sabonetes perfumados também pode produzir irritações.

O diagnóstico pode ser feito em um exame ginecológico simples e confirmado no material enviado para o laboratório.

O tratamento é simples, sendo realizado por via oral, ou vaginal, e não precisa tratar o parceiro, já que não se trata de uma IST. Mas, é importante saber que, no tratamento por via oral, não se pode ingerir bebida alcoólica, já que esta combinação pode causar fortes reações no organismo.

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Calcinha descartável?

O assunto do momento tem sido as calcinhas descartáveis.

Afinal, devem ou não serem utilizadas.

Inicialmente utilizadas em hospitais e clínicas, como prevenção de contaminações ou medidas de higiene, passou a ser utilizada fora desses ambientes por sua praticidade.

Mas, é preciso saber que essas calcinhas são feitas com material sintético. Seu uso frequente atrapalha a respiração da pele na região íntima e pode causar irritações ou mesmo infecções genitais.

Além disso, há a questão ambiental, pois, após o uso, elas são jogadas no lixo. Vale lembrar que certas fibras sintéticas levam mais de 400 anos para se decompor na natureza.

Porém, elas podem ser úteis em algumas situações e por períodos curtos.

Existem modelos, um pouco maiores e absorventes, que podem ser de grande valia no pós-parto imediato, logo após algumas cirurgias ou, ainda, como alternativas às fraldas para serem utilizadas fora de casa por quem tem incontinência urinária.

E você? O que pensa a respeito? Me conta aqui nos comentários.

O tal HPV

Esse tal de HPV…

O HPV é a abreviatura de Human Papilloma Virus, que significa Vírus do Papiloma Humano.

O fato do HPV ser o principal causador do câncer de colo de útero já é bastante divulgado. Mas, pouca gente sabe que existem mais de cem subtipos de HPV.

O HPV-6 e o HPV-11 estão entre os mais comuns e, felizmente, têm pouca chance de causar câncer. Em geral, eles provocam o crescimento de verrugas genitais, que no interior costumam ser chamadas de “crista de galo”, e são curadas através de cauterização ou mesmo retirada por bisturi.

Porém, mais de 13 subtipos são potencialmente perigosos e, no Brasil, o HPV-16 HPV-18 são responsáveis por cerca de aproximadamente 70% dos casos de câncer no colo do útero.

O problema é que, apesar desses tumores serem de crescimento lento, eles não provocam sintomas na sua fase inicial, tanto nos homens quanto nas mulheres. Só em fases mais avançadas que podem apresentar sangramentos, secreções vaginais ou, nos casos mais graves, dor abdominal com queixas urinárias ou intestinais.

Então, como as mulheres podem se defender?

Em primeiro lugar, temos a vacina contra o HPV.

Atualmente, o SUS oferece vacinação gratuita para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina também está disponível para a população de 9 a 26 anos que vive com HIV, pacientes oncológicos, submetidos a transplante de órgãos ou medula óssea, além das mulheres imunossuprimidas de 26 a 45 anos.

A utilização do preventivo é muito importante, mesmo que ofereça proteção menor contra o HPV, em relação às outras infecções sexualmente transmissíveis. Como a transmissão acontece pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, o preservativo (principalmente o feminino) cobre uma boa área dos genitais.

Por fim, tem o preventivo ginecológico.

Antes de se desenvolver o câncer, o exame preventivo pode detectar o que chamamos de “lesões precursoras” e dá a chance, com o tratamento adequado, de impedir o surgimento do tumor.

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Tratamento não hormonal

Muito tem se falado sobre os fitoterápicos, como uma alternativa não hormonal para tratar de algumas doenças no climatério.

Alguns trabalhos têm demonstrado benefícios que essas terapias podem trazer para o organismo, como efeito antioxidante, proteção do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, e até melhora, em alguns aspectos, do sistema imunológico.

Mas, as coisas não são tão simples assim.

Para que estas substâncias alcancem seus objetivos, é importante que sejam bem toleradas pelo organismo e que nossa digestão tenha a capacidade de extrair os princípios ativos que elas possuem.

Apenas como exemplo, um dos tipos de isoflavona só consegue produzir efeito em 25% a 30% dos ocidentais e em metade dos asiáticos.

Portanto, a diversidade de apresentações, e até de concentrações desses produtos, trazem dificuldades para se ter o efeito desejado.

Por isso que a terapia de reposição hormonal (TRH) continua como primeira escolha para tratamento de problemas do climatério, embora a fitoterapia se apresente como alternativa quando houver alguma contra indicação para a primeira.

Cuidado com a infecção!

A doença inflamatória pélvica (D. I. P.) é, geralmente, causada por uma infecção sexualmente transmissível.

Microrganismos como gonococo, clamídia, micoplasma, etc, sobem da vagina para o útero e, através das trompas, podem alcançar toda a pelve feminina.

Essa doença, além dos riscos imediatos de se tornar uma infecção grave que pode chegar a sepse, pode trazer danos permanentes nas trompas e ocasionar infertilidade.

Frequentemente, a mulher precisa internar para iniciar o tratamento com antibióticos potentes endovenosos, para depois dar continuidade ao tratamento em casa por vários dias.

Como disse acima, tudo começa com uma IST. Sendo assim, é muito importante a prevenção através do uso constante da camisinha.

Agora, caso você note corrimento com cheiro ruim, ardência quando for urinar, ou ainda sangramentos anormais, procure logo marcar uma consulta com o ginecologista.

Irritação?

Com o verão, vem o calor. E com o calor, aumenta a transpiração e, consequentemente, a umidade vaginal.

Vários microrganismos habitam, normalmente, o canal vaginal.

O aumento da temperatura e da umidade favorece o aumento na quantidade destes microrganismos e eles passam a causar irritações que podem se manifestar através de corrimentos, ardência, coceiras ou mesmo um odor mais ativo.

Certa ocasião, eu li um estudo científico realizado nos Estados Unidos, onde ginecologistas experientes colhiam material para exame e anotavam sua impressão diagnóstica baseada apenas no exame físico.

Quando chegavam os resultados do laboratório, eles eram comparados com os diagnósticos escritos pelos médicos.

Para a surpresa de muitos, somente cerca de um terço deles tinha acertado, exatamente, qual era o problema.

Se isso acontece com profissionais de saúde habituados a lidar com essas doenças no seu dia a dia, imagina a quantidade de erros nos casos de automedicação ou orientação de terceiros…

O problema é que um tratamento não adequado pode, eventualmente, causar a piora da doença.

Por isso, quando alguém me indicar “um remedinho muito bom que resolve o seu problema”, melhor agradecer a boa intenção, mas, procurar uma consulta ginecológica para uma avaliação mais segura.

Qual o melhor creme vaginal para você?

O que seu médico aconselhar…