Calcinha descartável?

O assunto do momento tem sido as calcinhas descartáveis.

Afinal, devem ou não serem utilizadas.

Inicialmente utilizadas em hospitais e clínicas, como prevenção de contaminações ou medidas de higiene, passou a ser utilizada fora desses ambientes por sua praticidade.

Mas, é preciso saber que essas calcinhas são feitas com material sintético. Seu uso frequente atrapalha a respiração da pele na região íntima e pode causar irritações ou mesmo infecções genitais.

Além disso, há a questão ambiental, pois, após o uso, elas são jogadas no lixo. Vale lembrar que certas fibras sintéticas levam mais de 400 anos para se decompor na natureza.

Porém, elas podem ser úteis em algumas situações e por períodos curtos.

Existem modelos, um pouco maiores e absorventes, que podem ser de grande valia no pós-parto imediato, logo após algumas cirurgias ou, ainda, como alternativas às fraldas para serem utilizadas fora de casa por quem tem incontinência urinária.

E você? O que pensa a respeito? Me conta aqui nos comentários.

O tal HPV

Esse tal de HPV…

O HPV é a abreviatura de Human Papilloma Virus, que significa Vírus do Papiloma Humano.

O fato do HPV ser o principal causador do câncer de colo de útero já é bastante divulgado. Mas, pouca gente sabe que existem mais de cem subtipos de HPV.

O HPV-6 e o HPV-11 estão entre os mais comuns e, felizmente, têm pouca chance de causar câncer. Em geral, eles provocam o crescimento de verrugas genitais, que no interior costumam ser chamadas de “crista de galo”, e são curadas através de cauterização ou mesmo retirada por bisturi.

Porém, mais de 13 subtipos são potencialmente perigosos e, no Brasil, o HPV-16 HPV-18 são responsáveis por cerca de aproximadamente 70% dos casos de câncer no colo do útero.

O problema é que, apesar desses tumores serem de crescimento lento, eles não provocam sintomas na sua fase inicial, tanto nos homens quanto nas mulheres. Só em fases mais avançadas que podem apresentar sangramentos, secreções vaginais ou, nos casos mais graves, dor abdominal com queixas urinárias ou intestinais.

Então, como as mulheres podem se defender?

Em primeiro lugar, temos a vacina contra o HPV.

Atualmente, o SUS oferece vacinação gratuita para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina também está disponível para a população de 9 a 26 anos que vive com HIV, pacientes oncológicos, submetidos a transplante de órgãos ou medula óssea, além das mulheres imunossuprimidas de 26 a 45 anos.

A utilização do preventivo é muito importante, mesmo que ofereça proteção menor contra o HPV, em relação às outras infecções sexualmente transmissíveis. Como a transmissão acontece pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, o preservativo (principalmente o feminino) cobre uma boa área dos genitais.

Por fim, tem o preventivo ginecológico.

Antes de se desenvolver o câncer, o exame preventivo pode detectar o que chamamos de “lesões precursoras” e dá a chance, com o tratamento adequado, de impedir o surgimento do tumor.

Ficou alguma dúvida? escreve aqui nos comentários

Tratamento não hormonal

Muito tem se falado sobre os fitoterápicos, como uma alternativa não hormonal para tratar de algumas doenças no climatério.

Alguns trabalhos têm demonstrado benefícios que essas terapias podem trazer para o organismo, como efeito antioxidante, proteção do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, e até melhora, em alguns aspectos, do sistema imunológico.

Mas, as coisas não são tão simples assim.

Para que estas substâncias alcancem seus objetivos, é importante que sejam bem toleradas pelo organismo e que nossa digestão tenha a capacidade de extrair os princípios ativos que elas possuem.

Apenas como exemplo, um dos tipos de isoflavona só consegue produzir efeito em 25% a 30% dos ocidentais e em metade dos asiáticos.

Portanto, a diversidade de apresentações, e até de concentrações desses produtos, trazem dificuldades para se ter o efeito desejado.

Por isso que a terapia de reposição hormonal (TRH) continua como primeira escolha para tratamento de problemas do climatério, embora a fitoterapia se apresente como alternativa quando houver alguma contra indicação para a primeira.

Cuidado com a infecção!

A doença inflamatória pélvica (D. I. P.) é, geralmente, causada por uma infecção sexualmente transmissível.

Microrganismos como gonococo, clamídia, micoplasma, etc, sobem da vagina para o útero e, através das trompas, podem alcançar toda a pelve feminina.

Essa doença, além dos riscos imediatos de se tornar uma infecção grave que pode chegar a sepse, pode trazer danos permanentes nas trompas e ocasionar infertilidade.

Frequentemente, a mulher precisa internar para iniciar o tratamento com antibióticos potentes endovenosos, para depois dar continuidade ao tratamento em casa por vários dias.

Como disse acima, tudo começa com uma IST. Sendo assim, é muito importante a prevenção através do uso constante da camisinha.

Agora, caso você note corrimento com cheiro ruim, ardência quando for urinar, ou ainda sangramentos anormais, procure logo marcar uma consulta com o ginecologista.

Irritação?

Com o verão, vem o calor. E com o calor, aumenta a transpiração e, consequentemente, a umidade vaginal.

Vários microrganismos habitam, normalmente, o canal vaginal.

O aumento da temperatura e da umidade favorece o aumento na quantidade destes microrganismos e eles passam a causar irritações que podem se manifestar através de corrimentos, ardência, coceiras ou mesmo um odor mais ativo.

Certa ocasião, eu li um estudo científico realizado nos Estados Unidos, onde ginecologistas experientes colhiam material para exame e anotavam sua impressão diagnóstica baseada apenas no exame físico.

Quando chegavam os resultados do laboratório, eles eram comparados com os diagnósticos escritos pelos médicos.

Para a surpresa de muitos, somente cerca de um terço deles tinha acertado, exatamente, qual era o problema.

Se isso acontece com profissionais de saúde habituados a lidar com essas doenças no seu dia a dia, imagina a quantidade de erros nos casos de automedicação ou orientação de terceiros…

O problema é que um tratamento não adequado pode, eventualmente, causar a piora da doença.

Por isso, quando alguém me indicar “um remedinho muito bom que resolve o seu problema”, melhor agradecer a boa intenção, mas, procurar uma consulta ginecológica para uma avaliação mais segura.

Qual o melhor creme vaginal para você?

O que seu médico aconselhar…

Depressão

Sintoma muito comum no climatério, a depressão é multidimensional.

Ela afeta não só a saúde da mulher deprimida, bem como seu convívio familiar, social e profissional.

Em cada caso ela pode se mostrar de uma forma diferente.

Algumas das manifestações vão desde labilidade emocional, falta de interesse e disposição, diminuição da concentração, falta de apetite, alterações do sono, até sintomas dolorosos sem causas aparentes.

Além das alterações hormonais, a depressão pode estar relacionada à insônia, fogachos (calorões), abuso de substâncias, fatores ambientais ou genéticos, transtornos psiquiátricos ou da personalidade, etc.

Algumas circunstâncias desencadeadoras ocorreram muitos anos antes de surgirem os sinais e sintomas. Por isso, é fundamental uma história criteriosa.

Estressores crônicos, com duração acima de 3 a 6 meses, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, diabetes ou mesmo diminuição da imunidade.

Mas, calma! Existem diversos modelos de tratamento e, ainda mais nesse assunto, a escolha tem que ser muito, muito individualizada.

Temos à disposição vários tipos de medicamentos que podem ser associados à psicoterapia, acupuntura, atividades físicas aeróbicas (de lutas até dança), meditação e até oração (??). Isso mesmo! A fé em uma crença verdadeira traz uma positividade no pensamento que ajuda muito no combate aos sintomas depressivos.

Outra coisa de extrema importância é a alimentação. Dieta do mediterrâneo, e dois potinhos semanais de frutas que contenham antocianinas (morango, mirtilo, framboesa, cereja e açaí) são de grande valia.

Enfim, há muito que pode ser feito nessas situações.

Dúvidas?

É só perguntar.

E o climatério?

Calma, não precisa se desesperar, o climatério não é uma doença! 😉

💁Ele é uma fase natural pela qual todas as mulheres vão passar. Algumas passam sem sintomas ou queixas, outras têm sintomas variados.

👉 Também conhecido como perimenopausa, ele antecede a menopausa e é a transição do período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher.

👉 O termo menopausa está relacionado à última menstruação e, em geral, ocorre em torno dos 50 anos.

👉 O climatério, normalmente, tem início nas mulheres a partir dos 40 anos e se prolonga por mais alguns anos após a menopausa .

👉O importante é continuar cuidando da sua saúde nesse momento. Por isso é bom você conhecer o climatério e aprender a lidar com os eventuais sintomas que possam aparecer!

Você tem alguma dúvida sobre esse período? Me pergunte aqui 👇

BIRADS

Muita gente tem me perguntado sobre a classificação BIRADS nas mamografias.

Este nome estranho, na verdade, é uma sigla em inglês (Breast Imaging Reporting and Data System) que, em uma tradução livre, significa “Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem da Mama”.

A mamografia serve, principalmente, para o rastreio do câncer de mama e é o exame de escolha para esta finalidade.

Porém, quando as mamas são muito densas e a imagem da mamografia fica muito branca, podendo esconder pequenas lesões, geralmente solicitamos uma ultrassonografia ou ressonância magnética das mamas para ajudar na análise.

O BIRADS vem sendo utilizado nestes 3 exames e serve para resumir o que é visto nas imagens.

Sendo assim, segue a classificação e seus significados, para sua melhor compreensão:

• BIRADS 0 – Exame inconclusivo. Normalmente, essa classificação é utilizada para mamas muito densas e, em geral, precisamos complementar com outro tipo de exame (ultrassonografia ou ressonância magnética).
• BIRADS 1 – Exame normal, sem alterações aparentes.
• BIRADS 2 – Presença de alteração de caráter benigno.
• BIRADS 3 – Alterações provavelmente benignas.
• BIRADS 4 – Achado suspeito.
• BIRADS 5 – Achado altamente suspeito.
• BIRADS 6 – Presença de lesão investigada previamente e com resultado positivo para câncer.

Pronto! Agora você já sabe, mas, mesmo que seu exame esteja normal, não deixe de levá-lo para seu médico.

Ele é a pessoa certa para indicar o acompanhamento mais adequado para você.

Isso foi útil para você? Comente aqui que eu quero saber 👍🏻