Rochosas Canadenses, Canadá

Dirigir pelas Rochosas Canadenses é como entrar dentro de pinturas com paisagens espetaculares.

Escolhi iniciar meu trajeto por Calgary, cidade sem muitos atrativos turísticos, mas com aeroporto que recebe voos internacionais.

Alugado carro, pé na estrada em direção a Banff.

Os picos do Monte Rundle e do Monte Cascade fazem parte das Montanhas Rochosas e dominam o horizonte.

No Parque Nacional de Banff, além das magníficas paisagens, podemos encontrar várias espécies da vida selvagem, como renas e ursos (de filhotes a adultos, melhor não ficar muito próximo deles).

Após dois dias de muito passeio, melhor acordar cedo para aproveitar ao máximo o dia em Lake Louise.

Se você nunca fez canoagem, este é o lugar perfeito para começar.

O azul esverdeado deste lago, cercado por vegetação exuberante, faz um incrível contraste com as cores vivas das canoas e com a grande geleira ao fundo.

Ao chegar em Jasper, já à noite, melhor descansar para não perder locais espetaculares que abrigam animais como alces, esquilos e tantos outros.

Tirando o fato de ser belíssimo, não poderia deixar de tirar uma foto no Medicine Lake, rsrs.

Depois de rodar bastante no Parque Nacional de Jasper, é hora de começar a descer as Rochosas, mas, não sem antes passar pelas Athabaska Falls.

Locais extraordinários continuam a cruzar nosso caminho até chegar no bucólico château para pernoitar em Kamloops.

A vontade é de ficar dias às margens do lindo rio ao lado, também utilizado para transporte de toras de madeira. Mas, precisamos seguir viagem.

Chegamos à simpática cidade de Whistler, sede de uma das Olimpíadas de Inverno, onde, no verão, as pistas de esqui se transformam em rotas de bicicross.

A chegada em Vancouver encerra essa rota maravilhosa.

Mas cada imagem, de cada quilômetro percorrido, é guardada com muita saudade.

Le Mont Saint-Michel

Vários motivos me levaram a conhecer essa cidadela medieval fortificada, construída no Mont Saint-Michel que tem no seu topo a Abadia de Saint-Michel que havia sido erguida no ano de 708.

Esta cidade ganhou notoriedade como fortaleza inexpugnável quando, durante a Guerra dos Cem Anos, resistiu a todas as tentativas de invasão das tropas inglesas.

Devido às marés, o mar recua dezoito quilômetros da costa e expõe a península que se transformará em ilha, quando a maré volta a subir na velocidade de cerca de sessenta metros por minuto e cobre a base do Mont Saint-Michel.

Mesmo quando o mar recuava, vários soldados inimigos eram pegos nos diversos pontos com areia movediça que cercam as muralhas da cidade.

No governo de Luís XI, os primeiros presos políticos foram encarcerados no mosteiro que, rapidamente, adquiriu a reputação de uma prisão da qual ninguém escapou.

Durante a Revolução Francesa, a abadia foi novamente usada como prisão e essa atividade prisional só foi interrompida em 1863, graças à indignação de alguns intelectuais como Victor Hugo.

Optei por ficar hospedado em Pontorson, no início do caminho que leva até a cidade em menos de 10 minutos de carro.

Ao longo do único acesso terrestre para a cidade, estão as áreas destinadas aos estacionamentos para visitantes e existem grandes placas com o aviso do horário em que o mar, em poucas horas, irá inundar aquele trecho.

Mesmo assim, alguns desavisados acabam sendo pegos de surpresa e, sem ter o que fazer, apenas observam seus carros saírem boiando pelo mar …

Ao caminhar pelas ruelas, temos a sensação de mergulhar na história.

E lá fui eu para o museu, onde nos vemos de frente com as escrituras antigas dos religiosos da Abadia e a cela onde ficou preso Raspail.

Mas, também, nas casas de pedra podemos encontrar várias lojas com recordações e ótimos restaurantes com um variado cardápio de frutos do mar, além do tradicional omelete da Normandia.

Realmente, esta pequena cidade deixou saudades.

Roma, Itália

Como resumir a “Cidade Eterna” fundada por Rômulo e Remo há quase 3.000 anos?

Essa enorme cidade cosmopolita nos presenteia com sua história representada nas artes, arquitetura e cultura que influencia o mundo todo.

Sem dúvida, o monumento mais famoso é o Anfiteatro Flavio construído no ano 80 dC., mundialmente conhecido como Coliseu, pela colossal estátua de bronze de Nero que ficava nas proximidades. Nesta arena que a população romana assistia o combate dos gladiadores e as simulações de caça com animais selvagens.

Ao lado, através da Via Sacra, chegamos ao Monte Palatino com suas ruínas de palácios imperiais romanos, templos e casas de banho.

Caminhando para o noroeste, chegamos no Fórum Romano, centro da vida pública por mais de um milênio, onde observamos ruínas das construções políticas, religiosas e comerciais, construídas a partir do século VII aC.

Mais 15 minutos de caminhada para noroeste, encontramos o belíssimo Panteão, antigo templo pagão de “todos os deuses”, foi doado ao culto cristão em 609 dC e, atualmente, abriga os restos mortais de Vittorio Emanuele II, Umberto I e Margherita di Savoia, bem como os sepultamentos de vários artistas.

Após passar pela Piazza Navona, característica da Roma barroca, atravessamos o Rio Tibre para chegar ao Castelo Sant’Angelo, construído em 139 dC para ser o mausoléu do Imperador Adriano e sua família.

Se você topar mais 15 minutos de caminhada, chega na cidade do Vaticano.

Nesta cidade-estado, você vai conhecer a Basílica de São Pedro, maior basílica cristã do mundo, que tem em seus subterrâneos a Necrópole Vaticana, localização dos túmulos de todos os papas, desde São Pedro.

Ao Norte, você encontra os museus do Vaticano, composto de diversas galerias com obras-primas clássicas e renascentistas, além dos espetaculares afrescos de Michelangelo, na Capela Sistina.

Quando retornar ao centro histórico de Roma, não deixe de fazer um pedido e jogar uma moeda na Fontana di Trevi, antes de se dirigir à animada Villa Borghese.

Também é “obrigatório” visitar as ruínas das monumentais Termas de Caracala, muito utilizadas entre os séculos III e VI dC.

Ainda na parte sul da cidade, você pode seguir pela Via Ápia e conhecer as impressionantes catacumbas onde está enterrado São Sebastião.

Enfim, Roma, a “Cidade eterna”, está lá para ser visitada muitas e muitas vezes.

Praga, República Tcheca

Visitar Praga é como ter uma aula prática de arquitetura com seus palácios e jardins barrocos, edifícios Art Nouveau, catedrais góticas, além de arquitetura cubista, trazem diversidade única para esta cidade.

Começamos por Wallenstein, palácio barroco que serviu como residência para o Generalíssimo Imperial Albrecht von Wallenstein e atualmente abriga o Senado da República Tcheca.

Mais à frente tem o castelo de Praga, que parece uma cidadela, onde temos a linda catedral gótica de S. Vito, a Rua do Ouro (habitada pelos guardas no século XVI e passada para os ourives no século XVII) e a Basílica de St. George.

Atenção para não perder nada, desde as gárgulas do castelo até os magníficos detalhes da catedral.

Terminada essa visita, vamos descer para atravessar o Rio Moldava e chegar no Rudolfinum. Sede da Filarmônica de Praga, esta sala de concertos estilo renascentista apresenta shows excepcionais de música clássica.

Depois, vamos seguir para a principal praça (Staroměstské náměstí) onde podemos ver a Galeria Nacional de Praga (Národní galerie), o famoso Relógio Astronômico e a Igreja de Nossa Senhora antes de Týn, que parece se destacar para ver a praça.

Caminhando mais para Leste, você pode almoçar em um dos restaurantes da rede Lokál, onde além de uma excelente Pilsner, pode saborear a tradicional cozinha checa, ou fazer um lanche no Grand Café Orient, com os seus interiores cubistas, antes de seguir para o Obecní Dům, edifício no estilo Art Nouveau com concertos de música clássica, ópera, balé e até desfiles de moda.

Vamos descer para Vyšehrad, um bairro residencial em uma fortaleza medieval, ponto famoso para observar o pôr do sol com vista para a cidade e o Castelo de Praga. Essa fortaleza inclui a basílica neogótica de São Pedro e São Paulo, com afrescos esplêndidos.

Mas, também, temos representantes da arquitetura moderna no Edifício Dançante de Frank Gehryse, assim como os edifícios no bairro de Karlín e a Biblioteca Técnica Nacional em Dejvice.

Mais? Me chame, pois essa cidade é linda.

Highlands, Escócia

As “Highlands” (Terras Altas) ficam no norte da Escócia e é uma região que abriga muitas lendas e histórias.

Vamos começar por Inverness, onde deságua o Rio Ness.

Esta é a maior cidade e principal polo cultural das Highlands.

Nela você poderá visitar o Castelo e a Catedral da cidade, o Fort George, o Jardim Botânico ou, simplesmente, caminhar pela bucólica paisagem das ilhas no rio Ness.

No Museu e Galeria de Arte de Inverness, você poderá conhecer a história não só da cidade, mas também das Highlands.

Seguindo pela estrada A82, em direção ao mítico Lago Ness, passamos por campos e colinas onde a imaginação faz pensar em tantas batalhas que ocorreram por ali.

No Loch Ness Centre & Exhibition você tem exposições sobre como se formou o lago Ness e a história do lendário monstro do Loch Ness.

Não consegui ver o monstro, mas, pouco à frente, encontrei as ruínas do Castelo de Urquhart, datado de 1509. Com bela vista para o lago, você encontra ali um centro de visitante e uma lanchonete.

De volta à estrada, podemos ir até o famoso Eilean Donan Castle, onde foi gravado o filme “Highlander”.

Como ali não há passagem, precisamos retornar um pouco e contornar o Loch Duich, para chegar à ponte que nos leva até a ilha de Skye.

Para melhor explorar essa ilha, escolhi a simpática cidade de Portree. Sua localização central e litorânea a torna uma excelente opção de ponto de partida para os passeios.

Várias estradas da ilha são muito estreitas e com passagem para apenas um carro. Quando vem outro e sentido contrário, cabe a quem estiver mais próximo de um “passing place” (pequenos acostamentos colocados, em intervalos, na estrada), encostar para o outro passar.

Rodando pelas estradas, não é raro encontrar coelhos pelos campos e verá belíssimas paisagens como Kilt Rock (Belos penhascos à beira-mar), Old Man of Storr (depois de uma caminhada até ao topo, terá como recompensa uma linda vista da região) e as famosas formações rochosas de Staffin.

Já no lado oeste da Ilha, encontrará o imponente Dunvegan Castle. Construído no século XIII e remodelado no século XIX, possui uma ampla visão da enseada do lago marítimo chamado Dunvegan.

Enfim, uma viagem pelas Highlands nos oferece histórias e paisagens inesquecíveis.

Siem Reap, Cambodja

O Reino do Cambodja é um país do Sudeste Asiático, que faz fronteira com Tailândia, Laos e Vietnã.

É parte da região que antes era chamada de “Indochina”, colônia francesa, que também incluía os países Vietnã e Laos. O nome se deve à localização do território, entre Índia e China.

O idioma oficial é o Khmer, mas encontrei mais gente falando bem o inglês no Cambodja do que na Tailândia. O francês também é bastante falado. A população do país é de aproximadamente 15 milhões de habitantes, onde 95% dela é de religião budista.

A capital do país é Phnon Penh, mas Siem Reap, localizada no noroeste do Cambodja e capital da Província de Siem Reap, é a cidade mais procurada pelos turistas. Esta é a cidade-base para explorar o Complexo de Angkor, a atração turística mais popular no Camboja, que foi a capital do Império Khmer entre os séculos IX e XIII.

Uma cidade cortada pelo Rio Siem Reap, cheia de restaurantes, bares e hotéis bonitos, e a apenas 7km dos templos. Angkor é um parque arqueológico com 400km2 e centenas de templos e ruínas incríveis.

No antigo Quarteirão Francês e ao redor do Mercado Antigo, Siem Reap possui arquitetura colonial e de estilo chinês.

Esta cidade tem museus, apresentações de dança tradicionais de Apsara, uma vila cultural do Cambodja, lojas de lembranças e artesanato, fazendas de seda, arrozais no campo, vilas de pescadores e um santuário de pássaros perto do Lago Tonle Sap.

O nome “Siem Reap” pode ser traduzido para significar “Derrota do Sião” (siem in Khmer), e é comumente tomado como uma referência a um incidente no conflito centenário entre os reinos siamês e khmer, embora este seja provavelmente apócrifo.

Segundo a tradição oral, o rei Ang Chan (1516-1566) nomeou a cidade “Siem Reap”, significando “a derrota do Sião”, depois que ele repeliu um exército enviado para invadir o Cambodja pelo rei siamês Maha Chakkraphat em 1549.

No entanto, acadêmicos como Michael Vickery consideram essa derivação simplesmente uma etimologia popular moderna, e sustentam que, embora os nomes Siem Reap e Chenla (antigo nome chinês para o Cambodja) talvez estejam relacionados, a origem real do nome é desconhecida.

Um pouco de História …O Cambodja teve seu período de glória quando fazia parte do Império Khmer, no qual a capital era Angkor.

Este regime durou até 1431, quando os tailandeses dominaram Angkor Thom e o rei cambodjano fugiu para o sul do país.

Aos poucos o Cambodja foi ficando espremido entre dois poderosos: o Reino de Sião (Tailândia) e o Vietnã, tendo se tornado completamente dependente dos vietnamitas. Com isso, o Rei pediu ajuda e proteção da França, e o país se tornou Colônia Francesa em 1863.

A Indochina francesa, formada por Vietnam, Laos, Cambodja, uma porção do território chinês, situada na atual província de Cantão (Guangdong), persistiu até 1954 (salvo o período de 1941 a 1945, quando foi ocupado pelas forças da Tailândia e do Japão durante a Segunda Guerra Mundial).

Na segunda metade do século XX, alguns governos comunistas passaram pelo país e, em 1975, as forças do Khmer Vermelho (grupo de guerrilha comunista) assumiram o poder no Cambodja.

Sob a liderança de Pol Pot, o governo executava todos que tinham qualquer ligação ou simpatia com o governo anterior.

As atrocidades aumentaram e pessoas eram executadas por motivos ainda mais banais como por não trabalharem com garra, por guardarem comida, por usarem joias, por fazerem sexo sem autorização, por terem alguma religião ou mesmo as pessoas que usavam óculos, pois pressupunham que estes eram intelectuais. Além disso, executavam toda a família dos acusados, para não despertar desejo de vingança.

Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 1,7 a 2 milhões de pessoas, cerca de 25% da população da época, porém, há quem diga que este número ainda pode ser maior.

Finalmente em 1979, com a invasão de forças vietnamitas aliadas aos dissidentes de Pol Pot, cessou este que foi o maior massacre que já existiu, proporcionalmente, à população de um país. Pol Pot fugiu para a selva e lidera a resistência.

A monarquia no Cambodja foi, finalmente, restaurada em 1993, porém o Khmer Vermelho consegue manter as tropas do governo afastadas até 1996, quando, desmoralizadas, as tropas do Khmer começam a desertar.

Em 1997, Pol Pot ordena a execução do seu braço direito, Son Sen, e onze membros da sua família, por supostamente Son Sen querer fazer um acordo com o governo.

Em seguida, Pol Pot foi capturado por Ta Mok, chefe militar líder do Khmer Vermelho, submetido a um julgamento na selva e sentenciado à prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna.

Na noite de 16 de abril de 1998, Pol Pot foi encontrado misteriosamente morto, quando estava prestes a ser entregue à corte e ao julgamento. Seu corpo foi queimado na área rural do Cambodja.

O Cambodja é um país intenso na sua história, na sua religiosidade, na experiência de sua visita.

Um lugar apaixonante, com um povo alegre e que recebe você de braços abertos.

Londres, Reino Unido

Sem dúvida, Londres é a cidade mais cosmopolita que conheço. No próprio hospital que fiquei, havia colegas da Grécia ao Sri Lanka, além de indianos e muçulmanos.

A diversidade de pessoas combina com o contraste entre o moderno e o tradicional.

Também impressiona a veneração que os ingleses têm com a família real.

Por outro lado, a realeza adota uma postura discreta e distante. Perguntar ao inglês comum se conhece alguém da realeza o deixa bem irritado.

Os britânicos são extremamente educados, mas você também pode tirá-los do sério, se for tentar furar uma fila.

Que tal começar seu passeio cedo pelo Hyde Park? Você pode alugar uma bicicleta e dar boas pedaladas.

Aproveita e vá até o Palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha. Na frente do Palácio você tem o belíssimo Victoria Memorial e, na rua lateral, não deixe de ir nas Cocheiras Reais e na Galeria da Rainha.

Pedalando em direção ao rio Tâmisa, você vai encontrar a Westminster Abbey, abadia onde são celebradas todas as coroações britânicas desde 1066.

Ao lado, você já vai ver o Parlamento inglês com seu mundialmente famoso Big Ben.

Se quiser, pode atravessar o rio para dar uma volta na London Eye.

Eu, como fã de museus, vou preferir seguir para o norte até a agitada praça Trafalgar Square, onde fica a National Gallery.

Se continuar ao norte, pode chegar ao British Museum, onde encontrará antiguidades do mundo inteiro.

Mas, se ficou tarde, você pode ficar por ali mesmo e aproveitar a “happy hour” no Convent Garden Market.

No dia seguinte, ao contornar o rio Tâmisa, vai encontrar a tradicional St. Paul’s Cathedral, sede do Bispo de Londres.

Ainda nesse trajeto, verá o arranha-céu Sky Garden, de onde tem uma vista privilegiada de Londres.

Logo à frente tem a Tower of London, com a esplêndida coleção de joias da coroa, e a ponte mais famosa de Londres, a Tower Bridge.

Por último, não poderia deixar de citar o espetacular, e gratuito, Natural History Museum.

Ainda tem muito mais, mas é papo para outro café…

Alaska

Apesar do Alaska ter sido descoberto em 1741 pelo navegador dinamarquês Vitus Bering, começou a ser colonizado por caçadores russos a partir de 1784 e se tornou um território do império Russo.

Por conta de grandes dificuldades financeiras do Império Russo, além do receio de perder o território para seu o rival, Império Britânico, que tinha o Canadá como colônia, Czar Alexandre II decidiu oferecer vender o Alaska para os Estados Unidos.

Com a argumentação de impedir o avanço britânico no continente norte-americano, além de ajudar a Rússia que tinha sido um grande aliado na Guerra de Secessão, o Secretário de Estado William Seward convenceu o presidente norte-americano a comprar esse território em 30 de março de 1867.

Apesar do preço irrisório de dois centavos o acre, o congresso americano ridicularizava a compra de US$ 7.200.000,00 no que chamava de “a loucura de Seward”, a “Geleira de Seward” ou “o jardim de ursos-polares de Andrew Johnson” (presidente americano).Já em 1959, o presidente Eisenhower transformou o território do Alaska no 49º estado, sendo o maior e menos povoado do país.

Sem dúvida, a melhor forma de chegar ao Alaska é através de cruzeiro partindo de Vancouver (minha opção) ou Detroit. Eles vão parando por cidades alasquianas que são muito pequenas, onde podemos ver muita coisa a pé e no mesmo dia.

No navio você também pode adquirir pacotes para pequenas excursões ou shows nas paradas.

Primeira parada, Ketchikan também traz belas paisagens e influência canadense como no Totem Bight Park. Também há tempo para assistir o divertido Lumberjack Show e passear pela Creek Street.

O dia seguinte é na capital Juneau. Primeiro contato com geleiras como Mendenhall Glacier e cachoeiras como Nugget Falls. Imperdível a visita ao Glacier Gardens & Rain Forest, mas sem deixar de conhecer o lendário Red Dog Saloon.

Mais um dia e chega a Skagway fundada por caçadores de ouro. Depois de visitar o centro histórico e um lanche no Red Onion Saloon, sugiro pegar o trem para Yukon, pela White Pass Railway e apreciar vistas espetaculares.

Os próximos dias são de navegação pela Glacier Bay, visita à impressionante Hubbard Glacier e chegada em Whittier.

Fim do Cruzeiro e hora de pegar uma condução para Anchorage, maior cidade do Alaska.

É um lugar comum sem grandes atrações, mas com bons restaurantes onde podemos encontrar o delicioso King Crab (caranguejo gigante, com patas que podem chegar a um metro).

Hora de pegar o carro, dirigir até Girdwood e embarcar no helicóptero que leva até o alto de uma geleira para uma travessia surreal em dog sledding (trenó de cães).

Pé na estrada em direção a Talkeetna, simpático povoado próximo do Denali National Park. Aqui já precisamos de repelente (sim, tem mosquito no Alaska). Comum ver imponentes águias pousadas nas árvores e vários esquilos pelo caminho.

Cuidado ao dirigir nas estradas e cidades daqui em diante. Alces atravessam na sua frente sem a menor cerimônia…

Na travessia do Parque Nacional encontramos uma infinidade de animais em meio a uma natureza exuberante.

Já em Fairbanks, você pode experimentar um Martini no hotel de gelo do Chena Hot Springs, onde as esculturas, bancos, balcões e até os copos são todos de gelo.

Na visita à antiga mina de ouro (Gold Dredge) você pode até arriscar uma garimpada. Eu peguei uma pepita! Tudo bem que era do tamanho de uma cabeça de alfinete, rsrs.

Claro que também fui no Museu da Universidade do Alaska. Mas, pena que eu não pude ir no parque da cidade, pois havia muitos ursos e eles estavam um pouco indóceis…

Daí até o círculo polar, não recomendo pois não vi nada interessante.

Enfim, o Alaska traz surpresas e deixa saudades.

Florença, Itália

Firenze, capital da Toscana, Itália

Em 1861, o rei do Piemonte-Sardenha, Vittorio Emanuele II, se autodeclarou rei da Itália pela unificação das províncias independentes.

Consegui me programar para estar lá em 2011, quando o país completou 150 anos e as cidades organizaram festas belíssimas.

Com o surgimento da Pátria italiana, Turim se tornou capital até 1865, quando Firenze (Florença) assumiu esse papel, até Roma ser definida como capital, em 1871.

Berço da Renascença italiana, Firenze é um museu a céu aberto e caminhar por suas ruas antigas nos remete à Idade Média.

Que tal uma passear pela Piazza della Repubblica, visitar a Fontana del Nettuno, na Piazza della Signoria, ou simplesmente caminhar pelas margens do rio Arno e atravessar a Ponte Vecchio? Ao entardecer, poderia sentar em um dos bares da Via Vacchereccia para um “tè freddo” (chá gelado).

Só não pode deixar de ir ao Palazzo Vecchio, onde funciona a Prefeitura de Firenze e também um museu; e ao Palazzo Pitti, residência de Cosimo I (segundo “duca di Firenze” e o primeiro “granduca di Toscana”).

Ah, sim. Quando for visitar a Catedral (Duomo) de Firenze, não deixe de olhar para cima e ver as magníficas pinturas em sua cúpula. Suba no alto de sua torre e você terá uma bela vista da cidade.

Mas, para um amante das artes como eu, a cereja do bolo é a Galeria Uffizi, onde está exposta a obra-prima de Botticelli: “La Nascita di Venere”. Sugiro você comprar um bilhete de visita agendada, para não correr o risco de encarar uma looonga fila…

Após tanta atividade, você merece um jantar na Osteria Vecchio Cancello!

Se eu posso lhe dar uma dica, alugue um carro para fazer várias viagens de um dia às cidades vizinhas. Esta capital da Toscana está em uma posição bem central e você pode fazer visitas como: Pisa e Lucca; San Gimignano e Siena; Spello/Perúgia e Assisi; Montepulciano e Arezzo.

Na volta, é só comemorar sua viagem com “un piatto di prosciutto di Parma e un bicchiere di vino”.

Paris, França

Paris tem locais famosos em todo o mundo como a Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Champs-Élysées etc. Mas, confesso que prefiro passear pelos ”meus cantinhos” da cidade.

Porém, abro exceção, com reverência, ao Museu do Louvre. Neste paraíso das artes podemos admirar da “Mona Lisa” (particularmente não gosto muito, rsrs) ao meu quadro preferido “A Coroação de Napoleão”, do pintor francês Jacques-Louis David. Além disso, temos a exposição de magníficas estátuas e inúmeros objetos históricos. Enfim, vale separar um dia e meio para percorrer este gigante da cultura mundial.

Também existem vários museus interessantes na cidade, como d’Orsay, Rodin, Picasso, Orangerie, entre outros. Dica: No primeiro domingo de cada mês, vários museus abrem suas portas, de forma gratuita, para visitação.

Depois de conhecer os locais turísticos, quem gosta de fazer compras pode dar um pulinho na Rue des Rennes, em Montparnasse.

Eu vou preferir tomar meu chá na Mesquita, em frente ao Jardim Zoológico. Se a fome apertar, posso ir no Chez Papa, em Denfert-Rochereau, para um delicioso “magret du canard”, ou encarar o burburinho do “Marché des Enfants-Rouges”, no Marais, para pedir um cuscuz marroquino.

Se chover, podemos caminhar pelas passagens cobertas e até nos divertir com o Musée Grévin, na “Passage Jouffroy”, fundado em 1882 e um dos museus de cera mais antigos da Europa.

Mas, se tiver sol, um bom programa seria andar pelas ruas parisienses ou sentar em uma das várias cafeterias para conversar e ver o movimento.

No final do dia, poderíamos combinar para ver o entardecer na colina do meio no parque Buttes-Chaumont. Muito frequentado pelos franceses, mas pouco conhecido pelos turistas.

Lá, eu lhe digo por que decapitaram, na Revolução Francesa, as estátuas da Catedral de Notre-Dame, infelizmente incendiada em 15 de abril de 2019

Também posso falar sobre o vídeo proibido produzido pelo cineasta francês Claude Lelouch, em agosto de 1978, onde um piloto profissional de Fórmula 1 dirigia uma Mercedes, ao amanhecer, pelas ruas de Paris a mais de 300 km por hora. Só não posso contar quem era o piloto …