Nem todos os problemas sexuais da perimenopausa estão relacionados às alterações hormonais.
No entanto, a queda na produção do estrogênio nessa fase da vida da mulher traz impactos significativos na sexualidade feminina.
Além da diminuição na sensibilidade da pele e na cognição, o que dificulta a transmissão de estímulos ao cérebro, a menor quantidade deste hormônio reduz o fluxo sanguíneo genital com prejuízo na elasticidade e lubrificação da vagina, trazendo desconforto na hora do sexo.
Porém, se o estrogênio ajuda a melhorar as condições para a prática sexual, a testosterona produzida no organismo feminino, mesmo em quantidade menor que no homem, é a responsável pela iniciativa e motivação para o sexo.
A exemplo do que ocorre com o estrogênio, os níveis de testosterona no climatério também se encontram reduzidos.
Mas calma!
Tudo isso pode ser melhorado com uma boa orientação e tratamentos adequados.
Esta semana, uma paciente me perguntou sobre a progesterona gel que sua amiga usa.
Gostaria de saber se poderia trocar os comprimidos deste hormônio pela apresentação em gel e associar ao de estrogênio que utiliza.
É importante saber que a progesterona tem uma absorção muito pequena pela pele e, sendo assim, não cumpre seu papel de proteção uterina na terapia de reposição hormonal, o que pode trazer consequências graves.
Até existe um produto francês de progesterona em gel, mas, para tratar algumas doenças mamárias e não para ser utilizado na reposição hormonal do climatério.
Tenha cuidado, busque sempre o acompanhamento de um especialista.
Se tiver alguma dúvida, escreva aqui nos comentários 👍🏻
Os sintomas da perimenopausa podem começar até cerca de 4 anos antes da menopausa. Felizmente, existem maneiras de aliviar estes desconfortos.
Uma pressão desconfortável na área abdominal causada por retenção de água ou gases no trato gastrointestinal pode parecer plenitude ou aperto e provocar ganho de peso temporário.
Os níveis hormonais da mulher flutuam durante a perimenopausa, que é o período que antecede a menopausa, e podem provocar este inchaço.
Além disso, ele também pode estar relacionado a alterações no trato gastrointestinal. Elas podem ser causadas por mudanças na dieta ou apetite, digestão lenta, estresse relacionado à menopausa ou outras condições de saúde.
O excesso de gases pode ser melhorado com medidas simples como:
– Evitar alimentos que causam retenção de gases (feijão, brócolis, frituras, etc.).
– As bebidas gasosas podem levar ao excesso de gases no estômago.
– Evitar goma de mascar. Ela pode fazer com que engula o ar, levando ao inchaço.
– Fumar também pode fazer engolir ar.
– Comer probióticos. Iogurte e outros alimentos probióticos podem promover a saúde digestiva.
– Comer refeições menores, já que as maiores podem ser difíceis de digerir, especialmente porque o metabolismo diminui durante a menopausa.
A retenção de água costuma ocorrer em mais lugares e você pode inchar nas mãos e pés, na barriga ou em todo o corpo.
Mas, semelhante à retenção de gás, existem etapas simples que se pode seguir para ajudar a reduzir o inchaço associado à retenção excessiva de líquidos.
– Mantenha-se hidratada. Enquanto a retenção de água leva ao inchaço, a hidratação mantém o trato gastrointestinal em movimento.
– Faça exercícios regulares. Suar ajuda a aliviar a retenção de água e mover os alimentos através do sistema digestivo.
– Reduza a ingestão de sal. Comer muito sal pode causar retenção de água e inchaço. Para reduzir o teor de sal, uma pessoa deve evitar alimentos processados.
A prevenção durante a menopausa pode ser o melhor tratamento e, felizmente, evitar o inchaço pode ser alcançado com estas mudanças fáceis no estilo de vida.
Mas, se o inchaço for doloroso ou prolongado, um profissional de saúde deve ser consultado.
Embora seja importante se concentrar em obter os nutrientes necessários durante a menopausa, limitar os alimentos que podem exacerbar os sintomas também é fundamental. Aqui estão alguns culpados a serem observados:
Alimentos picantes: Não surpreendentemente, os alimentos picantes podem piorar as ondas de calor. Se você tende a sentir calor ou se tem pressão alta, considere evitar alimentos picantes, como pimenta, jalapenos e pimenta de Caiena.
Álcool: Tomar um copo de vinho algumas vezes por semana provavelmente não afetará seus sintomas. Mas se você beber mais de uma bebida por dia, sua saúde e bem-estar podem sofrer. O álcool interfere com o sono e pode exacerbar ondas de calor e ansiedade ou depressão. Se as inibições reduzidas o levarem à cozinha, isso também pode fazer com que você ganhe peso.
Alimentos gordurosos: Exceto peixes gordurosos e nozes, tente manter a ingestão de alimentos ricos em gordura no mínimo. Evite fast foods, frituras e biscoitos processados, bolos e lanches.
O repertório alimentar durante a menopausa não é realmente diferente do que em qualquer outro momento do ciclo de vida. A melhor abordagem a seguir é uma dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, que significa abordagem dietética para interromper a hipertensão) ou de estilo mediterrâneo, com muitas frutas, legumes, grãos integrais, nozes e sementes.
Muitas mulheres não estão recebendo a vitamina D e o cálcio de que precisam durante os anos da menopausa. Mas tenha cuidado com quaisquer suplementos, pílulas ou poções que prometam equilibrar os hormônios, aliviar as ondas de calor ou aumentar o metabolismo e, em vez disso, converse com seu médico. Há uma variedade de remédios para os sintomas da menopausa, incluindo a terapia de reposição hormonal.
A maioria das mulheres concorda que a menopausa não é um piquenique.
Assim como a mudança de hormônios pode levar à acne e alterações de humor durante a adolescência, eles também podem causar modificações no corpo e na mente, quando os níveis de estrogênio diminuem.
Durante o climatério, as mulheres tendem a ganhar gordura e ao mesmo tempo perder massa muscular.
O problema não é a gordura que você pode beliscar, mas a gordura visceral que envolve seus órgãos. Ela a deixa mais vulnerável às doenças cardíacas, hipertensão e pode levar ao diabetes.
Uma dieta balanceada, com muitas frutas, vegetais e grãos integrais, pode não apenas prevenir o ganho de peso, mas também ajudar a aliviar os sintomas da menopausa.
Quando os níveis de estrogênio começam a cair, temos que estar mais atentos ao que comemos e quanto comemos
Frutas e legumes são ricos em antioxidantes, que ajudam a prevenir danos às células.
Peixes, como sardinha, atum e salmão, são ricos em vitamina D e ácidos graxos ômega 3, o que faz bem ao coração, melhora o humor e a função cerebral.
Além dos peixes, aves, legumes, nozes e sementes são ricos em proteínas que ajudam seu corpo a manter os músculos.
Se você está sofrendo de ondas de calor, a medicina chinesa indica os chamados “alimentos refrescantes”, como maçãs, bananas, espinafre, brócolis, ovos e chá verde, para ajudá-la a esfriar. Bem, ao menos todos esses alimentos são ricos em nutrientes que combatem doenças.
Beba muita água! É muito importante manter-se hidratada durante a menopausa. Isso não só auxilia a manter seu peso sob controle, mas também ajuda seu corpo a eliminar toxinas e absorver nutrientes.
Sim. Qualquer semelhança com a dieta do mediterrâneo não é coincidência…
A osteoporose é uma doença onde acontece uma perda progressiva de massa óssea e, com isso, os ossos ficam menos densos e com maior risco de fratura.
Ao contrário do que muitos pensam, ela é silenciosa e não provoca dor, exceto quando ocorre alguma fratura.
Mais comum nas mulheres, principalmente após a menopausa, a osteoporose não tem cura, mas, existem coisas que você pode fazer para preveni-la ou mesmo controlá-la.
A ingestão de cálcio é fundamental para o fortalecimento dos ossos. Além do leite e derivados, existem outros alimentos ricos em cálcio.
• Semente de gergelim. Com ferro, ômega 3 e alta concentração de cálcio, fortalece ossos e músculos e ajuda no controle da pressão arterial. Possui muitas fibras e vitaminas do complexo B que estimulam o funcionamento intestinal e aceleram o metabolismo facilitando o emagrecimento.
• Sardinha. Também fonte de vitamina D e ômega 3, é um alimento que beneficia os ossos, músculos e auxilia no combate ao colesterol ruim (LDL), além de ser bom para o cérebro e contribuir nos processos de aprendizagem.
• Tofu. Apesar de ser o queijo de origem vegetal (soja), contém bastante cálcio e ajuda a manter os níveis de colesterol, o que previne doenças cardíacas.
• Feijão branco. Rico em fibras alimentares, nutrientes e bioativos, é bom para regular o intestino, aumentar a massa óssea e muscular.
• Amêndoa. Com vários nutrientes e antioxidantes, previne o envelhecimento precoce das células, além de ajudar no controle da glicose, colesterol e pressão sanguínea.
• Couve. Como vários vegetais com folhas verde-escuras (brócolis, agrião, espinafre, etc.), é uma importante fonte de cálcio, além de ter vitamina C, importante para o sistema imunológico e absorção do ferro.
Ainda temos o manjericão, grão de soja cru, semente de linhaça, levedo de cerveja, farinha de soja, castanha-do-pará, grão de bico, etc.
Agora, além da ingestão de cálcio, precisa da vitamina D (natural ou em suplemento prescrito pelo seu médico). Porém, para ela cumprir seu papel, precisa que você tome sol.
Ah, sim!
Não vamos esquecer da atividade física. O atrito do músculo nos ossos ajuda entrar de cálcio neles.
Em 1960 começou a ser comercializado o método contraceptivo mais utilizado hoje em dia, a pílula anticoncepcional.
Além de evitar a gravidez, ela também pode ajudar no controle da TPM e diminuir o fluxo menstrual intenso.
Existem vários tipos de hormônios e composições nas diversas pílulas disponibilizadas, o que as tornam bem diferentes e, portanto, a escolha deve ser individualizada.
Sempre converse com seu médico para ver qual é a mais adequada para você.
Feita a escolha, aqui vão algumas dicas:
– A pílula que é boa para a amiga não é, necessariamente, a melhor para você.
– Escolha o horário mais confortável para você tomá-la e procure mantê-lo, pois a ação dos comprimidos dura cerca de 24 horas.
– Respeite os intervalos entre as cartelas, conforme orientação de seu médico.
– Nunca interrompa uma cartela no meio e rola sem falar com seu ginecologista.
– A proteção contra a gravidez já começa na primeira cartela, portanto, não há a necessidade de usar outro método para “garantir” a primeira cartela.
– Lembre-se que a pílula evita a gravidez, não as infecções sexualmente transmissíveis. Para a proteção delas, o mais indicado é o uso de preservativos.
O DIU de cobre tem um formato de um “T”, e um fio com cobre enrolado nas hastes horizontais e na vertical.
Ele evita a gravidez por causar uma irritação do tecido que reveste o útero por dentro, o que torna este ambiente hostil para os espermatozoides chegarem até as trompas, onde encontram com o óvulo.
Mesmo que algum espermatozoide consiga atravessar toda a cavidade uterina e fecundar o óvulo, ao retornarem para o útero é extremamente difícil que ocorra a fixação para o desenvolvimento da gravidez.
É muito seguro e indicado para mulheres que não querem, ou não podem, usar métodos hormonais.
A liberação dos íons de cobre, por serem tóxicos para os espermatozoides, aumenta a segurança e persiste por cerca de 10 anos.
Já no DIU de prata, o fio é composto por uma mistura de cobre e prata e está apenas na haste vertical do “T”.
O motivo disso é para que a prata evite a fragmentação do cobre, o que diminui os riscos de aumento do fluxo menstrual e cólicas que podem acontecer no outro.
Assim, é mantida a eficácia pela presença do cobre, embora em quantidade menor e, consequentemente, com duração média de cinco anos.
Porém, estudos mostram que os efeitos colaterais, quando acontecem, são relativamente iguais entre eles, mas, a segurança contraceptiva do DIU de prata é ligeiramente maior que no de cobre. Como o DIU de prata é mais caro, principalmente se levar em consideração que dura a metade do tempo, fica a escolha entre a segurança um pouco maior conferida por ele ou a opção pelo DIU de cobre, com valor menor e também muito seguro.
Portanto, o primeiro passo é adiantar a consulta com o ginecologista para, juntos, avaliarem a melhor solução para você.
LARC é uma sigla em inglês para “Long-acting reversible contraceptives” que, em tradução livre, significa métodos contraceptivos reversíveis de longa ação.
Os principais LARCs disponíveis são: – Implante subcutâneo medicado com hormônio (progesterona). – Sistema intra-uterino (SIU) também medicado com hormônio (progesterona). – Dispositivo intrauterino (DIU) de cobre ou prata.
No Brasil, cada vez mais, as mulheres têm buscado estes contraceptivos por sua praticidade, já que, uma vez aplicado, não precisa fazer mais nada.
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