Tratamento não hormonal

Muito tem se falado sobre os fitoterápicos, como uma alternativa não hormonal para tratar de algumas doenças no climatério.

Alguns trabalhos têm demonstrado benefícios que essas terapias podem trazer para o organismo, como efeito antioxidante, proteção do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, e até melhora, em alguns aspectos, do sistema imunológico.

Mas, as coisas não são tão simples assim.

Para que estas substâncias alcancem seus objetivos, é importante que sejam bem toleradas pelo organismo e que nossa digestão tenha a capacidade de extrair os princípios ativos que elas possuem.

Apenas como exemplo, um dos tipos de isoflavona só consegue produzir efeito em 25% a 30% dos ocidentais e em metade dos asiáticos.

Portanto, a diversidade de apresentações, e até de concentrações desses produtos, trazem dificuldades para se ter o efeito desejado.

Por isso que a terapia de reposição hormonal (TRH) continua como primeira escolha para tratamento de problemas do climatério, embora a fitoterapia se apresente como alternativa quando houver alguma contra indicação para a primeira.

Cuidado com a infecção!

A doença inflamatória pélvica (D. I. P.) é, geralmente, causada por uma infecção sexualmente transmissível.

Microrganismos como gonococo, clamídia, micoplasma, etc, sobem da vagina para o útero e, através das trompas, podem alcançar toda a pelve feminina.

Essa doença, além dos riscos imediatos de se tornar uma infecção grave que pode chegar a sepse, pode trazer danos permanentes nas trompas e ocasionar infertilidade.

Frequentemente, a mulher precisa internar para iniciar o tratamento com antibióticos potentes endovenosos, para depois dar continuidade ao tratamento em casa por vários dias.

Como disse acima, tudo começa com uma IST. Sendo assim, é muito importante a prevenção através do uso constante da camisinha.

Agora, caso você note corrimento com cheiro ruim, ardência quando for urinar, ou ainda sangramentos anormais, procure logo marcar uma consulta com o ginecologista.

Irritação?

Com o verão, vem o calor. E com o calor, aumenta a transpiração e, consequentemente, a umidade vaginal.

Vários microrganismos habitam, normalmente, o canal vaginal.

O aumento da temperatura e da umidade favorece o aumento na quantidade destes microrganismos e eles passam a causar irritações que podem se manifestar através de corrimentos, ardência, coceiras ou mesmo um odor mais ativo.

Certa ocasião, eu li um estudo científico realizado nos Estados Unidos, onde ginecologistas experientes colhiam material para exame e anotavam sua impressão diagnóstica baseada apenas no exame físico.

Quando chegavam os resultados do laboratório, eles eram comparados com os diagnósticos escritos pelos médicos.

Para a surpresa de muitos, somente cerca de um terço deles tinha acertado, exatamente, qual era o problema.

Se isso acontece com profissionais de saúde habituados a lidar com essas doenças no seu dia a dia, imagina a quantidade de erros nos casos de automedicação ou orientação de terceiros…

O problema é que um tratamento não adequado pode, eventualmente, causar a piora da doença.

Por isso, quando alguém me indicar “um remedinho muito bom que resolve o seu problema”, melhor agradecer a boa intenção, mas, procurar uma consulta ginecológica para uma avaliação mais segura.

Qual o melhor creme vaginal para você?

O que seu médico aconselhar…

Depressão

Sintoma muito comum no climatério, a depressão é multidimensional.

Ela afeta não só a saúde da mulher deprimida, bem como seu convívio familiar, social e profissional.

Em cada caso ela pode se mostrar de uma forma diferente.

Algumas das manifestações vão desde labilidade emocional, falta de interesse e disposição, diminuição da concentração, falta de apetite, alterações do sono, até sintomas dolorosos sem causas aparentes.

Além das alterações hormonais, a depressão pode estar relacionada à insônia, fogachos (calorões), abuso de substâncias, fatores ambientais ou genéticos, transtornos psiquiátricos ou da personalidade, etc.

Algumas circunstâncias desencadeadoras ocorreram muitos anos antes de surgirem os sinais e sintomas. Por isso, é fundamental uma história criteriosa.

Estressores crônicos, com duração acima de 3 a 6 meses, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, diabetes ou mesmo diminuição da imunidade.

Mas, calma! Existem diversos modelos de tratamento e, ainda mais nesse assunto, a escolha tem que ser muito, muito individualizada.

Temos à disposição vários tipos de medicamentos que podem ser associados à psicoterapia, acupuntura, atividades físicas aeróbicas (de lutas até dança), meditação e até oração (??). Isso mesmo! A fé em uma crença verdadeira traz uma positividade no pensamento que ajuda muito no combate aos sintomas depressivos.

Outra coisa de extrema importância é a alimentação. Dieta do mediterrâneo, e dois potinhos semanais de frutas que contenham antocianinas (morango, mirtilo, framboesa, cereja e açaí) são de grande valia.

Enfim, há muito que pode ser feito nessas situações.

Dúvidas?

É só perguntar.

E o climatério?

Calma, não precisa se desesperar, o climatério não é uma doença! 😉

💁Ele é uma fase natural pela qual todas as mulheres vão passar. Algumas passam sem sintomas ou queixas, outras têm sintomas variados.

👉 Também conhecido como perimenopausa, ele antecede a menopausa e é a transição do período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher.

👉 O termo menopausa está relacionado à última menstruação e, em geral, ocorre em torno dos 50 anos.

👉 O climatério, normalmente, tem início nas mulheres a partir dos 40 anos e se prolonga por mais alguns anos após a menopausa .

👉O importante é continuar cuidando da sua saúde nesse momento. Por isso é bom você conhecer o climatério e aprender a lidar com os eventuais sintomas que possam aparecer!

Você tem alguma dúvida sobre esse período? Me pergunte aqui 👇

BIRADS

Muita gente tem me perguntado sobre a classificação BIRADS nas mamografias.

Este nome estranho, na verdade, é uma sigla em inglês (Breast Imaging Reporting and Data System) que, em uma tradução livre, significa “Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem da Mama”.

A mamografia serve, principalmente, para o rastreio do câncer de mama e é o exame de escolha para esta finalidade.

Porém, quando as mamas são muito densas e a imagem da mamografia fica muito branca, podendo esconder pequenas lesões, geralmente solicitamos uma ultrassonografia ou ressonância magnética das mamas para ajudar na análise.

O BIRADS vem sendo utilizado nestes 3 exames e serve para resumir o que é visto nas imagens.

Sendo assim, segue a classificação e seus significados, para sua melhor compreensão:

• BIRADS 0 – Exame inconclusivo. Normalmente, essa classificação é utilizada para mamas muito densas e, em geral, precisamos complementar com outro tipo de exame (ultrassonografia ou ressonância magnética).
• BIRADS 1 – Exame normal, sem alterações aparentes.
• BIRADS 2 – Presença de alteração de caráter benigno.
• BIRADS 3 – Alterações provavelmente benignas.
• BIRADS 4 – Achado suspeito.
• BIRADS 5 – Achado altamente suspeito.
• BIRADS 6 – Presença de lesão investigada previamente e com resultado positivo para câncer.

Pronto! Agora você já sabe, mas, mesmo que seu exame esteja normal, não deixe de levá-lo para seu médico.

Ele é a pessoa certa para indicar o acompanhamento mais adequado para você.

Isso foi útil para você? Comente aqui que eu quero saber 👍🏻

E agora?

Tenho percebido que algumas mulheres ainda têm dúvidas em relação ao contraceptivo de emergência ou “pílula do dia seguinte”, como é costumeiramente chamado.

Como o próprio nome já diz, só é para ser utilizado em situações emergenciais, nunca de forma repetitiva ou como “reforço” da pílula comum. Até porque, a taxa de falha do anticoncepcional diário é de apenas 1 a cada 200 mulheres, no período de um ano.

Também é importante esclarecer que esse método não é abortivo. O sangramento, que ocorre após alguns dias da sua utilização, nada mais é que uma antecipação da menstruação.

Acontece que o contraceptivo de emergência tem uma quantidade de hormônio bem maior que os comprimidos dos anticoncepcionais diários. Com isso, eles bloqueiam, imediatamente, a ovulação. Nos dias seguintes, essa “overdose” de hormônio vai sendo eliminada pelo organismo e vem a menstruação.

Sendo assim, a “pílula do dia seguinte” não deve ser utilizada de forma repetitiva, pois pode causar um problema hormonal na mulher.

Se for ter relação sexual sem estar com nenhum método regular para evitar a gravidez, a primeira escolha é a camisinha (feminina ou masculina).

Somente no caso do preservativo romper ou sair, está indicada a contracepção de emergência.

Ah sim! Quanto mais próximo do “acidente” você tomar essa pílula do dia seguinte, maior a chance dela funcionar bem.

Ficou alguma dúvida? Escreva aqui nos comentários.

Cólicas menstruais

Algumas mulheres se conformam com a cólica menstrual, por entenderem que é normal ou não tem como evitar.

Não é bem assim.

O útero é forrado, por dentro, por um tecido chamado endométrio e a menstruação é a descamação desse tecido, que vai sendo eliminado junto com sangue.

Durante esse processo, há muitas causas para cólica menstrual.

Adenomiose, menstruação abundante, estreitamento do colo uterino, dificuldade na eliminação da menstruação ou até endometriose, são algumas das situações que podem causar esse transtorno.

Se você, ou alguma conhecida, tem esse tipo de problema, saiba que existem várias formas para diminuir esse sofrimento.

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