Climatério não é doença

O climatério não é uma doença! Faz parte do ciclo de vida feminino que, atualmente, são mais bem compreendidos e discutidos, o que permite que as mulheres vivenciem esse período com mais tranquilidade e informação.

Assim como na infância e adolescência, o climatério é uma fase que precisa de cuidados e atenção, como em qualquer outra fase de nossas vidas.

Inclusive, em alguns casos, a fase do climatério é assintomática. O diagnóstico leva em conta os sintomas, exames clínicos e alguns exames laboratoriais de sangue, e como cada mulher é única, vai reagir de acordo com seu contexto de vida, seja histórico e/ou emocional.

A necessidade de tratamento na fase do climatério baseia-se na intensidade dos sintomas de curto prazo e no risco para doenças em longo prazo, como osteoporose e doença cardiovascular.

⚠⚠O tratamento medicamentoso é individualizado e a terapia de reposição hormonal nem sempre é indicada, devendo ser cuidadosamente avaliada pelo médico, de acordo com as necessidades de cada caso.

⚠ O fato é que todas as mulheres passarão por esta fase, por isso é importante que busque, junto ao ginecologista, os ajustes terapêuticos para o seu caso, e que devem ser reavaliados com frequência, de acordo com as mudanças necessárias em seu estilo de vida.

Boca seca

A menopausa é caracterizada por uma drástica mudança hormonal no corpo da mulher, e ela também se reflete na saúde bucal.

A queda dos níveis hormonais podem causar atrofia (diminuição) das glândulas salivares, causando a diminuição da produção de saliva, consequentemente provocando a “boca seca”.

A pouca quantidade de saliva também atrapalha a deglutição, já que a faringe não fica adequadamente hidratada, aumentando a chance de engasgar, bem como o enfraquecimento da musculatura da faringe, que ocorre com o envelhecimento.

⚠ A halitose (mau-hálito) também pode ser uma consequência da diminuição da quantidade de saliva, pois favorece o desequilíbrio da flora bacteriana na boca.

Por isso, é fundamental a ingestão de líquidos, principalmente água. E a reposição hormonal também é bastante útil, quando não houver contraindicação.

Durante esse período, a mulher deve procurar um(a) dentista para buscar a prevenção bucal e saber quais são os cuidados que devem ser reforçados. O primeiro passo para evitar qualquer tipo de problema é a prevenção, sempre!

Menopausa é envelhecimento?

Não mesmo! Quero te mostrar que após tratar a menopausa e se livrar dos sintomas indesejáveis, é hora de aproveitar essa nova fase tão cheia de possibilidades. Porque, convenhamos, por volta dos 50 anos, as mulheres estão no auge da vida e têm ainda 3 ou 4 décadas, no mínimo, para viver plenamente, se você souber cuidar do corpo e da mente.

Se engana quem pensa que a menopausa é o sinal de que a vida está perto do fim. Por mais difícil que esse período possa parecer, a boa notícia é que os sintomas podem ser controlados com auxílio médico e a qualidade de vida pode ser recuperada. Você só precisa encontrar formas de atravessar essa etapa de maneira leve e feliz.

Imagine que uma mulher que entra na menopausa aos 45 anos ainda está totalmente ativa, e não pode ser “condenada” a viver décadas como se isso fosse o fim. Hoje, a mulher passa muitos anos no climatério e consequentemente, entram na menopausa cada vez mais cedo.

Então eu pergunto: como você quer encarar essa nova fase? É claro que tudo vai depender de como você se cuidou ao longo dos anos. Alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e cuidados com a saúde mental são necessários desde a infância para garantir que a terceira idade possa ser aproveitada em sua plenitude. Não há mágica…

Se você sempre se preocupou com todos esses aspectos, agora é a hora de colher os frutos! E ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo e aproveitar todos os anos que ainda têm pela frente. Só não vale ficar parada esperando o tempo passar.

Tabagismo e reposição hormonal

Outro dia uma seguidora me fez a seguinte pergunta:
“Dr. Sérgio, eu tenho 50 anos e estou na menopausa. Quero fazer a reposição hormonal, mas sou uma fumante inveterada, fumando quase duas carteiras por dia. Há alguma contra indicação?” A resposta foi “Provavelmente sim!!”. E se posso te aconselhar, diria que a primeira coisa a ser feita, para você ficar de bem com a vida, é deixar de fumar!

Sabe por que? O fígado de uma fumante tem a capacidade de reduzir para quase a metade os níveis dos hormônios que nós utilizamos na reposição hormonal, por isso para que você possa fazê-la, doses mais elevadas dos hormônios de reposição têm que ser empregadas para que você obtenha o mesmo benefício que uma mulher não fumante.

A reposição hormonal até lhe trará benefícios iguais àqueles que traz para mulheres não fumantes, mas o seu risco de desenvolver uma doença cardiovascular é maior. Além disso, pesquisas demonstram que a mulher que fuma antecipa a menopausa em até 5 anos, e ainda acelera o envelhecimento da pele e a descalcificação dos ossos.

Portanto, o cigarro é um grande enganador, pois a usuária demora para perceber alguma limitação causada por ele. O ideal é sempre procurar ajuda médica e fazer exames regularmente.

Suboclusão intestinal

Suboclusão intestinal ? O que é isso ?

A suboclusão intestinal é uma situação na qual as fezes têm dificuldade de passar normalmente pelo intestino.

As causas são as mais diversas.

Podem ser bridas, também chamadas de aderências, que, literalmente, colam uma parte do intestino em outra, seja dele mesmo ou de outros órgãos. Isso pode ser causado por cirurgias, inflamações ou por radioterapia.

Também podemos ter este problema quando acontece uma torção do intestino, chamada de volvo (a vovó chamava de ”nó nas tripas”, rsrs).

Outras causas seriam tumores, benignos ou malignos, que podem invadir ou comprimir uma região do intestino e dificultar seu funcionamento.

Outras causas de obstrução mecânica do intestino seriam hérnia, corpo estranho ou até verminose por ascaris (esses a vovó chamava de lombrigas).

Ainda existem as causas metabólicas, provocadas por medicamentos ou falta de substâncias, do nosso organismo, necessárias para manter a movimentação e o bom funcionamento do intestino.

Os sintomas mais comuns são as dores abdominais, náuseas, vômitos e parada na eliminação de gases ou fezes.

O tratamento da suboclusão intestinal pode ser realizado através de medicamentos que estimulam a movimentação do intestino, procedimentos endoscópicos ou até uma intervenção cirúrgica para liberar, ou mesmo retirar, a parte afetada.