
Com o avanço no tratamento dos distúrbios sexuais, passou a ser observado um crescimento nas infecções sexualmente transmissíveis nos homens e mulheres acima de 45 anos.
Trata-se de um fenômeno não só do Brasil, mas observado por artigos científicos do Canadá, Estados Unidos, Austrália e países da Europa.
As principais razões alegadas são que:
- As pessoas mais velhas estão mais ativas, logo, mais propensas à atividade sexual;
- Aumento de drogas para disfunção erétil, com homens mais velhos e sexualmente ativos;
- Maior número de divórcios na meia idade;
- Crescimento de plataformas online para encontros, com desconhecimento dos antecedentes e da história sexual dos parceiros;
- Baixa percepção de risco e pouco uso de preservativo, pois não precisa mais prevenir a gravidez e ocorre uma priorização da intimidade acima dos riscos de novos relacionamentos;
- Falta de educação formal sobre sexo seguro.
E ninguém fala sobre isso:
- Constrangimento em discutir sexo e IST em geral, tanto médicos quanto pacientes, principalmente com a população mais velha;
- Poucas pessoas pedem para serem testadas e poucos médicos oferecem o exame;
- Assim como acontece no HIV, o diagnóstico tardio aumenta o risco de transmissão e as complicações;
- Particularmente no HIV, os sintomas como fadiga, fraqueza e perda de memória podem ser confundidos com sinais da idade e outras condições clínicas.
Por tudo isso, entendo como extremamente importante a formulação de campanhas para sexo seguro na maturidade.