Com a proximidade da menopausa, a produção hormonal ovariana diminui.
Um desses hormônios, o estrogênio, tem importante papel no funcionamento do sistema nervoso, inclusive na audição, e a redução dele pode restringir a capacidade auditiva.
Os sintomas do climatério podem atuar como desencadeadores na diminuição da audição que, geralmente, começa pelo ouvido esquerdo.
Cerca de uma em cada quatro pessoas, entre 50 e 65 anos, costumam apresentar este problema.
Sendo assim, é importante buscar a avaliação de um otorrinolaringologista, após os 50 anos.
Após a menopausa, em virtude da diminuição dos hormônios, e também da idade, alguns problemas dentários podem surgir.
Entre eles, estão maior sensibilidade ao calor e ao frio, além de retração gengival que, em quem utiliza próteses dentárias, aumenta o perigo de lesões nas gengivas.
Diabetes e anemia são fatores que agravam esses quadros, bem como efeitos colaterais de alguns remédios, ou mesmo automedicação com uso inadequado de vitaminas e cálcio.
Portanto, é fundamental a boa higiene bucal, com escovação dos dentes e utilização de fio dental diariamente.
Além disso, também extremamente importante são as consultas regulares no dentista, com limpeza profissional dos dentes a cada semestre.
Filhas de mulheres que tiveram menopausa precoce têm maior chance de também pararem de menstruar mais cedo.
Mas não é só isso.
Além da genética, a experiência da menopausa também é influenciada pelo meio ambiente, grupo étnico, aspectos culturais, condição clínica e modo de vida.
Mulheres com hábitos pouco saudáveis e altos níveis de estresse, tendem a enfrentar maiores dificuldades com as alterações do climatério e avanço da idade.
Algumas podem ter muitos ou poucos sintomas incômodos, mas é preciso entender que a menopausa é um acontecimento natural e normal para todas as mulheres.
Cada mulher passa por essa fase de forma diferente e suas expectativas são fundamentais para seu bem-estar.
Você pode lamentar o fim da capacidade reprodutiva ou encarar como uma libertação das preocupações com a contracepção.
A menopausa pode ser uma porta que se abre na sua vida com a oportunidade de mudanças saudáveis e utilização da experiência vivida para torná-la mais confiante, poderosa e revitalizada.
Sim! As mulheres têm maior chance de ficar com a pressão alta com a proximidade da menopausa .
Isso acontece porque um dos hormônios femininos produzidos nos ovários, o estrogênio, tem um papel importante na manutenção da estabilidade dos vasos sanguíneos.
Com a entrada no climatério, a produção hormonal ovariana começa a diminuir e, sendo assim, os vasos sanguíneos ficam instáveis.
O resultado disso são episódios de dilatação, que são percebidos através das ondas de calor (fogachos), e, também, maior sensibilidade a substâncias que provocam contração dos vasos e causam a hipertensão arterial.
Para diminuir estes riscos, é muito importante você não fumar, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e fazer seus exames regularmente.
Os cuidados com a pele, no climatério, são de extrema importância.
Nesta fase, a pele fica mais fina, ressecada, flácida e podem aparecer algumas manchas e rugas.
Sendo assim, três cuidados básicos são necessários:
– Limpeza da pele com produtos neutros para não inflamar nem irritar a pele, evitando as coceiras e descamações.
– A hidratação é fundamental, tanto para a pele como para o resto do organismo. Beba muito líquido e utilize cremes hidratantes uma vez ao dia, após o banho, no corpo inteiro, inclusive na área genital.
– Não menos importante é proteger a pele do sol. Sempre que for à rua, utilize protetor solar fator 30 e, quando for tomar sol, fator protetor solar 60.
Também sempre lembre de manter boa alimentação, cuidado com o cabelo (shampoo neutro e específico para a reposição proteica) e com as unhas (hidratar com cremes próprios para mãos e pés, além de retirar a cutícula a cada 15 dias).
Afinal, autocuidado é imprescindível para a autoestima.
Você sabe quando precisa fazer uma reposição hormonal?
Segundo a Sociedade Brasileira de Climatério, ela está indicada nas seguintes situações:
– Sintomas vasomotores ou fogachos: ondas de calor que vem e vão de repente, geralmente na cabeça e busto, às vezes seguidas de muito suor.
– Sintomas geniturinários: ressecamento vaginal e pequenas perdas de urina quando tosse ou espirra.
– Prevenção da perda de massa óssea: no exame chamado densitometria óssea, é observado que os ossos estão mais “porosos” e, consequentemente, mais frágeis e com maior risco de fraturas.
– Falência ovariana prematura: também chamada de menopausa precoce, é quando a menstruação cessa muito cedo.
Em qualquer desses casos, é importante o acompanhamento de um especialista para indicar qual o tipo, dose e duração da terapia de reposição hormonal mais adequada para você.
Você sabe o que é realmente necessário para fazer seu preventivo ginecológico?
Escuto muitas dúvidas sobre isso no consultório e separei algumas para ajudar a esclarecer você.
– Depilação não é necessária para o exame ginecológico. Na verdade, a distribuição dos pelos pode ajudar na avaliação hormonal. E também, ao se depilar pode irritar a pele e confundir com uma eventual inflamação.
– A ducha interna vaginal é uma prática que deve ser abandonada, pois prejudica a composição dos microrganismos que, normalmente, habitam a vagina, podendo causar uma infecção, além de atrapalhar o exame de Papanicolau.
– O ideal é a menstruação ter terminado 5 a 7 dias antes da consulta. Assim, as mamas não estavam tão doloridas para serem examinadas e o sangue não irá atrapalhar a análise do material.
– Se estiver utilizando algum creme vaginal, agende sua consulta para 4 a 5 dias após o término do tratamento, pois a presença do creme irá atrapalhar a coleta adequada do material para exame.
– Evite relações sexuais nos três dias que antecedem a consulta, pois tanto o sêmen quanto o preservativo alteram a acidez vaginal, além do atrito poder simular uma irritação da mucosa.
– É importante esvaziar a bexiga momentos antes do exame. Isso diminui o desconforto, ajuda na visualização do colo do útero (local de onde o material é coletado) e facilita a palpação do útero e ovários.
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