Sem desespero

A coceira vaginal muitas vezes é causada por um fungo chamado candida, responsável pela candidíase, mas pode ser um sintoma causado por outra irritação ou infecção no local. Dentre as causas que podem levar ao aparecimento da coceira vaginal, destaco o climatério, vaginoses ou o uso de produtos na região íntima que desencadeiam processos alérgicos.

👉Já a secura vaginal costuma surgir depois da menopausa, e está relacionada com a diminuição natural da produção do hormônio chamado estrogênio.

Mas ela pode acontecer em qualquer idade, devido a vários tipos de problema, e causar desconforto especialmente durante o contato íntimo.

👉E o que fazer nesses casos? Com relação à secura vaginal, é aconselhado consultar o ginecologista para avaliar os níveis de estrogênio no organismo e iniciar a reposição desse hormônios com remédios, se necessário e possível.

👉A coceira vaginal se cura por conta própria muitas vezes. No entanto, se o sintoma persistir, agravar ou voltar após o tratamento, marque uma consulta ginecológica para fazer exames.

🖐Evite o uso de absorventes, protetores diários, ou duchas antes da consulta, para que o seu médico consiga avaliar o corrimento na vagina e fazer um diagnóstico adequado.

😉Em caso de dúvida, converse com seu ginecologista. Ele irá avaliar a necessidade de fazer, ou não, exames laboratoriais para identificar a causa dos possíveis problemas!

Conheça seu corpo

O quão bem você conhece seu próprio corpo… Entender o que causa dores, doenças e mesmo o bem-estar é a chave para cuidar bem da saúde. Será que você tem prestado atenção nele? 🤔

Identificar os sinais que seu corpo te dá e conhecer cada parte, tanto sexual, física e mentalmente, é tarefa para todos os dias. E saiba que existem outras vantagens que valem cada segundo gasto.

👉Te dou 8 motivos que vão além da anatomia, e que podem te ajudar a se conectar melhor, identificar alguns fatores no seu corpo e de brinde, elevar sua autoestima:

1- Quando você entende seu corpo, é mais fácil identificar como funciona o seu ciclo menstrual e te permite evitar possíveis desconfortos como cólicas ou enxaquecas.

2- Com relação ao sexo, se conhecendo, você não passa por situações que te deixam desconfortável (ou infeliz). Uma das maravilhosas vantagens de conhecer muito bem o seu corpo é que, depois de um tempinho (e alguns erros), você entende o que te faz bem e o que não faz.

3- Se você se aceita e reconhece que cada corpo é único, então você passa a se cobrar menos por padrões surreais que não condizem com a sua realidade.

4- Pode ajustar a sua alimentação para que ela funcione perfeitamente trazendo muitos benefícios.

5- Se olhe no espelho diariamente! Entenda que nem sempre você vai estar 100%, e se você se conhece, talvez perceba que essa sensação é passageira (ou podem ser os seus hormônios!). Cada dia seu corpo responde de uma maneira diferente.

6- Você percebe com mais facilidade possíveis problemas de saúde. Isso faz com que você procure ajuda o mais rápido possível… quanto mais a gente sabe, melhor compreendemos o que acontece e, principalmente, quando algo está errado. Observação do ciclo menstrual, seria um dos exemplos de como é legal prestar atenção no seu corpo.

7- E também saber quais remédios te fazem bem ou mal, quais tipos de tratamento são mais eficazes e melhoram o funcionamento do seu corpo.

8- Se você compreende que cada fase da sua vida trará novos desafios, como o período do climatério, por exemplo, você passa a respeitar os seus limites e entender cada parte do processo.

Vaginismo


“Vaginismo é coisa da minha cabeça, Dr.?”.

👉🏼 Eu já ouvi questionamentos como estes e sim! Na maioria dos casos, ele está muito mais ligado ao psicológico do que à disfunções corporais.

É uma condição que pode ser causada por estresses físicos e emocionais. Mas isso não que dizer que seja “invenção da mulher”… Vaginismo dói, e eu te conto porquê!

👉🏼 Trata-se de um problema que gera dor na hora da relação sexual e afeta cerca de 5% da população feminina. Causado muitas vezes pelo medo e estresse excessivo.

O Vaginismo é uma condição na qual o espasmo muscular involuntário impede a penetração vaginal. Isso geralmente resulta em dor e desconforto para mulheres no momento do ato sexual, justamente quando elas deveriam sentir prazer e não dor.

👉🏼 Na menopausa e no climatério acontece, geralmente, devido à secura dos tecidos vulvar e vaginal, pelo resultado da redução do estrogênio.

Pode ocorrer também como resultado de “micro-roturas” causando primeiro a dor sexual e depois, levando ao Vaginismo.

👉🏼 Quais são os sintomas do vaginismo?(lembrando que podem variar entre as mulheres)

✔ Dispareunia (relação sexual dolorosa), com sensação de aperto e dor que pode estar queimando ou ardendo;
✔ Dificuldade para penetração durante o sexo;
✔ Dor sexual a longo prazo com ou sem causa conhecida; durante a inserção de um absorvente interno; ou em um exame ginecológico;
✔ Espasmo muscular generalizado ou interrupção da respiração durante a tentativa de relação sexual.

⚠ É muito importante diagnosticar o Vaginismo! Através de um exame pélvico, é possível determinar o tipo de tratamento que deve envolver diferentes especialistas, como ginecologistas, psicólogos ou sexólogos, dependendo da causa.

Nossa, esse assunto é tão interessante que merece uma segunda parte, vocês não acham?😉

Incontinência urinária

Calma! Espera… A incontinência urinária tem cura na maioria dos casos e, em situações mais complexas, já podemos contar com tratamentos eficazes, seguros e que mantêm (ou devolvem) a qualidade de vida.

👉🏼 A incontinência é o tipo de problema que traz sérias repercussões no dia a dia da pessoa e podem causar algumas mudanças comportamentais, como o aumento nos níveis de ansiedade e depressão, redução da produtividade no trabalho, podendo até causar o isolamento ou afastamento do convívio social.

👉🏼 A perda involuntária de urina em si é outro fator que pode levar a constrangimentos, porque, em alguns casos, existe a necessidade do uso de fraldas e absorventes, e isso pode causar desconforto, irritações na pele e gastos financeiros extras.

Mas, afinal, o que está por trás da incontinência urinária?

👉🏼 Alguns fatores de risco são comuns a homens e mulheres, como o avançar da idade, diabetes, obesidade, doenças neurológicas e fatores hereditários.

Entre as mulheres é mais comum, por questões como ter tido muitos filhos, a queda de hormônios na menopausa e antecedentes de cirurgias ginecológicas.

👉🏼 Se isso acontecer com você, o mais importante é deixar a vergonha de lado e procurar ajuda profissional.

😉 Agora você já sabe que há cura, porém é sempre bom lembrar que o tratamento inclui algumas mudanças no seu estilo de vida.

Protetor diário

Essa é a maior dúvida entre as mulheres… e a resposta é: depende!

O risco está no uso incorreto, porque se você usa o protetor diário de forma errada, com certeza haverá problemas como alergias ou coceiras.

👉🏼 O primeiro passo é saber para qual finalidade você precisa usá-los. Escolha protetores de acordo com a sua necessidade, seja para protege-la de um possível mau odor ou para o finalzinho da menstruação. Utilize pelo menor número de dias possível, pois manter essa região abafada, constantemente, pode causar irritações e corrimentos.

✔ A dica é: antes de fixar o protetor diário na calcinha, certifique-se de que a região íntima está limpa e seca, e mantenha sempre os cuidados com a sua higiene, utilizando sabonetes íntimos, que podem ser na versão líquida ou em barra.

👉🏼 Troque seu protetor diário pelo menos 2x ao dia, ou mais, caso você sinta a necessidade.

Essa dica serve para os modelos de protetores diários respirável e de proteção, bem como o esportivo. Mesmo os que possuem uma estrutura mais porosa e resistente, devem ser trocados ao longo do dia.

👉🏼 Evite ficar com o mesmo protetor por muito tempo, para que não haja o acúmulo de umidade ou corrimentos menstruais, por exemplo. Essa umidade pode causar infecções por bactérias e/ou por fungos.

😉 Ah, e para as mulheres que preferem o protetor diário de pano, lembrem-se: esse tipo de protetor também deve ser trocado durante o dia.

Como esse modelo é lavável e reutilizável, aconselho ter mais de um par em seu kit de higiene. Assim você sempre terá um protetor reserva em sua bolsa para emergências.

😉 Pronto! agora você pode ficar mais tranquila e não se esqueça… sempre que perceber algo diferente, procure fazer uma consulta com seu (ou sua) ginecologista.

Por que Climatério?

Muitos me perguntam por que dar atenção especial às mulheres do climatério.

Bem, vários são os motivos que me levaram a dedicar grande parte do meu estudo para essa fase da vida delas.

Sempre fiquei fascinado pela influência que os hormônios têm sobre o corpo.

No caso dos hormônios ovarianos, eles agem nos ciclos menstruais, ovulação, gestação, circulação, digestão e até nas emoções.

Mexem com o útero, mamas, pele, distribuição da gordura, fígado, aparelho digestório, vasos sanguíneos, ossos e até cérebro.

Além disso, segundo o último censo do IBGE, 51% da população brasileira é composta por mulheres e, se considerarmos apenas as pessoas acima de 40 anos, a população feminina sobe para 53%.

Mesmo assim, ainda são poucos os profissionais que se dedicam às mulheres que estão neste novo período de grandes mudanças no seu organismo.

Portanto, tenho me empenhado em cuidar dessas jovens senhoras que têm, no climatério, uma oportunidade de se reinventar e ter uma excelente qualidade de vida.

O Climatério e o Prazer

MITO! Não precisa se apavorar!

Nesse período, a falta de libido é algo super comum, mas o prazer durante as relações sexuais ou durante a masturbação É TOTALMENTE POSSÍVEL! 😉


👉🏼 Separei algumas dicas para te ajudar durante essa fase:

– Consulte o seu médico regularmente;
– Pratique atividades físicas;
– Divida os seus medos e inseguranças com o seu parceiro;
– Fortaleça a musculatura pélvica;
– Entenda o seu corpo e descubra o que te proporciona mais prazer.

⚠ Mas se mesmo assim você ainda sente dificuldade é super importante lembrar: existem tratamentos muito bons para melhorar isso!

Existe vulva igual?

Antes de tudo, você sabe a diferença entre VULVA e VAGINA?🤔

Poucas mulheres tem conhecimento de que a parte externa do seu genital se chama vulva e não vagina.

👉🏼 A Vulva é toda região externa e visível do genital das mulheres cis gênero. Ela é formada por um conjunto: o monte púbico (aquela partezinha superior, geralmente onde se concentram os pelos pubianos), o clitóris, os lábios externos e internos, a entrada da uretra, 4 glândulas que são responsáveis pela lubrificação e pela ejaculação feminina, o períneo e o ânus. Isso quer dizer que a vulva é um órgão incrível e que são todos esses relevos e reentrâncias dessa chamada vulva, os principais responsáveis pelo prazer sexual feminino!

👉🏼 Já a vagina, corresponde somente ao canal que dá acesso ao útero. Ela é apenas o “túnel”, e não o genital inteiro!

👉🏼 Ah Dr. Sérgio, então, qual a função da vulva?

✔ Essa região externa do genital feminino possui algumas funções. Além de estar envolvida no processo de reprodução humana, tem a função (importantíssima) de proporcionar prazer, pois é na vulva onde fica o clitóris, órgão cuja função está diretamente relacionada aos orgasmos.

Ou seja, a vulva é responsável pela excitação e desejo das mulheres.

✔ Toda vulva é única, porém com características “estéticas” diferentes. Esse modelo de vulva “perfeita” pouco representa a grande diversidade de vulvas que existem.

A verdade é que as vulvas possuem uma diversidade infinita em seus formatos e todas elas são perfeitas à sua própria maneira e na sua forma mais natural, seja com ou sem pelos.

😉 Cada uma tem a sua identidade!

A partir dos 35 anos?

Verdade! Normalmente o processo do climatério inicia em torno dos 35 a 40 anos e pode durar, em média, 20 anos.😉

👉🏼 O climatério ocorre em virtude do esgotamento dos folículos ovarianos, que provoca a progressiva diminuição da produção de estrógeno.

Ele pode ser definido como a fase de transição entre o período reprodutivo da mulher e a fase em que ela não pode mais reproduzir.

👉🏼 Já comentei bastante sobre os principais sintomas do climatério, mas não custa nada lembrá-las… Fogachos ou ondas de calor, onde a mulher começa a sentir um aumento exagerado da sua temperatura corporal, e é também comum que a mulher comece suar bastante, sentir palpitações e dores de cabeça.

👉🏼 Pode ser que a vagina comece a apresentar menor lubrificação e a parede vaginal se torne menos elástica. Isso faz com que a mulher sinta dores antes e após a relação sexual.

Além disso, a osteoporose e o risco de doenças cardiovasculares aumentam em decorrência da queda hormonal.

⚠ Mas não se assuste!!!

É importante que a mulher enfrente essa fase de sua vida com muita disposição e compreenda que o climatério não é nenhuma doença!😉

👉🏼 Apesar dos incômodos gerados, é uma fase natural da vida da mulher e deve ser encarada de maneira positiva, tanto por ela como pelo parceiro, seus amigos e familiares.