SEGURANÇA DO TRABALHO 17

FRASE DA SEMANA:

Quanto maior a mentira, maior a chance de todos acreditarem nela.” (Adolf Hitler)

O QUE É INSALUBRIDADE?

            Tratando-se de questões laborais, a insalubridade tem a ver com as doenças causadas aos funcionários que ficam expostos a condições nocivas por conta de sua atividade.

Tais condições podem oferecer riscos em curto prazo — como no caso dos trabalhos em indústrias metalúrgicas e mecânicas — ou em longo prazo — como quando o trabalhador tem contato contínuo com radioatividade.

No post de hoje, saiba mais sobre o que é insalubridade, suas condições de trabalho e como a lei é utilizada nesses casos:

O QUE É UMA ATIVIDADE INSALUBRE?

Atividades insalubres são aquelas em que os trabalhadores são expostos à agentes prejudiciais à saúde em quantidade acima do que são permitidas por lei.

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem (Norma Regulamentadora 15):

  • Acima dos limites de tolerância previstos nos anexos da NR-15 (Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente; para Ruídos de Impacto; para Exposição ao Calor; para Radiações Ionizantes; Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho; e Limites de Tolerância para Poeiras Minerais);
  • No trabalho sob Condições Hiperbáricas, com Agentes Químicos e Agentes Biológicos;
  • Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, relacionadas a Radiações Não Ionizantes, Vibrações, Frio e Umidade.

QUAIS OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS A QUEM SE EXPÔE A CONDIÇÕES INSALUBRES?

Muitos não sabem, mas há leis que protegem os trabalhadores nessas condições. As leis brasileiras sobre o trabalho preveem o pagamento de adicional sobre o salário mínimo vigente caso seja constatado que o trabalhador desenvolve suas atividades em ambientes insalubres.

É importante salientar que cada tipo de risco informado na norma será avaliado com rigor através de medidas específicas constantes na Norma Regulamentadora 15.

O valor pago pela insalubridade pode variar de acordo com o grau estabelecido pela Lei, que pode ser o pagamento de 10% para o grau mínimo, 20% para o grau médio e 40% para o máximo.

A classificação quanto a insalubridade fica caracterizada de acordo com o Ministério do Trabalho, que designa um perito, médico ou engenheiro que fará a análise das condições de ofício. Esses profissionais devem ser devidamente registrados em seus respectivos Conselhos.

É importante que toda empresa informe a seus empregados sobre o que é insalubridade e, principalmente, que esteja atenta quanto às condições de trabalho e benefícios deles. Caso algum trabalhador exerça atividades insalubres, sua empresa tem o dever de buscar amenizar os riscos dessa atividade com o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual, bem como fornecendo treinamentos periódicos.

Isso ajuda a preservar a saúde dos colaboradores e, por consequência, evita-se prejuízos devido a cobrança de multas e outras despesas de ordem judicial.

ATIVIDADE INSALUBRE – CARACTERIZAÇÃO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário base do empregado (súmula 228 do TST – ver nota STF), ou previsão mais benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho, equivalente a:

– 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

– 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

– 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 

 – acima dos limites de tolerância previstos nos anexos à NR-15 de números:

1 (Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente);

2 (Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto);

3 (Limites de Tolerância para Exposição ao Calor);

5 (Limites de Tolerância para Radiações Ionizantes);

11 (Agentes Químicos cuja Insalubridade é caracterizada por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho);

12 (Limites de Tolerância para Poeiras Minerais). 

 – nas atividades mencionadas nos anexos números:

6 (Trabalho sob Condições Hiperbáricas);

13 (Agentes Químicos);

14 (Agentes Biológicos). 

 – comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos anexos números:

7 (Radiações Não Ionizantes);

8 (Vibrações);

9 (Frio);

10 (Umidade).

LIMITE DE TOLERÂNCIA

Entende-se por Limite de Tolerância a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. 

SEGURANÇA DO TRABALHO 16

FRASE DA SEMANA:

A vida é como um quebra-cabeça. O importante não é ter todas as peças, é coloca-las no lugar certo. (Jô Soares)

AGENTES QUÍMICOS (CONTINUAÇÃO)

PNEUMOCONIOSE

Pneumoconiose é uma doença pulmonar ocupacional com padrão restritivo causada pela inalação de poeiras inorgânicas, geralmente associada a trabalho em metalúrgicas, construtoras, mecânicas ou minas.

Quais são as causas da pneumoconiose?

Existem vários tipos de pneumoconiose, sendo cada uma causada por um tipo diferente de pó mineral:

  • Asbestose: causada pelo pó de amianto, extraído de depósitos subterrâneos e utilizado em isolamentos, tetos, materiais à prova de fogo, azulejos, lonas de freio e outros produtos, afetando mineiros, trabalhadores da construção civil ou naval, etc.
  • Silicose: afeta as pessoas que trabalham com sílica, tais como mineiros, construtores de túnel, trabalhadores em pedreiras, trabalhadores de fundição e aqueles que trabalham com cerâmica ou vidro.
  • Antracose: pneumoconiose dos mineiros de carvão, que afeta as pessoas que inalam partículas de carbono a partir do carvão ou grafite;
  • Pneumoconiose do talco: devida à exposição a pó de talco, geralmente durante a mineração ou moagem do produto.
  • Pneumoconiose pelo caulim: causada pela inalação do pó de caulim, um ingrediente utilizado no fabrico de cerâmica, papel, cosméticos, medicamentos e pasta de dente. Também afeta os trabalhadores das minas de extração e moagem do caulim.
  • Siderose: também conhecida como pulmão de prata, própria do soldador e do polidor, é causada pela inalação de partículas de ferro.
  • Outras pneumoconioses menos frequentes podem ser causadas pela inalação de sulfato de bário, óxido de estanho, compostos contendo metais duros, como tungstênio e cobalto ou por outras formas de pó mineral (bauxita, cinzas de vulcão, etc.).

Quais são os principais sinais e sintomas da pneumoconiose?

Por vezes, a pneumoconiose pode não causar sintomas, sobretudo quando incipiente. Quando os sintomas se desenvolvem, podem incluir tosse produtiva ou seca, chiado no peito e falta de ar durante o exercício. Se a pneumoconiose provoca fibrose pulmonar grave, a respiração pode se tornar extremamente difícil. Quando isso acontece, os lábios e as unhas do paciente podem ficar com uma coloração azulada. Na doença muito avançada, pode haver também sinais de inchaço nas pernas, de origem cardíaca.

Como o médico diagnostica a pneumoconiose?

O diagnóstico de pneumoconiose deve partir do histórico de exposição a poeiras minerais e do tempo durante o qual a pessoa esteve exposta. O médico irá pedir uma radiografia de tórax, testes de função pulmonar e tomografia computadorizada. Menos frequentemente, pedirá uma broncoscopia com biópsia pulmonar.

Como o médico trata a pneumoconiose?

O médico poderá prescrever medicamentos inalados que ajudem a diminuir a inflamação das vias respiratórias e a manter seus brônquios dilatados. Para proteger os pulmões danificados contra infecções respiratórias os pacientes devem tomar vacinas contra a gripe e pneumonia.

Em caso em que o paciente tenha contraído alguma infecção respiratória, pode precisar tomar antibióticos. Se a respiração estiver muito deficiente o paciente pode precisar de oxigenação suplementar. Se a pneumoconiose provocar problemas respiratórios extremos, um transplante de pulmão pode ser necessário e representa a única possibilidade de cura.

Como prevenir a pneumoconiose?

A pneumoconiose quase sempre pode ser evitada, reduzindo a exposição às poeiras minerais e usando equipamentos adequados de proteção. O tabagismo piora os efeitos nocivos da pneumoconiose e, por isso, deve ser evitado.

Como evolui a pneumoconiose?

As perspectivas para esta doença dependem do tipo específico de pneumoconiose, da duração da exposição, do nível de exposição aos agentes causadores e do fato do paciente ser fumante ou não.

As alterações pulmonares causadas pela pneumoconiose e já estabelecidas são permanentes, mas, no entanto, é possível evitar que se agravem. Como os homens preenchem a quase totalidade dos postos de trabalho de risco, a pneumoconiose é bem mais frequente em homens do que em mulheres.

Quais são as complicações possíveis da pneumoconiose? Na fase inicial da doença, os doentes podem não enfrentar muitos problemas, mas, gradualmente, desenvolvem muitas complicações que podem causar fibrose pulmonar e expansão do lado direito do coração, o que pode levar a insuficiência cardíaca. As pessoas com pneumoconiose (sobretudo asbestose e pneumoconiose por talco) têm um risco muito aumentado de câncer de pulmão, principalmente aquelas que são fumantes.

SEGURANÇA DO TRABALHO 15

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz coisa alguma.
(Franklin Delano Roosevelt)

ESTA SEMANA O TEMA É:

AGENTES QÚIMICOS

DOENÇAS OCUPACIONAIS POR EXPOSIÇÃO AO AGENTE QUÍMICO

DEFINIÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS

São considerados agentes químicos as substâncias, compostos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

O que são poeiras, névoas e fumos?

Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos químicos em geral. Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides).

O QUE É UM AERODISPERÓIDE?

Aerodispersóides é uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar, ou seja, é uma espécie de mistura de substâncias sólidas ou líquidas com o ar que respiramos. Um exemplo de aerodispersóide é a poeira, que nada mais é que grãos de areias espalhados, misturados com o ar que respiramos.

O QUE SÃO POEIRAS ORGÂNICAS?

As poeiras de madeira são geralmente originadas quando ocorre manipulação ou corte de madeiras ou derivados, já as poeiras orgânicas são poeiras de origem vegetal, animal ou microbiológica, que existem na silagem, nos aviários, nas pocilgas e em outras instalações.

O QUE A POEIRA PODE CAUSAR À SAÚDE?

Algumas poeiras conhecidas:

  • Pó da casa, muitas vezes uma mistura de microfibras, pele morta, pequenas partículas e excremento de ácaros (ver também: Alergia)
  • Pólen das plantas.
  • Poeira de farinha em padarias.
  • Poeira de carvão e de pedra em minas.
  • Poeira das construções, que surge na construção de casas ou na sua demolição.
  • O que faz mal para o pulmão?
  • Elas costumam ser causadas por coagulação do sangue, escoriação ou inflamação dos vasos sanguíneos e afetam principalmente a capacidade de os pulmões absorverem oxigênio e liberarem dióxido de carbono. Essas doenças também podem afetar o funcionamento do coração. … Enfisema pulmonar. Câncer de pulmão.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE PROBLEMAS NO PULMÃO?

Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:

  • Tosse.
  • Dor no peito.
  • Rouquidão.
  • Perda de apetite.
  • Falta de ar.
  • Fadiga.
  • Tosse com expectoração mucosa.
  • Tosse com expectoração com sangue.

SEGURANÇA DO TRABALHO 14

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Nossos fracassos, às vezes, são mais frutíferos do que os êxitos”. (Henry Ford)

HOJE VAMOS FALAR DE RUÍDO

O RUÍDO COMO UM DOS RISCOS OCUPACIONAIS

O ruído já faz parte do nosso dia-a-dia. E isso se inicia cada vez mais cedo, pois é possível observar em gestantes que trabalham expostas a níveis elevados de ruído.

Ruído é a mistura de sons ou tons, cujas frequências diferem entre si por um valor inferior ao poder de discriminação de frequência do ouvido, ou seja, é qualquer sensação sonora considerada indesejável.

Existe dois tipos de ruído: Ruído contínuo ou intermitente e de Impacto.

Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora.

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. 2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB.

Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no quadro abaixo:

O limite de tolerância para ruído do tipo impacto será de 130dB (A), de acordo com a NR-15. Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. Como consequência à exposição continuada a ruído elevado, o trabalhador pode apresentar a Pair. Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído.

Abaixo os EPI´s utilizados para o Ruído:

SEGURANÇA DO TRABALHO 13

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo”. (Buda)

COMO PREPARAR O LOCAL DE TRABALHO PARA ENFRENTAR O CORONA VÍRUS (COVID – 19)

Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) noticiou o surto de uma nova doença denominada de Corona vírus e os primeiros casos apareceram, em 2019, na província de Hubei, na China. E, desde então diversos órgãos internacionais da saúde vem tratando o Corona vírus (COVID-19) como uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

O Corona vírus (COVID-19) está se espalhando rapidamente para diferentes países ao redor do mundo, gerando um impacto social e econômico a uma velocidade que precisamos nos preparar para enfrentar a doença nos ambientes de trabalho nos próximos dias.

Para se ter uma dimensão em tempo real, a Equipe On Safety estava preparando as recomendações sobre como preparar o local de trabalho para enfrentar o Coronavírus (Covid-19), no Painel da Situação do COVID-19, atualizado em tempo real pela OMS às 19:00h. do dia 30/03/2020, já estavam confirmados mais de 690 mil casos, 33.257 mortes e o COVID-19 estava espalhado em 203 países, com a maior concentração nos EUA, Itália e China.

Verifique frequentemente se os locais de trabalho estão limpos e higienizados. As superfícies por exemplo, mesas, cadeiras, corrimãos, entre outros, e objetos (telefones, teclados, máquinas, equipamentos de uso coletivo) precisam ser limpos com desinfetante regularmente. Lembre-se que uma das as principais maneiras pelas quais o COVID-19 se espalha é pela contaminação em superfícies tocadas por colaboradores, clientes, terceiros e fornecedores.

  • Promova uma campanha de lavar as mãos entre os colaboradores, clientes, fornecedores e terceiros. Essa é uma ação que pode ser facilitada com a instalação de dispensers higienizadores de mãos em locais de circulação no local de trabalho. Certificar-se que os dispositivos sejam recarregados regularmente.
  • Divulgue em painéis a limpeza das mãos e outros cuidados com a saúdeverifique se a autoridade de saúde pública do local disponibiliza material ou desenvolva seu próprio material. Essa medida de comunicação pode ser combinada com palestras, workshops de orientação oficial de saúde e segurança ocupacional, briefings em reuniões e informações na intranet para promover a limpeza das mãos.
  • Certifique-se de que colaboradores, fornecedores, terceiros e clientes tenham acesso aos locais para lavar as mãos com água e sabão. Lembre-se que a limpeza mata o vírus nas suas mãos e evita a propagação do COVID-19.
  • Promova a higiene respiratória no local de trabalho. Isso pode ser exibido com cartazes promovendo a higiene respiratória. Além disso, ofereça uma orientação para reduzir poeiras, garantir a circulação do ar, abrir janelas, evitar o acumulo de sujeiras e manter o local de trabalho limpo e organizado. É possível disponibilizar lenços de papel nos seus locais de trabalho, para aqueles que desenvolvem coriza ou tosse no trabalho, além de caixas fechadas para um descarte higiênico e seguro. Uma boa higiene respiratória impede a propagação do COVID-19 pelo ambiente de trabalho.
  • Aconselhe os colaboradores ou contratados sobre cuidados preventivos que devem ser tomados antes de viajar a negócios. Sugira consultar os órgãos ou agências de saúde sobre a situação emergencial do COVID-19 no local de destino. No retorno também é necessário monitorar se aparecem sintomas do COVID-19, pelo mínimo 14 dias, verificando a temperatura corporal com uma certa frequência durante o dia de trabalho.
  • Informe seus colaboradores, fornecedores, terceiros e clientes que, se o COVID-19 começar a se espalhar na comunidade, qualquer pessoa com tosse leve ou febre baixa (37,3° C ou mais) precisa permanecer no local de residência. Recomenda-se que neste momento crítico de propagação do vírus devem ficar em casa (ou trabalhar em casa) se tiverem que tomar simples medicamentos, como paracetamol / acetaminofeno, ibuprofeno ou aspirina, visto que podem mascarar sintomas de uma possível infecção.
  • Implante um processo para identificar pessoas que possam estar em risco e apoiá-las, sem criar um estigma e discriminação no local de trabalho. Isso pode incluir pessoas que viajaram recentemente para uma área que relata casos ou pessoas que tem maior risco porque têm doenças graves como, por exemplo, diabetes, doenças cardíacas e pulmonares, ou ainda, tem idade avançada.
  • Evite fazer reunião de negócios ou de qualquer outro tipo no ambiente de trabalho em espaços fechados com baixa circulação de ar. Elabore um plano B para as situações em que os colaboradores tenham que ficar em casa como, por exemplo, continuar trabalhando temporariamente de uma forma remota, usando mecanismos virtuais de troca de informações ou acesso aos sistemas da empresa.

No Brasil também estavam confirmados quase 4.000 ( quatro mil) casos, com 114 mortes, a maior parte concentrados em São Paulo, com 1.406 casos, mas também estão em observação pacientes nos estados de Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, entre outros. A OMS e as autoridades de saúde pública de vários países estão tomando medidas para conter o surto de COVID-19. Especificamente, no Brasil, alguns governos estaduais estão começando a vetar aulas, eventos públicos e passaram a recomendar que as pessoas em locais de concentração como, por exemplo, bares, restaurantes, shoppings, fiquem em mesas a uma distância mínima de 2 metros.

SEGURANÇA DO TRABALHO 11

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Pare de conversar com o palhaço e converse com o dono do circo”. (Ditado mineiro)

Em tempos de Coronavírus (COVID 19), hoje vamos falar de Higienização das Mãos.

O ato de lavar as mãos é considerado como um princípio básico da higiene pessoal. Ao longo do dia, seja em casa, no trabalho e, principalmente, nas ruas, nossas mãos são expostas aos mais diversos tipos de bactérias e micro-organismos, onde uma higienização constante é considerada mais do que essencial. Independente do segmento de atuação, a higienização das mãos no ambiente de trabalho também é fundamental para um convívio sadio com os demais funcionários e principalmente no contato com clientes.

Você já lavou suas mãos hoje?
Porém, apesar de a prática ser essencial em qualquer ambiente profissional, profissionais de saúde e dos ramos de alimentação, necessitam redobrar a atenção quando o assunto é higienização das mãos para evitar riscos de contaminação.

Fique atento!

Já para profissionais do ramo de alimentação e manipulação de alimentos, uma correta lavagem das mãos evita a disseminação de alimentos contaminados para os clientes e problemas relacionados à intoxicação alimentar.

Dicas Básicas

Procure sempre lavar as mãos:

– Antes e após o uso do banheiro;
– Após espirrar;
– Antes e após comer ou manipular alimentos e talheres;
– Após mexer com lixo;
– Antes e após realizar uma determinada tarefa e iniciar outra.

Para obter um maior desempenho na limpeza, retire anéis, pulseiras e relógios e evite encostar as mãos na pia. Esfregue as palmas, costas, dedos e punho por cerca de 20 segundos com água corrente e sabão, secando com uma toalha de papel descartável após o final do processo. Procure utilizar outra toalha para fechar a torneira e tocar maçanetas, de modo a evitar uma nova contaminação. Com essa nova pandemia do Coronavírus devemos então redobrar nossa higienização. Além de lavar as mãos e evitar tocar olhos, nariz, boca, etc devemos usar o Álcool Gel 70

Abaixo um exemplo de como devemos lavar as mãos.

SEGURANÇA DO TRABALHO 10

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. (Platão)

ATO INSEGURO X CONDIÇÃO INSEGURA

Hoje vamos falar de Ato Inseguro e Condição Insegura!

Você sabe o que é ATO INSEGURO  X  CONDIÇÃO INSEGURA? Não ? Então vou lhe explicar!

Um acidente não acontece por acaso, sendo causado por algum fator que não está correto — seja uma falha humana por parte do empregado, desrespeito às regras de segurança indicadas ou por uma condição insegura no ambiente.

Mesmo os acidentes mais simples e sem consequências precisam ser investigados, de modo que seja possível entender o que causou aquela situação. Esta análise fundamental serve para evitar que haja uma repetição de acidentes e que eles possam trazer consequências piores. Isso porque, uma vez ciente do que provocou a situação, é possível realizar mudanças para preveni-los.

Em geral, os acidentes são causados por um dos dois fatores, chamados de ato inseguro e condição insegura. Entenda a definição de cada um deles a seguir:

ATO INSEGURO

São situações em que o empregado se coloca em risco, estando ciente ou não das consequências. São atos inseguros: não utilização de Equipamentos de Proteção Individual, falta de capacitação para a manipulação de máquinas e veículos, realização de brincadeiras perigosas e improviso de equipamentos.

A portaria nº 84/09 do Ministério do Trabalho revoga o ato inseguro dentro da legislação, evitando que os trabalhadores sejam responsabilizados por acidentes dentro do local de trabalho. A ideia é que uma pessoa jamais se acidentaria propositalmente. Assim, as empresas são responsabilizadas pelo ato inseguro, cabendo a elas a tarefa de criar métodos para informar e conscientizar seu funcionário para proceder de forma correta durante a execução de seu trabalho.

CONDIÇÃO INSEGURA

É caracterizado quando o ambiente de trabalho apresenta perigo ao funcionário. São muitas as possibilidades, tais como: construção de andaimes com material inadequado, falta de manutenção de máquinas, presença de fios desencapados, dispositivos de segurança com defeito, ventilação inapropriada, extintor de incêndio vencido, vidros quebrados, piso molhado, falta de placas de sinalização de segurança, iluminação inadequada, escadas sem antiderrapante, ruído alto, passagens perigosas, risco de explosão, excesso de peso nas prateleiras, entre muitas outras situações possíveis.

COMO EVITAR ATO E CONDIÇÃO INSEGURA?

Na prática, se um funcionário se machucou na empresa, é considerado que isso aconteceu porque seu gestor não atuou de forma adequada. Não é exagero atribuir a ele a responsabilidade pelo acidente, independentemente de qual for a proporção do ocorrido: cabe justamente ao gestor e à empresa cuidar da manutenção do ambiente de trabalho, bem como zelar pela segurança dos colaboradores.

Cabe ao gestor de cada área identificar as possíveis falhas de sua equipe e os riscos que o ambiente oferece, fazendo o que for necessário para eliminar qualquer condição insegura que exista no local. A manutenção é essencial para que o ambiente possa proporcionar condições seguras ao empregado, evitando o risco de acidentes e mantendo a qualidade do trabalho. Porém, estima-se que as condições inseguras sejam responsáveis por 20% dos acidentes, enquanto os atos inseguros possuem 80% de responsabilidade. Logo, os trabalhadores são responsáveis pela grande maioria dos acidentes — seja de maneira consciente ou não. A melhor forma de lidar com esse alto índice consiste em oferecer treinamento constante para que todos aprendam a importância dos EPIs, como lidar com os equipamentos e valorizar a própria segurança.

SEGURANÇA DO TRABALHO 9

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

Não há homem meio honesto e meio desonesto. Ou são inteiramente honestos ou não o são.” (Jânio Quadros)

HOJE VAMOS FALAR DE RADIAÇÃO

(Radiação Ionizante e Não Ionizante)

Você sabe o que é Radiação Ionizante e Não Ionizante? Não? Então vou te explicar resumidamente:

RADIAÇÃO IONIZANTE:

É a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, é capaz de arrancar um elétron de um átomo ou molécula.

O termo radiação ionizante refere-se a partículas capazes de produzir ionização em um meio, sendo “diretamente ionizantes” as partículas carregadas, como elétrons, pósitronsprótonsalfas e “indiretamente ionizantes” aquelas sem carga, como fótons (raios X e raios gama) e nêutrons. Nesses últimos a ionização é produzida pela partícula carregada que se origina de sua interação com a matéria.

Abaixo o símbolo internacional da presença de radiação ionizante

TIPOS DE RADIAÇÕES IONIZANTES 

Os tipos de radiações ionizantes mais conhecidos são:

–  Raios X, usados em equipamento radiológico para fins médicos.

– A radiação alfa (α), beta (β) e gama (γ) produzidas por núcleos de átomos instáveis

RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE:

A radiação é considerada não ionizante quanto não possui energia suficiente para ionizar, ou seja, não possuem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos do meio por onde está se deslocando, mas, mesmo assim tem o poder de quebrar moléculas e ligações químicas.

Convivemos com várias fontes atualmente. A mais famosa fonte de radiação não ionizante é o sol.

Abaixo o símbolo da presença de radiação não ionizante.

PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR EXCESSO DE RADIAÇÃO IONIZANTE

  • Queimaduras na pele;
  • Cataratas;
  • Síndrome cerebral, causada pela inflamação do tecido cerebral, e que muitas vezes leva à morte. …
  • Doenças do sangue, sendo a leucemia a doença mais comum;
  • Infertilidade, falta de menstruação e diminuição do apetite sexual;

TIPOS DE RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES

– MICRO-ONDAS E RADIOFREQUÊNCIA: – Afetam o corpo principalmente com aumento da temperatura.

– INFRAVERMELHA – Normalmente está presente em fontes locais de emissão de calor. A exposição é aumentada pela proximidade. Exemplo: fornos, fundições. A radiação infravermelha é usada também para detectar a temperatura de objetos distantes.

– RADIAÇÕES SOLARES – Apesar dos raios do sol serem extremamente úteis para a manutenção da vida na terra e na manutenção direta do corpo humano ele gera alguns riscos que estamos descrevendo nesse capítulo. 

O sol emite radiação UV, a radiação UV pode ser dividida em UVA, UVB e UVC. A atmosfera terrestre bloqueia a passagem da radiação UVC, esse tipo de radiação não chega a superfície terrestre. Já as radiações UVA e UVB conseguem chegar à superfície terrestre.

Apesar de perigosa a radiação UVB em dose diárias adequadas, no período de antes das 10 horas da manhã e depois das 16 é muito importante para a produção de vitamina D. A vitamina D tem a função de se ligar ao cálcio prevenir doenças como a osteoporose.

EXAMES DE MAMOGRAFIA TEM RADIAÇÃO?

Sim, todo exame radiológico possui radiação, contudo é um exame muito seguro para a paciente. Vários estudos confirmam a importância da mamografia na redução da mortalidade pelo câncer de mama. Os níveis de radiação que uma mamografia dispensa é de 0,7 mSv o que equivale a três meses de exposição ambiente.

QUE TIPO DE RADIAÇÃO É USADA NA RADIOTERAPIA?

São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama.

SEGURANÇA DO TRABALHO 8

por Marco Antônio Menezes – Técnico em Segurança do Trabalho

FRASE DA SEMANA:

A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.” (Nicolau Copérnico)

O BENZENO

Você já deve ter visto várias vezes esta imagem, né mesmo? Você já deve ter abastecido seu carro várias vezes e sentido aquele cheirinho gostoso da gasolina, né mesmo?

Então vou te contar uma coisa:

Isso é BENZENO! Altamente tóxico e Cancerígeno!

Benzeno é um hidrocarboneto classificado como hidrocarboneto aromático, e é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos os aromáticos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático, possui a fórmula C6H6.

O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia.

Também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre, graxas, ceras, etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes como fenolanilinatrinitrotolueno,plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas. A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida principalmente da destilação do petróleo que possui faixa de ebulição próxima ao benzeno.

EFEITOS NA SAÚDE

Exposição ao benzeno tem graves efeitos na saúde. O ar em ambiente aberto pode conter níveis baixos de benzeno de fumo de tabaco, fumaça de lenha, postos de combustíveis, transporte de gasolina, ou escape de veículos a motor e as emissões industriais. Vapores de produtos que contenham benzeno, como colas, tintas, cera de móveis e detergentes, também podem ser uma fonte de exposição, embora muitos deles tenham sido modificados ou reformulados desde a década de 1970 para eliminar ou reduzir o teor de benzeno. No ar em torno de lugares de deposição de resíduos perigosos ou postos de gasolina podem conter níveis mais elevados de benzeno.

A respiração de curto prazo de níveis elevados de benzeno pode resultar em morte, enquanto que os níveis baixos podem causar sonolência, tontura, batimento cardíaco rápido, dor de cabeça, tremores, confusão e inconsciência. Comer ou beber alimentos contendo altos níveis de benzeno pode causar vômitos, irritação do estômago, tonturas, sonolência, convulsões e morte.

Os principais efeitos do benzeno são pela exposição crônica (longo prazo) através do sangue. Benzeno causa danos na medula óssea e pode causar uma diminuição de células vermelhas do sangue, levando a anemia. Ele também pode causar sangramento excessivo e diminuir o sistema imunológico, aumentando a chance de infecções. Benzeno provoca leucemia e está associado a outros cancros do sangue e pré-cânceres do sangue.

A exposição humana ao benzeno é um problema global de saúde. Benzeno atinge o fígado, rins, pulmão, coração e cérebro e pode causar quebras da cadeia de DNA, provoca danos cromossômicos, etc.

PRODUTOS QUE CONTÉM BENZENO

Colas, solventes, tintas, lustra-móveis, pesticidas, lubrificantes, ceras de polir automóveis, detergentes, litografia, impressão gráfica, fotogravura, extração de óleos, beneficiamento de gorduras, reagente, borrachas, catalisadores, produtos intermediários de laboratórios, explosivos, corantes, produtos farmacêuticos

RISCO DE CÂNCER

Pesquisa tem demonstrado que o benzeno ser não só um produto químico (causadoras de câncer) cancerígeno, mas crônico (longo prazo) e a exposição ao benzeno tem sido associada a várias formas de leucemia por estudos publicada já em 1922.  O aumento da incidência de leucemia (câncer dos tecidos que formam as células brancas do sangue) tem sido observado em seres humanos ocupacionalmente expostos ao benzeno.

SINTOMAS

Ainda que não resulte em câncer, a exposição crônica ao benzeno pode afetar a medula óssea e produção de sangue. Sintomas agudos da exposição ao benzeno podem incluir a irritação dos olhos e da pele, tontura, náusea, dor de cabeça, tontura e batimento cardíaco irregular. Nas mulheres, a exposição prolongada ao benzeno no ar pode resultar em padrões irregulares de menstruação e diminuição do tamanho do ovário. Alimentos ou água contaminada com benzeno pode provocar vômitos, irritação do estômago, convulsões e até morte.

EFEITOS AGUDOS

A exposição combinada do benzeno com o etanol (por exemplo, bebidas alcoólicas) pode aumentar a toxicidade do benzeno em humanos.

Sintomas neurológicos da exposição ao benzeno inalação incluem sonolência, tonturas, dores de cabeça e perda de consciência nos seres humanos. Ingestão de grandes quantidades de benzeno pode resultar em vômitos, tontura, e convulsões em seres humanos.

Exposição ao líquido e vapor pode irritar a pele, olhos e trato respiratório superior em humanos. Vermelhidão e bolhas podem resultar da exposição dérmica ao benzeno.
Estudos em animais mostram imunológicas, neurológicas, hematológicas e efeitos da inalação e exposição oral ao benzeno.

Testes envolvendo exposição aguda de ratos, ratos, coelhos e cobaias demonstraram benzeno ter baixa toxicidade aguda por inalação, a toxicidade aguda da ingestão moderada e baixa ou moderada toxicidade aguda da exposição dérmica.

EFEITOS NA REPRODUÇÃO /  DESENVOLVIMENTO

Vários estudos sugerem que o benzeno ocupacional pode comprometer a fertilidade em mulheres expostas a altos níveis. No entanto, estes estudos são limitados devido à falta de histórico de exposição, exposição simultânea a outras substâncias, e a falta de acompanhamento. Efeitos adversos sobre o feto, incluindo baixo peso ao nascer, a formação óssea atrasada, e os danos da medula óssea, têm sido observados onde as grávidas foram expostas ao benzeno por inalação.