Le Mont Saint-Michel

Vários motivos me levaram a conhecer essa cidadela medieval fortificada, construída no Mont Saint-Michel que tem no seu topo a Abadia de Saint-Michel que havia sido erguida no ano de 708.

Esta cidade ganhou notoriedade como fortaleza inexpugnável quando, durante a Guerra dos Cem Anos, resistiu a todas as tentativas de invasão das tropas inglesas.

Devido às marés, o mar recua dezoito quilômetros da costa e expõe a península que se transformará em ilha, quando a maré volta a subir na velocidade de cerca de sessenta metros por minuto e cobre a base do Mont Saint-Michel.

Mesmo quando o mar recuava, vários soldados inimigos eram pegos nos diversos pontos com areia movediça que cercam as muralhas da cidade.

No governo de Luís XI, os primeiros presos políticos foram encarcerados no mosteiro que, rapidamente, adquiriu a reputação de uma prisão da qual ninguém escapou.

Durante a Revolução Francesa, a abadia foi novamente usada como prisão e essa atividade prisional só foi interrompida em 1863, graças à indignação de alguns intelectuais como Victor Hugo.

Optei por ficar hospedado em Pontorson, no início do caminho que leva até a cidade em menos de 10 minutos de carro.

Ao longo do único acesso terrestre para a cidade, estão as áreas destinadas aos estacionamentos para visitantes e existem grandes placas com o aviso do horário em que o mar, em poucas horas, irá inundar aquele trecho.

Mesmo assim, alguns desavisados acabam sendo pegos de surpresa e, sem ter o que fazer, apenas observam seus carros saírem boiando pelo mar …

Ao caminhar pelas ruelas, temos a sensação de mergulhar na história.

E lá fui eu para o museu, onde nos vemos de frente com as escrituras antigas dos religiosos da Abadia e a cela onde ficou preso Raspail.

Mas, também, nas casas de pedra podemos encontrar várias lojas com recordações e ótimos restaurantes com um variado cardápio de frutos do mar, além do tradicional omelete da Normandia.

Realmente, esta pequena cidade deixou saudades.

Roma, Itália

Como resumir a “Cidade Eterna” fundada por Rômulo e Remo há quase 3.000 anos?

Essa enorme cidade cosmopolita nos presenteia com sua história representada nas artes, arquitetura e cultura que influencia o mundo todo.

Sem dúvida, o monumento mais famoso é o Anfiteatro Flavio construído no ano 80 dC., mundialmente conhecido como Coliseu, pela colossal estátua de bronze de Nero que ficava nas proximidades. Nesta arena que a população romana assistia o combate dos gladiadores e as simulações de caça com animais selvagens.

Ao lado, através da Via Sacra, chegamos ao Monte Palatino com suas ruínas de palácios imperiais romanos, templos e casas de banho.

Caminhando para o noroeste, chegamos no Fórum Romano, centro da vida pública por mais de um milênio, onde observamos ruínas das construções políticas, religiosas e comerciais, construídas a partir do século VII aC.

Mais 15 minutos de caminhada para noroeste, encontramos o belíssimo Panteão, antigo templo pagão de “todos os deuses”, foi doado ao culto cristão em 609 dC e, atualmente, abriga os restos mortais de Vittorio Emanuele II, Umberto I e Margherita di Savoia, bem como os sepultamentos de vários artistas.

Após passar pela Piazza Navona, característica da Roma barroca, atravessamos o Rio Tibre para chegar ao Castelo Sant’Angelo, construído em 139 dC para ser o mausoléu do Imperador Adriano e sua família.

Se você topar mais 15 minutos de caminhada, chega na cidade do Vaticano.

Nesta cidade-estado, você vai conhecer a Basílica de São Pedro, maior basílica cristã do mundo, que tem em seus subterrâneos a Necrópole Vaticana, localização dos túmulos de todos os papas, desde São Pedro.

Ao Norte, você encontra os museus do Vaticano, composto de diversas galerias com obras-primas clássicas e renascentistas, além dos espetaculares afrescos de Michelangelo, na Capela Sistina.

Quando retornar ao centro histórico de Roma, não deixe de fazer um pedido e jogar uma moeda na Fontana di Trevi, antes de se dirigir à animada Villa Borghese.

Também é “obrigatório” visitar as ruínas das monumentais Termas de Caracala, muito utilizadas entre os séculos III e VI dC.

Ainda na parte sul da cidade, você pode seguir pela Via Ápia e conhecer as impressionantes catacumbas onde está enterrado São Sebastião.

Enfim, Roma, a “Cidade eterna”, está lá para ser visitada muitas e muitas vezes.

Praga, República Tcheca

Visitar Praga é como ter uma aula prática de arquitetura com seus palácios e jardins barrocos, edifícios Art Nouveau, catedrais góticas, além de arquitetura cubista, trazem diversidade única para esta cidade.

Começamos por Wallenstein, palácio barroco que serviu como residência para o Generalíssimo Imperial Albrecht von Wallenstein e atualmente abriga o Senado da República Tcheca.

Mais à frente tem o castelo de Praga, que parece uma cidadela, onde temos a linda catedral gótica de S. Vito, a Rua do Ouro (habitada pelos guardas no século XVI e passada para os ourives no século XVII) e a Basílica de St. George.

Atenção para não perder nada, desde as gárgulas do castelo até os magníficos detalhes da catedral.

Terminada essa visita, vamos descer para atravessar o Rio Moldava e chegar no Rudolfinum. Sede da Filarmônica de Praga, esta sala de concertos estilo renascentista apresenta shows excepcionais de música clássica.

Depois, vamos seguir para a principal praça (Staroměstské náměstí) onde podemos ver a Galeria Nacional de Praga (Národní galerie), o famoso Relógio Astronômico e a Igreja de Nossa Senhora antes de Týn, que parece se destacar para ver a praça.

Caminhando mais para Leste, você pode almoçar em um dos restaurantes da rede Lokál, onde além de uma excelente Pilsner, pode saborear a tradicional cozinha checa, ou fazer um lanche no Grand Café Orient, com os seus interiores cubistas, antes de seguir para o Obecní Dům, edifício no estilo Art Nouveau com concertos de música clássica, ópera, balé e até desfiles de moda.

Vamos descer para Vyšehrad, um bairro residencial em uma fortaleza medieval, ponto famoso para observar o pôr do sol com vista para a cidade e o Castelo de Praga. Essa fortaleza inclui a basílica neogótica de São Pedro e São Paulo, com afrescos esplêndidos.

Mas, também, temos representantes da arquitetura moderna no Edifício Dançante de Frank Gehryse, assim como os edifícios no bairro de Karlín e a Biblioteca Técnica Nacional em Dejvice.

Mais? Me chame, pois essa cidade é linda.

Highlands, Escócia

As “Highlands” (Terras Altas) ficam no norte da Escócia e é uma região que abriga muitas lendas e histórias.

Vamos começar por Inverness, onde deságua o Rio Ness.

Esta é a maior cidade e principal polo cultural das Highlands.

Nela você poderá visitar o Castelo e a Catedral da cidade, o Fort George, o Jardim Botânico ou, simplesmente, caminhar pela bucólica paisagem das ilhas no rio Ness.

No Museu e Galeria de Arte de Inverness, você poderá conhecer a história não só da cidade, mas também das Highlands.

Seguindo pela estrada A82, em direção ao mítico Lago Ness, passamos por campos e colinas onde a imaginação faz pensar em tantas batalhas que ocorreram por ali.

No Loch Ness Centre & Exhibition você tem exposições sobre como se formou o lago Ness e a história do lendário monstro do Loch Ness.

Não consegui ver o monstro, mas, pouco à frente, encontrei as ruínas do Castelo de Urquhart, datado de 1509. Com bela vista para o lago, você encontra ali um centro de visitante e uma lanchonete.

De volta à estrada, podemos ir até o famoso Eilean Donan Castle, onde foi gravado o filme “Highlander”.

Como ali não há passagem, precisamos retornar um pouco e contornar o Loch Duich, para chegar à ponte que nos leva até a ilha de Skye.

Para melhor explorar essa ilha, escolhi a simpática cidade de Portree. Sua localização central e litorânea a torna uma excelente opção de ponto de partida para os passeios.

Várias estradas da ilha são muito estreitas e com passagem para apenas um carro. Quando vem outro e sentido contrário, cabe a quem estiver mais próximo de um “passing place” (pequenos acostamentos colocados, em intervalos, na estrada), encostar para o outro passar.

Rodando pelas estradas, não é raro encontrar coelhos pelos campos e verá belíssimas paisagens como Kilt Rock (Belos penhascos à beira-mar), Old Man of Storr (depois de uma caminhada até ao topo, terá como recompensa uma linda vista da região) e as famosas formações rochosas de Staffin.

Já no lado oeste da Ilha, encontrará o imponente Dunvegan Castle. Construído no século XIII e remodelado no século XIX, possui uma ampla visão da enseada do lago marítimo chamado Dunvegan.

Enfim, uma viagem pelas Highlands nos oferece histórias e paisagens inesquecíveis.

Londres, Reino Unido

Sem dúvida, Londres é a cidade mais cosmopolita que conheço. No próprio hospital que fiquei, havia colegas da Grécia ao Sri Lanka, além de indianos e muçulmanos.

A diversidade de pessoas combina com o contraste entre o moderno e o tradicional.

Também impressiona a veneração que os ingleses têm com a família real.

Por outro lado, a realeza adota uma postura discreta e distante. Perguntar ao inglês comum se conhece alguém da realeza o deixa bem irritado.

Os britânicos são extremamente educados, mas você também pode tirá-los do sério, se for tentar furar uma fila.

Que tal começar seu passeio cedo pelo Hyde Park? Você pode alugar uma bicicleta e dar boas pedaladas.

Aproveita e vá até o Palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha. Na frente do Palácio você tem o belíssimo Victoria Memorial e, na rua lateral, não deixe de ir nas Cocheiras Reais e na Galeria da Rainha.

Pedalando em direção ao rio Tâmisa, você vai encontrar a Westminster Abbey, abadia onde são celebradas todas as coroações britânicas desde 1066.

Ao lado, você já vai ver o Parlamento inglês com seu mundialmente famoso Big Ben.

Se quiser, pode atravessar o rio para dar uma volta na London Eye.

Eu, como fã de museus, vou preferir seguir para o norte até a agitada praça Trafalgar Square, onde fica a National Gallery.

Se continuar ao norte, pode chegar ao British Museum, onde encontrará antiguidades do mundo inteiro.

Mas, se ficou tarde, você pode ficar por ali mesmo e aproveitar a “happy hour” no Convent Garden Market.

No dia seguinte, ao contornar o rio Tâmisa, vai encontrar a tradicional St. Paul’s Cathedral, sede do Bispo de Londres.

Ainda nesse trajeto, verá o arranha-céu Sky Garden, de onde tem uma vista privilegiada de Londres.

Logo à frente tem a Tower of London, com a esplêndida coleção de joias da coroa, e a ponte mais famosa de Londres, a Tower Bridge.

Por último, não poderia deixar de citar o espetacular, e gratuito, Natural History Museum.

Ainda tem muito mais, mas é papo para outro café…

Amsterdam, Holanda

Se tem uma palavra que define Amsterdam é diversidade.

Nesta cidade onde o antigo e o novo convivem de forma harmônica, a liberdade é grande, mas com limites curiosos.

O consumo de maconha sob diversas formas como cigarros, bolos e até brownies é liberado dentro do coffee shops. Já as bebidas alcoólicas e o tabaco são proibidos nesses estabelecimentos.

No Red Light District (local símbolo da prostituição que é legalizada e até com direitos trabalhistas), mulheres se exibem em roupas íntimas em cercas de 200 vitrines pelo bairro.

Este local atrai famílias de turistas curiosos, porém fotos e filmagens são proibidos, exceto, da Oudekerk (Igreja Velha), construção mais antiga de Amsterdam, localizada bem no meio deste distrito.

Sugiro começar na visita pela Praça do Dam, onde ficam o Museu de Cera Madame Tussaud, a igreja Nieuwe Kerk e o Palácio Real.

Mais ao sul você tem um lugarzinho escondido e parado no tempo chamado Begijnhof, com casas dos séculos XVII e XVIII e um espetacular jardim.

Se quiser almoçar, desce mais um pouco até Rembrandtplein (Praça de Rembrandt), onde tem várias opções de restaurantes. Próximo dali, poderá conhecer a casa dele e buscar um dos vários passeios de barco pelos canais de Amsterdam.

Na beira de um desses canais você pode ver a casa de Anne Frank. Mas, se quiser visitar, sugiro comprar ingresso online para não enfrentar imensa fila.

Outro ingresso melhor de comprar pela internet é para ir a fábrica da Heineken.

De volta aos canais, vale a visita ao mercado flutuante das flores, com entrada pelas calçadas.

Claro, teria que ir à praça dos museus, onde fica o Rijskmuseum, a Casa de Concertos e o Museu de Van Gogh (o mais didático que conheço, onde as obras são exibidas em ordem cronológica e junto com a história do pintor).

Separe um dia para ir até a Estação Central e pegar um transporte para Zaanse Schans. Sugiro o ônibus 391, pois deixa bem na entrada da vila dos moinhos mais popular na Holanda.

Há muito mais sobre essa fascinante Amsterdam.

Sem dúvida, um lugar fantástico para conhecer.

Islândia

A Islândia não parece um outro país. Parece outro planeta.

Depois das montanhas Rochosas Canadenses, empata com o Alasca entre os lugares mais bonitos que conheço.

Descoberta e colonizada pelos vikings, esta ilha está bem próxima do Círculo Polar Ártico.

Com 2 ou 3 dias já é possível conhecer sua capital Reykjavik, onde vive a maioria da população do país. Por conta dos vulcões ativos na ilha, essa cidade é abastecida por energia geotérmica abundante, (a ponto de algumas calçadas serem limpas com aspirador de pó!!).

Como atrações locais, vale visitar o Museu Nacional da Islândia e o Saga Museum, para conhecer um pouco mais de sua história. No Perlan, pode ir a seu restaurante futurista giratório e com cúpula de vidro. Preferi não entrar nas atrações chamadas Geleira e Caverna de Gelo, pois iria ver as naturais no interior do país.

Não deixe de visitar a belíssima Harpa Reykjavik Concert Hall and Conference Centre e a igreja Hallgrímskirkja, com sua arquitetura singular.

Hora de pegar o carro e dirigir pela Rota 1, em direção aos parques nacionais Vatnajökull e Snæfellsjökull, com uma paisagem composta por vulcões, gêiseres, fontes termais, campos de lava, cachoeiras parcialmente congeladas e incríveis cavernas de gelo.

Optei por circular a ilha em sentido anti-horário, começando pelo sul da ilha, onde vi as atrações que gostei mais. Porém, foi em Akureyri, no Norte, que vi a mais bela Aurora Boreal (pena que só consegui fotografar uma menor, no Sul).

Engraçado que você vai encontrando as mesmas pessoas no caminho. Teve um chinês, que acordava mais cedo que eu, mas dirigia mais devagar. Todo dia eu o ultrapassava por volta das 10 horas. Um dia, fiquei preocupado. Quase meio dia e não tinha visto o chinês. Foi um alívio quando avistei seu carro. Também percebi que a esposa dele que dirigia (acho que ela era mais rápida, rsrs).

Quase todas as atrações são abertas e gratuitas. Apenas precisei contratar excursão para a visita às cavernas de gelo, pois é necessário um carro adaptado e com autorização para ir até elas. Agora, quem não se sente confortável em dirigir em locais com neve pode contratar agências de turismo para fazer o trajeto.

Ainda bem que todos falam inglês, já que o islandês é impronunciável para nós. Apelidei o guia que nos levou à Ice Cave de “Help”, pois não entendia uma sílaba de seu nome, rsrs.

Fazer supermercado também é uma aventura. Quase comprei corante no lugar de shoyu para sashimi…

Depois de 10 dias, voltei desse “outro planeta” com imagens impressionantes da memória.

Lisboa, Portugal

Lisboa mescla tradição com modernidadeDica para seus passeios cedo: a maioria dos locais abre às 10 h. Procure começar pelos locais abertos.

Pode começar a sua visita pela parte nova da cidade: Parque das Nações, a Torre Vasco da Gama e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores do mundo.

Depois, seguindo o Rio Tejo, vai encontrar o Museu Nacional do Azulejo, mas não sem antes almoçar no restaurante “O Caçador” (simples, mas um dos melhores pescados de Lisboa).

Dali, vale uma esticada até o Museu Calouste Gulbenkian e seus belos jardins.

À noite, pode escolher uma das várias casas no bairro Alfama e assistir um espetáculo de Fado, enquanto prova o excelente vinho português.

Se começar o dia na Praça Luís de Camões, pode caminhar pelo Chiado em direção ao elevador Santa Justa, com direito a parar no caminho, para sentar com a estátua de Fernando Pessoa.

Ao descer no elevador, estará perto da Praça dos Restauradores, onde irá conhecer a belíssima estação de trem do Rossio com seus azulejos.

Pronto, já abriu o Castelo de São Jorge e você está perto dele. Lá terá uma bela vista de Lisboa e encontrará dóceis pavões.

Com 5 minutos de caminhada entre o castelo e o Lg. Portas Sol, pode pegar o bonde 28 e saltar 3 estações depois para visitar a Sé de Lisboa.

Quando sair, com menos de 10 min. a pé, vai encontrar bons locais para comer na bonita Praça do Comércio.

No dia seguinte, pode começar sua caminhada na Rosa dos Ventos, em frente ao Padrão dos Descobrimentos, e seguir pela margem do Tejo até a Torre de Belém (adivinha: também abre às 10 horas, rsrs).

Após essa rápida visita sugiro seguir para o imponente Mosteiro dos Jerónimos, construído em estilo gótico com dois museus: um marítimo e outro arqueológico.

Logo ao lado, fica a famosa padaria “Pastéis de Belém”. Você não conhece pastéis de Belém sem ter comido os de lá…

Também tem outros locais, como a pitoresca “Feira da Ladra” (mercado de pulgas, onde você encontra de quase tudo), a lindíssima Câmara Municipal de Lisboa, o delicioso Mercado da Ribeira, o moderno Museu Coleção Berardo e muito mais.

Enfim, Lisboa é uma cidade que nos recebe de braços abertos e com quem temos estreitos laços culturais e de amizade.

Berlim, Alemanha

Berlim é realmente uma cidade que surpreende. Você precisa, ao menos, 3 a 4 dias para conhecer os pontos principais.Períodos turbulentos no séc. XX, como as Guerras Mundiais e a Guerra Fria, que deixaram suas marcas até hoje na cidade.O Portão de Brandenburg que, apesar de existir desde o séc. XVIII, se tornou um símbolo de uma cidade dividida pela Guerra Fria quando passou a fazer parte do “Muro de Berlim”.Outro vestígio da Guerra Fria é o Check Point Charlie. No meio da Friedrichstraße, esse posto militar era utilizado como controle de passagem. Próximo, tem o Mauer Museum, com entrada despretensiosa, mas conteúdo interessante. Quem gosta de compras, bom saber que domingo, praticamente todo o comércio está fechado. Uma exceção é a Feirinha do Mauerpark, onde acha bons casacos de inverno.O Bundestag (parlamento) mescla formas neorrenascentistas com uma cúpula de vidro que simboliza a transparência no governo.Falando em construções modernas, tem o Sony Center, centro comercial, localizado na Potsdamer Platz.Perto tem um pedaço do Muro de Berlim, famoso porque foi coberto com chicletes, vai entender… No centro histórico de Berlim, vale passear por Nikolaiviertel, com casas restauradas da idade média, no melhor estilo alemão.Depois, pode ir na Catedral de Berlim, que tem no interior toda a pompa da corte prussiana. No caminho, aproveite para conhecer a Prefeitura, prédio do séc. XIX, onde costumam ter exposições.Próximo, tem a Museumsinsel, com 5 museus: Altes, Neues, Alte Nationalgalerie, Bode e Pergamon.Melhor comprar tickets de 19,00 € para os 5 em um dia, ou o Berlin Museum Pass de 3 dias, por 29,00 €, para ir nesses e vários outros.Imperdível o Castelo de Charlottenburg, construído para ser uma residência de verão de Sophie-Charlotte, esposa de Frederico III, mesmo antes dele se tornar rei da Prússia.Se quer muvuca, tem a Alexanderplatz com seu relógio universal e vários artistas que se apresentam na rua.Fui no Memorial do Holocausto, mas, confesso que não me senti bem lá. Página triste da história da humanidade…Gostei mais da torre de televisão e do restaurante rotatório “Sphere”, onde jantei com uma bela vista da querida Berlim.

Florença, Itália

Firenze, capital da Toscana, Itália

Em 1861, o rei do Piemonte-Sardenha, Vittorio Emanuele II, se autodeclarou rei da Itália pela unificação das províncias independentes.

Consegui me programar para estar lá em 2011, quando o país completou 150 anos e as cidades organizaram festas belíssimas.

Com o surgimento da Pátria italiana, Turim se tornou capital até 1865, quando Firenze (Florença) assumiu esse papel, até Roma ser definida como capital, em 1871.

Berço da Renascença italiana, Firenze é um museu a céu aberto e caminhar por suas ruas antigas nos remete à Idade Média.

Que tal uma passear pela Piazza della Repubblica, visitar a Fontana del Nettuno, na Piazza della Signoria, ou simplesmente caminhar pelas margens do rio Arno e atravessar a Ponte Vecchio? Ao entardecer, poderia sentar em um dos bares da Via Vacchereccia para um “tè freddo” (chá gelado).

Só não pode deixar de ir ao Palazzo Vecchio, onde funciona a Prefeitura de Firenze e também um museu; e ao Palazzo Pitti, residência de Cosimo I (segundo “duca di Firenze” e o primeiro “granduca di Toscana”).

Ah, sim. Quando for visitar a Catedral (Duomo) de Firenze, não deixe de olhar para cima e ver as magníficas pinturas em sua cúpula. Suba no alto de sua torre e você terá uma bela vista da cidade.

Mas, para um amante das artes como eu, a cereja do bolo é a Galeria Uffizi, onde está exposta a obra-prima de Botticelli: “La Nascita di Venere”. Sugiro você comprar um bilhete de visita agendada, para não correr o risco de encarar uma looonga fila…

Após tanta atividade, você merece um jantar na Osteria Vecchio Cancello!

Se eu posso lhe dar uma dica, alugue um carro para fazer várias viagens de um dia às cidades vizinhas. Esta capital da Toscana está em uma posição bem central e você pode fazer visitas como: Pisa e Lucca; San Gimignano e Siena; Spello/Perúgia e Assisi; Montepulciano e Arezzo.

Na volta, é só comemorar sua viagem com “un piatto di prosciutto di Parma e un bicchiere di vino”.